CAPÍTULO 32

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Peter on

-Peter!-Me viro na faixada do hospital.-Tá indo para onde?

Jonas se aproxima, apertamos as mãos.

-Luke me contou o que rolou.-Coloca as mãos no bolso.-Como ela tá?

-Ela vai sair dessa.-Tento não mostrar a adrenalina.-Tenho que ir.

-Por que dessa agitação?

-Tenho que ir em um lugar.

-Quer que eu vá com você? Eu estou com a moto do Lukas.

-Agradeço mas é uma coisa que eu tenho que resolver sozinho.-Ele assente. Continuo andando.

Não preciso mais disso... Arranco o curativo do meu braço e corro até o metrô.

Depois de passar em casa e pegar minha roupa, vou atrás do Harry.

Obviamente ele sabia que eu iria atrás dele, então deixou um bilhete na porta da Oscorp:

"Hail Hydra!"

Entendo seu recado. O esconderijo em que ele levou a Micaela naquela noite. Entre prédios e teias lançadas chego ao local.

Do lado de fora alguns homens, cinco os que contei, entro pelo teto e caminho pelo corredor que se divide em três escuros becos.

-Tudo bem senhor Osborn!-O eco vindo do corredor da esquerda preenche o local.

Após uma forte batida de porta eu prossigo pelo teto até ver nove salas.

Quatro em ambos lados. Uma no final do corredor, a do Harry com certeza.

Desço do teto e caminho ligeiramente.

-Entra!-Ele diz depois de eu ter batido na porta.-Ora...ora...ora.-Se levanta da cadeira rotatória.-Senta.-Ele aponta para a poltrona à frente da mesa de vidro.

Eu me sento e ele continua:

-Como está o braço?

-Vou direto ao ponto.-Ele gesticula para que eu continue.-O que aconteceu na noite do incêndio? Me explica tudo.-Tiro a máscara, o encaro.

-Bom, eu fui até a casa dela esclarecer algumas coisas, estavam suspeitando de mim mas eu descobri que existia uma pessoa infiltrada.

-E daí?

-"E daí?" Que o infiltrado é o Nicolas!-Ele revira os olhos e eu confesso a surpresa. Luke e eu não tinhamos certeza disso.-Quando eu cheguei lá, os pais dela me contaram que eles tinham saído juntos, eu contei tudo a eles...ela chegou, sem falar muito... nós conversamos e ela ficou chateada...-Suspira.-Minutos depois já estava tudo acontecendo.

-Tudo o quê?

-Eu a protegi de um capanga do Aleksei, bom, alguns capangas.-Reviro os olhos.-Enquanto a gente tentava sair da casa, uma bomba explodiu, BOom!-Ele abre as mãos simulando a explosão.-Aleksei estava naquela casa, ela não tinha nada haver com aquilo...-Ele olha pra cima como se quisesse prender o choro. Harry Osborn não chora.

-Continua.

-Nós bolamos um plano, era para todos saírem vivos.

-O que aconteceu?

-A Lilian foi... Baleada.-Engole seco.- E o plano era eu, Micaela, Eaton descer por uma corda da sacada do quarto dela. Meu motorista ia ajudar na fuga. Na minha vez, Aleksei apareceu, para que nós conseguíssemos sair, Eaton se sacrificou... Eu ainda levei um tiro no ombro...-Mostra.-Mas ele foi alvejado na frente da filha, ele disparou contra ela depois e eu logo comecei a buzinar para chamar a atenção dele... Resultou em disparos contra meu carro, meu motorista deu a volta no quarteirão e quando voltei a casa estava completamente em chamas.-Engole em seco.-Eu não sabia que ela estava segura até...até você aparecer...você é o herói dela Peter, eu sei que você quem a salvou.-Ele estende a mão.-Obrigado, eu procurei aquela menina por muito tempo, nós somos vítimas do mesmo crápula... Deu uma chance de eu conhecer ainda mais minha irmã, Obrigado.

-Eu te agradeço por ter dado seu máximo.-Aperto a sua mão.-Ela vai ficar bem.

-Só isso?-Ele limpa a garganta.-Tenho muita coisa para fazer e creio que meus amigos não irão gostar de te ver aqui.

-Claro.-Levanto.-Peço que se afaste dela, ela já sofreu demais.-Ele não me responde.

Saio daquele lugar infernal onde só se escuta gritos e gemidos.

Quando volto ao meu quarto ele está arrumado, opto por tomar um banho frio e demorado, coloco uma calça jeans, camisa de manga azul, moleton e meu tênis, ambos brancos.

-Não vai jantar?-May questiona quando adentro a cozinha.

-Eu como alguma coisa na rua.-Dou um beijo em sua testa. Pego a chave pendurada ao lado da porta.-Te amo!

-Também te amo!

Coloco meu capuz e caminho com as mãos no bolso até o metrô. Como de costume ele não está tão cheio a essa hora.

O vagão que eu entro não está lotado mas não há banco disponível, fico a viagem em pé mesmo.

-Boa noite!-A recepcionista loira dos olhos verdes diz com um sorriso no rosto.-Qual quarto?

Após fazer a nova identificação de visitante entro no quarto.

-Boa noite!-Aperto a mão de Marcus.-Eu estava indo à cantina, quer alguma coisa?

-Não, obrigado.-Recuso. Ele sai, me sento na cadeira ao lado da cama.-Quando eu vou ouvir sua voz chata de novo?-Sussurro.

Sinto alguém sacudir meu ombro devagar. "Peter!" "Peter!"

-Oi?-Pisco algumas vezes antes de abrir os olhos.-O que foi?-Murmuro.

-Você precisa ir, está tarde...-Marcus avisa.

-Tudo bem.-Sinto um peso sobre minha mão e então percebo nossos dedos ainda entrelaçados.-Ela...

-Ela vai ficar bem.-Ele sorri ao olhar nossas mãos.-Toma um café comigo?

Aceito e solto nossas mãos, saímos do quarto e pelo caminho conversamos sobre qualquer coisa. Sentamos em uma das mesas da cantina.

-Dois capuccinos e croissant's, por favor!-Ele pede à garçonete e ela rapidamente trás o pedido.-Posso te perguntar uma coisa? Não quero ser intrometido.

-Pode falar.-Dou um gole no capuccino.

-Você gosta dela?-Suspiro surpreso.-É o que parece.-Ri.

-É...eu...eu amo aquela garota.-Sorrio ao lembrar de como ela estava linda naquela outra noite.-Ela é muito especial, mais do que imagina.

-Aposto que seja recíproco, Mia fala muito bem de você.-Sorrio tímido.-Se declarou para ela?

-Não...não tive a oportunidade de falar.-Sorrio fraco.-Ultimamente eu não tenho tido muita sorte no amor.-Engulo em seco.

-Ah... Jovens...-Suspira e sorri.-Giulia vai passar a noite aqui, ela troca com a Nina de manhã e eu venho a tarde.

-Eu...eu queria passar o resto da noite com ela... Por favor.

-Vai ser difícil negociar com a Giu... Mas eu converso com ela.

Depois de pagarmos a conta, voltamos ao quarto.

-Vou ligar para minha esposa.-Avisa saindo do quarto.

Abandono a cadeira por hoje, vou me deitar no outro banco, o acolchoado na parede. Apago as luzes dos abajures.

-Boa noite.-Beijo sua testa.

Me deito na cama provisória, me cubro e logo adormeço. -Parker?-Um sussurro distante.

-PARKER!-Um grito de desespero.

PETER PARKER: O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA? [REPOST]Where stories live. Discover now