26. Nevermind

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<< Kurt Cobain

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<< Kurt Cobain

Hess saiu do hospital.

Passamos por duas semanas de uma longa recuperação até que finalmente pudemos ir para Los Angeles, e aqui estamos.

Eu estava meio estressado, essa mudança de gravadora foi absurdamente bom e ruim ao mesmo tempo.

De alguma forma isto estava me sufocando.

- Preciso de cigarros! - Disse a mim mesmo e sai em disparada do hotel colocando meus óculos escuros e puxando ao mesmo tempo o capuz do moletom para a cabeça.

A qualquer caralho de lugar que eu ia, era perseguido por um bando de flashes na minha cara com zumbidos perguntando sobre a saúde da Hess.

"A namorada surtada do Cobain... A das drogas...", era assim que a merda dos jornais se dirigia a ela.

Os caras sondaram toda a minha vida, me viram sair com a Amélie do hospital e agora ficam dizendo essas merdas todas.

Porra, isso ferra com a minha cabeça.

Até descobriram sobre meu relacionamento com a minha família! Quer dizer, que relacionamento mesmo?

- Merda. - Dobrei a esquina e lá estavam, dois deles na calçada, com suas câmeras na mão.

Puxei o capuz mais para baixo, cobrindo o rosto.

Adiantou porra nenhuma.

- Calma Kurt, é só o trabalho deles. - disse a mim mesmo dando passos ligeiros.

- Hey, Sr. Cobain?! Por favor, é só uma foto... e talvez algumas perguntinhas.

Ignorei, eu estava apressado e nosso assessor nos autorizou apenas entrevistas marcadas.

Dobrei a rua me deparando com um supermercado.

- Sr. Cobain?! - um deles se posicionou na minha frente me fazendo parar.

- Pare de me perseguir. - Pedi.

- É só uma foto... - ele disse sem esperar minha resposta e já senti aquele flash que eu odiava. - Vamos lá... mais uma. - ele dizia enquanto eu colocava meu braço na cara apesar do capuz já estar lá.

- Sr. Cobain... Como é ser um rockstar? O seu novo álbum, Nevermind, foi lançado a dois dias pela Universal music e o Nirvana explodiu mais ainda... Segundo a bilboard...

- Eu sei... eu sei... - disse e respirei fundo. - Eu preciso ir.

- Como está a sua namorada? Não sabemos muito sobre ela, é do ramo musical também?

Era pergunta atrás de pergunta e começou a vim um e outro e mais outros surgiram com microfones. Coloquei as mãos no ouvido.

- Me deixem passar! - disse em meu tom de voz normal, mas eu estava sendo encurralado. A entrada do supermercado estava agora lotando não somente de repórteres, mas de fãs que estavam gritando o meu nome.

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