CAPÍTULO 33

1.7K 200 79
                                    

Peter on

Mia!

Abro os olhos com a respiração mais acelerada que o normal. Olho para o lado e a vejo imóvel na cama.

Levanto do meu canto indo até a porta. Busco por um bebedouro na pequena recepção, bebo uns cinco copos de água antes de voltar pro quarto.

Que sonho foi esse?

Ela gritava enquanto caía, eu tentava segurar sua mão mas ela sumia na densa fumaça preta da sua casa em chamas.

Me deito na esperança de voltar a dormir, felizmente consigo.

-Oh.-Alguém parece surpreso ao entrar. Abro os olhos e me viro dando de cara com uma enfermeira.-Desculpa eu...

-Tudo bem.-Dou um sorriso e me sento.-Como ela está?

A enfermeira ruiva dos olhos claros analisa a prancheta e sorri. Ela levanta os olhos e depois ajusta a sonda da Mia.

-Ela teve um belo progresso.-Coloca a prancheta à frente da barriga.-O que em média demore semanas para acontecer, ela conseguiu em dois dias.-Diz surpresa.-Bom, eu só estava conferindo a medicação dela.-Ela se dirige a porta.-Se precisar de alguma coisa, sou a Mary.

Agradeço e ela sai fechando a porta. Eu estou um lixo, olho a hora no celular e são oito e quarenta e seis, espero que alguém chegue em breve para eu poder pelo menos tomar um banho.

Olhar a Mia nessa situação me trás uma dor imensurável, sua testa levemente franzida e sua boca dois centímetros aberta mostrando sua agonia, me dá um peso ainda maior.

Qual será a reação dela quando acordar?

Como vou responder suas perguntas?

Com o que ela tá sonhando?

-Bom dia!-Marcus entra com uma mochila nas costas.-Giulia pediu que eu trouxesse algumas coisas.

Assinto com a cabeça, ele se acomoda onde eu estava dormindo.

-Se quiser, eu posso ficar aqui até ela chegar.

-Não, tudo bem, assim você pode ir para casa um pouco.-Ele encolhe os ombros.-Precisa descansar, tem passado tempo demais aqui.

-É o mínimo...-Suspiro quando olho para a menina imóvel na cama.-Ela precisa de mim.

-Ela precisa de nós, principalmente quando souber o que aconteceu com os pais...-Ele sussurra. Dando a entender que ela nos escuta.

-Ela é forte.-Olho para o chão.

Alguns minutos se passam até a revista do médico, ele assegura de que não houve qualquer alteração no quadro dela e que a recuperação os surpreende a cada visita.

Extremis!

Vou até a cantina do hospital, peço um café, estou exausto, preciso de energia para ficar aqui até ela acordar.

O peso da culpa só auxilia na minha exaustão. Eu podia ter entrado naquela casa e ter tirado todos antes de ela vir a desabar. Até Aleksei que deveria pagar por tudo o que fez em vida.

-Peter?-Me viro.-Ainda aqui?-Ela me surpreende com um abraço.-Pensei que estava em casa, por que não foi para descansar?-Giulia questiona.

-Não podia deixá-la só.-Encolho os ombros.-Quer um?-Ofereço o café.

-Aceito.

Nos sentamos e ela pede um capuccino, conversamos pouco, mas eu entendi o porquê de ela ser tão protetora com a Mia, ela é assim com a Marina, esse foi um dos motivos de ela ter uma birra com o Luke no início.

PETER PARKER: O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA? [REPOST]Where stories live. Discover now