too fast

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Lalisa Manoban:

Eu não podia ficar mais um minuto sequer.

São muitas as coisas que se passam pela minha cabeça agora, não faço ideia do que pode ser, a confusão em minha mente está me consumindo.

Em outras circunstâncias, ela nunca me abraçaria daquele jeito, nunca desabaria, daquela forma, na minha frente.

Por mais que eu quisesse acabar com aquela mínima distância, em que estávamos, e beijá-la, isso seria errado.

Jennie estava vulnerável e entregue à mim, devido sua tristeza, estava frágil e sensível.

Eu jamais me aproveitaria disso.

Além do mais, Ester e eu estamos juntas, eu não poderia fazer isso com ela.

Se algo fosse acontecer entre nós, teria que ser naturalmente, mas o impossível aqui é real, não irá acontecer.

Imagino que, nesse momento, ela deve estar muito arrependida de ter chorado na minha frente.

Vê-la daquele jeito me partiu o coração.

Eu cuidaria e permaneceria ao lado dela mais mil vezes, se necessário.

Como nem tudo são flores, quando nos encontrarmos, amanhã no colégio, ela não irá dar a mínima para mim, então, voltaremos à velha e má rotina.

Só espero que ela esteja melhor agora.

*

Estou em frente à casa de Ester, esperando ser atendida há uns 5 minutos, talvez, não esteja mais em casa.

Já são 8:00pm, está bem tarde, foram 20 minutos da casa da Jennie até aqui.

Eu tinha mesmo que deixar a droga da BMW em casa?

Os portões se abriram, mesmo com o susto, prontamente, entrei.

A sua casa, quase mansão, era tão linda, pelo menos a parte externa, já era perfeita.

Segui até a porta que, por sinal, já estava aberta.

─ Olá? ─ perguntei ao adentrar a casa em passos curtos.
─ Oi, tudo bem? ─ perguntou uma mulher.

Ela era loira, em meados de seus 40 anos, certamente, mãe de Ester.

Usava roupas formais, de escritório, em tons de cinza. Seus cabelos presos em um coque bem feito realçava o seu belo rosto.

─ Oh, desculpe. Sofya Expósito e você deve ser a..? ─ disse estendendo sua mão.
─ Lalisa Manoban. ─ sorri amigavelmente e apertei a sua mão.
─ É um nome de muito poder. ─ Sofya sorriu.
─ Obrigada. Eu vim visitar a Ester. Nós somos... Uh, amigas.

Eu não sabia como definir a nossa relação à mãe dela.

─ Ah, claro! Ela me disse algumas coisas sobre você. Fico feliz que se preocupe com a minha filha. ─ declarou Sofya.

Ester falou de mim para a mãe?

Ok, nesse momento, eu me encontro surtando internamente.

─ Que bom, Sra. Expósito. ─ abro um sorriso enorme.
─ Ela está no quarto, terceiro à direita, querida. Pode ir. ─ disse ela apontando para as escadas.
─ Obrigada. ─ lanço um último sorriso e sigo até as escadas.
─ Qualquer coisa é só me procurar. Fique à vontade.

Acenei com a cabeça positivamente e subi, indo em direção ao quarto de Ester.

Confesso que eu estava nervosa e preocupada, espero que a minha garota esteja bem.

jenlisa: one night ۵Onde histórias criam vida. Descubra agora