Chapter Twenty-Five

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Aɴʏ Gᴀʙʀɪᴇʟʟʏ

Despertei ao escutar minha mãe me chamar pela primeira vez. Meus olhos foram se abrindo até eu conseguir enxerga-la perfeitamente. – Ainda estava de tarde, deveria ser o horário que ela chega do trabalho.

– Por que não está no colégio, Any? – A voz mostrava uma certa irritação. – O colégio ligou dizendo que você saiu mais cedo.

– Eu não passei bem e vim para casa mãe. – Não era totalmente mentira. Ela me encarou com a sobrancelha erguida. – É sério. – Me levanto do sofá e caminho até ela.

– Aconteceu alguma coisa com você? – Sua pergunta me fez estremecer. – Se aconteceu, por favor, conta pra mim. – Pede e me puxa para um abraço. – Sou sua mãe e preciso saber o que está acontecendo com você.

– Mãe. – A chamo. – Fica tranquila. Não aconteceu nada, ok? – Afirmo para que ela fique tranquila. – Sabe que eu te conto tudo né? – Assente. – Eu te amo e você é a melhor mãe do mundo inteiro.

– Eu te amo tanto, minha filha. – Me puxa novamente para o abraço.

– Eu quero um abraço desse jeito. – Se assustamos com a voz de Belinha e a olhamos que estava com os braços cruzados.

– Venha aqui. – Minha mãe a chama e a mais nova vêm correndo para nós abraçar.

– Que tal fazermos uma noite só das garotas? – Pergunta animada. Encaro minha mãe que balança a cabeça animada também.

– O que querem fazer? – Se sentamos no sofá para decidirmos o que iriamos fazer. Encaro Belinha que me olhava esperando que eu falasse.

– Rei leão, o filme. – Soltamos a ideia no mesmo momento. Minha mãe sempre disse que eu e Bela somos conectadas, porque sempre gostamos ou queremos algo ao mesmo tempo.

– Vamos. – Se levanta do sofá rápido. – Temos que se arrumar para ir ao cinema.

Subimos para os quartos se arrumarmos para a saída em família. A nossa saída em família era bem difícil de acontecer, porque mamãe sempre esteve bastante ocupada com o trabalho. – Belinha e eu tivemos que aprender da melhor maneira que teríamos que aguentar uma a outra, o que resultou em uma grande união entre irmãs. – Coloquei uma calça jeans rasgada no joelho, soltinha no corpo e um tênis all star cano alto preto com um cropped preto. Encarei-me pelo espelho e dei um sorriso.

Já estávamos no carro, indo ao caminho do shopping onde iriamos assistir o filme. – O carro entrou no estacionamento do shopping deixando Belinha mais animada que antes. O sorriso em seu rosto era evidente e isso me deixava de coração quentinho.

– Vou comprar os ingressos e vocês compram a pipoca, refrigerante. – Minha mãe tirava seu cartão da carteira e me entregava. – Podem comprar tudo que querem ok? – Olho para Isabeli que estava com seus olhos castanhos brilhando.

Fomos em direção do local que se compra besteiras no cinema. – Belinha me fez pedir três tipos de pipoca. Uma salgada com manteiga derretida, outra caramelizada e outra doce. Pegamos três refrigerantes enormes e alguns doces para comermos depois que o filme acabasse. Em compensação a tudo que gastamos, ganhamos três potes do filme.

Jᴏsʜ Bᴇᴀᴜᴄʜᴀᴍᴘ

Voltei para casa o mais rápido possível e durante o caminho todo, fiquei pensando em algum modo para proteger Any das mãos da minha querida ex-namorada. – Ela nunca suja suas próprias mãos, mas contrata alguém para fazer o seu trabalho. Já sofri diversas vezes em sua mão e isso me deixa assustado, porque todas as vezes aumentava a maldade e com Any, tenho certeza de que irá tentar fazer o dobro da maldade.

Pego o meu celular e abro o aplicativo onde eu conversava com Any, um sorriso bobo apareceu só de lembrar de quando começamos a conversar, foi algo totalmente engraçado e do nada. – A garota que tanto sonhei em conhecer esteve na minha frente esse tempo todo. Não me arrependo de ter começado a conversar com ela, apenas de ter criado esse sentimento. – Desligo o meu celular e o jogo para longe. Encaro a cesta de roupa suja e vejo a da noite anterior, caminho até ela e pego a calça jeans, três palitos caíram no chão e um canudo acompanhado deles estava ali.

– De onde veio isso? – Pergunto olhando para os palitos e o canudo em minha mão. – Quem será que me ajudou ontem? – Minha cabeça estava com tudo vazio, não me lembrava de nada.

Desço as escadas correndo, procurando pela Marta. Ela sabia quem me ajudou e ela tem que me contar quem era. – Entro na cozinha e a vejo cozinhando algo.

– Quer algo para comer? – Pergunta-me oferecendo. – O seu café da tarde ainda não está pronto.

– Marta, você poderia me ajudar? – Me sento no balcão da cozinha e ela se vira para mim afirmando. – Quem me trouxe ontem a noite?

– Duas garotas. – Volta a encarar o enorme fogão. – Uma morena e a outra loira. Não posso contar mais nada, me pediram para não falar e mesmo que eu quisesse falar algo, não sei o nome de uma delas.

– Mas sabe da outra. – Sorrio. – Por favor, Marta. – Choramingo.

– Não irei contar nada. Minha boca é um tumulo. – Reviro os olhos e saio de cima do balcão. – Já irei colocar o seu café na mesa. Vá se arrumar e tomar um banho, está fedido demais.

– Muito obrigada por nada. – Debocho e saio da cozinha voltando para o meu quarto. Any não poderia ser, até porque não sabe onde eu moro e a Sofya já sabe, Sabina também e Sina.

Sina e Sofya são loiras, mas Sina é loira platinada e Sofya é loira sem exagero. – Sofya com Sabina? Seria o mais coerente e correto. Eu não iria para a casa de Any, mesmo brisado tenho certeza que não faria isso pelo Noah.

Pego o meu celular novamente, indo nas conversas de Sofya. – Será que ela poderia vim para cá? Seria uma boa ideia?

𝚂𝚘𝚏𝚢𝚊 𝙿𝚕𝚘𝚝𝚗𝚒𝚔𝚘𝚟𝚊

ME
Oi, Sofya.
Tudo bem?

𝚂𝚘𝚏𝚢𝚊 𝙿𝚕𝚘𝚝𝚗𝚒𝚔𝚘𝚟𝚊
Josh...
Tudo e você?

ME

Tudo ok.
Será que você pode vim aqui em casa?
Pode trazer o Bailey. Se quiser.
Estou precisando conversar com alguém.

𝚂𝚘𝚏𝚢𝚊 𝙿𝚕𝚘𝚝𝚗𝚒𝚔𝚘𝚟𝚊
Claro. Já estou indo.
Até mais tarde.

𝚂𝚘𝚏𝚢𝚊 𝙿𝚕𝚘𝚝𝚗𝚒𝚔𝚘𝚟𝚊

Vai ser hoje que descubro quem me trouxe para casa. 

I Wɪʟʟ Bᴇ Hᴇʀᴇ Fᴏʀ YᴏᴜWhere stories live. Discover now