Capítulo 3

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— Ei, Diogo! Preciso da sua ajuda! — Rebecca entra na sala e caminha em minha direção, gesticulando para que o Marcão se aproxime também

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— Ei, Diogo! Preciso da sua ajuda! — Rebecca entra na sala e caminha em minha direção, gesticulando para que o Marcão se aproxime também.

— Pode falar.

— Então, hoje é aniversário da Carol e vocês sabem que fazemos uma festinha para todos os aniversariantes. Para nós que somos antigos, nem é surpresa mais, mas para ela vai ser, pois ainda é o primeiro.

Coço a cabeça. Lá vem!

Tem cerca de um mês que ela começou a trabalhar aqui e ela se deu bem de cara com todo mundo, menos comigo. Eu não a trato mal, sou educado e ajudo quando precisa de mim, mas mais do que isso não dá. Ela simplesmente não me desce. É alegre demais, sorridente demais e isso me irrita. Pareço um velho rabugento falando, mas é a verdade. Toda sua alegria e espontaneidade me incomodam demais, porque ela parece ser uma pessoa com a vida perfeita e a realidade dela é muito diferente da minha. Tenho certeza de que ela não sabe o que é sofrer na vida, então fico incomodado com suas demonstrações de euforia com coisas insignificantes.

— E por que você precisa da minha ajuda? — Pergunto a ela que demonstra cautela com as palavras, o que só me preocupa.

— Precisamos de alguém que a despiste lá na frente enquanto organizamos tudo na cozinha e ninguém melhor do que você.

— Por quê? — Arqueio a sobrancelha, bastante confuso.

— Por que está na cara que você não vai com a cara dela, então ela nunca vai desconfiar que você esteja armando alguma coisa.

Coço a cabeça confuso. Não queria fazer parte disso nem a pau, mas a Rebecca está certa, ela não vai desconfiar de nada se for eu a despistá-la. E fazer uma festa de aniversário é tradição aqui da empresa, deixar a garota de fora é sacanagem demais.

— Ok, que horas eu devo ir lá para frente?

Rebecca bate palmas de empolgação e sorri enquanto eu reviro os olhos.

— Daqui a pouco, eu te chamo aqui quando for o momento e te mando uma mensagem no seu Whatsapp quando estiver tudo pronto. E você, Marcão, vai ajudar a gente lá na cozinha enquanto o Diogo despista a Carol.

— Fechado! — Meu amigo responde por nós e logo Rebecca se despede deixando a nossa sala. — Então você vai usar seu charme para segurar a novinha lá na frente? — Ele ironiza e eu reviro os olhos.

— Não enche, cara.

— Não sei qual é o seu problema com a menina, ela não fez nada para você.

— Ela é irritante, só isso. Empolgada demais, alegre demais e mal saiu das fraldas.

— E você é rabugento demais, por Deus! Está perdendo a oportunidade de conhecer alguém legal.

Faço sinal de "jóia" com os dedos para o meu amigo, mas ele não para.

— Sabe que ela é ideal para você, né? Para alegrar um pouco essa sua vida séria e sem graça.

Imperfeito para você [DEGUSTAÇÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora