How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•

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Me preparava para sentar no sofá maior na sala quando Luke me puxa e quase que cai fazendo isso. O segurei e franzi o cenho.

— Você não vai querer sentar aí, vai por mim. — Sua voz trazia um tom de nojo.    O nariz franzido e uma leve irritação.

Preferi nem perguntar o porquê.

— Uh, tudo bem. — Cocei a cabeça. — Então...

Ele sorriu levemente.

— Vamos pro meu quarto. — Saiu andando. Eu fui atrás. — Noventa por cento do meu tempo eu passo lá. Na verdade, eu só saio mais porque eu tenho a Lilly e ela precisa de uma figura responsável, mas ela também mais fica comigo no quarto enquanto ela me faz perguntas nada discretas. — Um leve sorriso adornou seus lábios. — Ela é maravilhosa, esperta demais pra idade dela e isso as vezes me assusta. Calum e Ashton falam demais e eu não tenho controle do que ela tem acesso.

Claramente podia imaginar Cashton discutindo ou agindo como sempre agem — sem pudor nenhum —, na frente da coitada da menina. Coitado do Luke.

Ele entrou no cômodo que já estava com a porta aberta e eu fui atrás. A primeira coisa que fiz foi tentar focar em algum ponto que não me desse vertigem. O quarto dele era cheio de fotografias e de recortes com frases ou desenhos ou até mesmo cores aleatórias. Era legal, na verdade, era incrível. Acho que eu nunca pensei que ele tinha uma visão tão boa para essas coisas.

— Bom, esse é o único lugar que eu considero meu, confortável ou seguro na casa. — Disse se jogando na cama no canto encostada na parede. — Bom, parece um caos, verdade, mas eu gosto, na verdade é a minha forma de expressar o que eu vejo.

Ele apontava para várias fotos e até mesmo desenhos espalhados pelas paredes e até mesmo em cima de sua cama. Meus olhos tentavam absorver cada pedaço de informação que me era dado e descoberto sobre a pessoa que Luke era. Aquilo era ele de forma crua e natural, aquilo eram pedaços dele fragmentados em cada lugar ali e eu não podia me sentir mais grato por ele aceitar me mostrar isso.

— Isso é... Isso é incrível! — Eu realmente estava muito impressionado e contente. — Você podia ter me dito antes que você era tão bom com artes visuais. Eu consigo realmente sentir cada pedaço de você em cada um desses desenhos e fotos.

Ele pôs o travesseiro no rosto e começou a rir timidamente.

— Eu agradeço. — Sua voz ainda abafada pelo tecido da fronha. — Acho que ninguém além de Cashton e da Lilly viram e eu não sei reagir a elogios.

Sorri e me sentei ao seu lado, puxando o travesseiro de seu rosto.

— Você merece os elogios e eu só disse a verdade. — Eu disse enquanto ele se sentava de frente pra mim. — Isso é incrível.

— Obrigada.

— Só disse a verdade. — Dei de ombros.

Ele assentiu. Ficamos nos olhando por um tempo até ele quebrar o silêncio.

— Eu ando tendo consultas com um psicólogo.

— Isso é ótimo, você não deve passar por tudo sozinho e uma ajuda vinda de um profissional é o certo a se fazer. — Sorri. — Eu fico feliz e orgulhoso.

Ele sorriu de volta.

— Esses meses foram bem difíceis, não achei que era tão difícil tentar cuidar de si mesmo. — Sorri e concordei. Eu mesmo demorei dois anos. — Mas eu estou tentando e estou me sentindo bem melhor, hoje eu vejo que sou uma pessoa boa e digna de coisas boas, que eu não devo ser grato somente por ter pessoas se importando comigo, mas também sou grato por eu ser quem eu sou. Por eu ter lutado, sabe? Esses anos foram péssimos para mim e poder me olhar no espelho e ver mais do que um corpo vazio é tão incrível. Poder olhar pra mim mesmo e sentir que eu posso e consigo é a melhor sensação que eu já senti. Acreditar em mim e confiar em mim é tão bom que eu nem sabia que era possível ter alguma coisa assim.