*Luna*
O som soava alto por todo meu carro e eu cantava feito louca junto com a música errando miseravelmente algumas partes e acabo rindo parecendo uma idiota quando a música acaba e logo o som de Sex on Fire de Kings of Leon soou nos alto–falantes de meu pequeno fusca preto daqueles de modelo novo, que ganhei de meu pai assim que recebi a carta de aceitação da faculdade no Arizona.
Essa faculdade foi a que me chamou a atenção por ter um bom programa de medicina e ficava longe o suficiente de Nova Iorque e longe dos problemas que meu pai tanto me queria longe. Sem contar que estava super ansiosa por ser uma universitária agora.
Continuo dirigindo para o complexo de prédios dos estudantes onde dividiria meu quarto com tal de Aysha que meu querido pai teve a audácia e paranoia de investigar, mas não fiz muita questão de saber o que ele investigou queria conhecê-la pessoalmente.
E continuo cantando uma das minhas músicas favoritas tão alto quanto o próprio Calleb Followill, mas a vibração do meu celular no bolso de minha calça me faz pular assustada e abaixando o volume da música até um sonzinho de fundo, puxo meu celular do bolso com força demais e ele acaba voando de minha mão para o piso do lado do passageiro.
–Merda! – murmuro olhando em volta pra ver se vinha algum carro, mas parecia bem tranquilo pra mim, reduzo a velocidade e rapidamente me abaixo para pegar o celular que ainda vibrava com o rosto de Paul, um dos amigos de meu pai, brilhando com seu enorme sorriso por baixo de sua barba escura.
Com dificuldades de alcançar a merda do celular decido parar no acostamento de uma vez e retornar a ligação, mas antes que eu pudesse ter tempo de fazê-lo ouço uma buzina alta de um caminhão e me ergo no banco assustada e arregalo os olhos vendo que o caminhão estava a poucos metros de distância e, com certeza, amassaria todo meu fusca comigo junto.
Eu fiquei completamente paralisada com o grito preso em minha garganta quando em vão o caminhão freava deixando as marcas dos pneus no chão, mas não parava de se aproximar numa velocidade considerável de meu insignificante carrinho perto de seu tamanho... e foi quando aconteceu. Alguma coisa, que parecia ter agarrado minha mão, girou minha direção e acelerou meu carro me tirando da frente do caminhão no último minuto.
Não sei o que aconteceu comigo, fui criada com pilotos de corrida e quando tinha que por o que aprendi em prática... paralisei! A manobra que meu carro fez aparentemente sozinho eu teria feito se não tivesse entrado em choque... mas eu sei que eu não manobrei esse carro.
–Que merda foi essa? – ouço um homem gritar ao meu lado, eu volto a respirar, e eu nem havia percebido que ainda segurava a respiração, e ergo meu olhar para ele impassível diante de seu olhar escuro e furioso, é um homem grande e gordo com barba cobrindo seu rosto todo e ainda usava um boné do Chicago Bulls. Típico! Pensei sarcasticamente.
–Bem, eu é que pergunto senhor – digo com a voz firme abrindo a porta de meu carro e saindo pra ficar de frente com aquele brutamonte, eu o encaro olhando para cima já que ele tem dez vezes meu tamanho. – acho, ou melhor, eu sei que caminhões desse porte não são permitidos aqui! – digo me mantendo firme diante de sua risada estrondosa.
–Não é daqui é, moça bonita? – pergunta se aproximando um pouco de mim, cambaleio um passo para trás um pouco alarmada com sua investida.
–Não sei o que eu ser daqui ou não tem a ver com a proibição dessa coisa monstruosa passar por aqui! – digo cruzando os braços em meu peito fechando a cara para seu sorrisinho malicioso que me deu calafrios.
–Adoro mocinhas rebeldes como você! – sussurra e de repente todo o ar dos meus pulmões é expulso quando aquele monte de gordura me esmaga contra meu carro e passa sua língua fedorenta em minha bochecha, eu me debato contra ele dando socos e tentando empurrá–lo pra longe de mim, mas ele era uma merda de um monte de gordura que mal se movia diante de minhas tentativas de afastá-lo e eu realmente estava prestes a desmaiar de nojo por seu cheiro de suor e falta de banho junto com fumo e ainda por sufocamento com seu peso me esmagando, quando ele se afastou cambaleando para trás como se tivesse sido empurrado violentamente para longe.
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Um Anjo...
RomanceREPOSTAGEM: 17/12/2021. Calleb era um anjo rebelde, porém dedicado a cuidar de seus lutadores, mas sua última sacanagem ao usar seus poderes para fazer seu protegido ganhar a luta que não deveria ter ganho o colocou numa situação um tanto delicada c...