— Luke, tudo bem. — Disse. — Não tem o que se preocupar.

— Queria ter a calma e a confiança que você está tendo agora. — Fala mais para si mesmo do que para mim, mas obviamente eu ouvi.

— Eu vivo com o mesmo complexo, o tempo todo. — Acho que não há motivos para não falar isso. Só a autopreservação que eu devia ter que nunca tem, e eu acabo deixando mais de mim para ele. — Não vou mentir que me senti levemente intimidado por você ser tão.... Uau, sabe, muito lindo mesmo, mas por outro lado, eu me sinto sortudo e feliz porque essa sua bunda linda esta aqui e não em outro lugar. Entende?

Ele balançou a cabeça e deu um beijo na minha testa.

— Eu não sei se rio ou se fico com vergonha.

— Qualquer um dos dois pra mim vai ser maravilhoso ver. — Dei de ombros.

Ele acabou rindo.

Queria ficar nessa bolha eternamente. Onde eu só tenho que me preocupar em falar com Luke as coisas que eu via e que faziam ele ver sobre ele mesmo. Esquecer que tenho trabalhos para fazer, provas para responder, Calum para dar explicação — O coitado ficou a noite toda doente e bom, ao invés de dar um chá e ficar do lado dele, bem, eu fiquei com Luke no quarto. Me sinto péssimo. —, conversar e pôr os pingos nos is com Luke e sobre o que eu ouvi e falar com Ashton. Nesse momento, ele parece a pessoa confiável o suficiente para isso.

O problema é que as coisas não são boas eternamente e eu não posso deixar que as coisas boas e momentâneas me deixem levar.

Tenho que me deixar aproveitar todos e quaisquer segundos que me são permitidos, mas não posso deixá-los fazerem de mim o que bem entender.

Mesmo que seja isso o que aconteça o tempo todo.

— Você é mais incrível do que qualquer outra pessoa vai saber, Mike. — Luke se senta ao meu lado, apoiando as costas na cabeceira da cama. — Você pode dificultar para que se aproximem de você, mas vale tão a pena correr esse risco. Vale tanto que as vezes a gente pensa se estamos fazendo certo.

Nos olhamos por um tempo. O tempo bom ja estava se esgotando.

Senti-me em uma ampulheta do qual havia somente uma hora disponível para todo esse momento, e esse tempo já estava no fim. De volta a assuntos tensos, a carinhos ternos, mas o medo de que se entrar mais nessa situação, estará atrapalhando o outro.

Viver em uma bolha nunca me pareceu tão bom quanto agora.

— Dá para ver como você muda e muda para melhor. Como isso faz bem a você. Viver faz bem a você. — Sua voz ainda era tensa. Talvez tivesse com medo de minha reação. — Eu penso o tempo todo que vale tanto a pena... Eu...

— Digo o mesmo. — Não sei se estava pronto pra um discurso desses a essa hora. Não depois de uma coisa tão íntima.

Ele assentiu. Entendeu bem o que eu quis dizer.

Nos beijamos. Foi um beijo profundo e tão significativo. Geralmente Luke nunca toma essa iniciativa, ele sempre tem um pé atrás. Não dessa vez.

O puxei para meu colo. Nossas peles separadas pelo o lençol que cobria minha pele.

— Olha aqui, se vocês foderem de novo, eu juro Michael Gordon Clifford, eu juro que chamo a minha mãe aqui para te fazer um discurso sobre DSTs que nem quando a gente era criança. — Calum berra do outro lado da porta. — Vocês não me deixam dormir a noite e ainda não querem me deixar descansar durante o dia. Eu só pude ter dançando em cima da mesa da Santa Ceia em outra vida, só pode.

Nos separamos por um tempo e rimos. Luke beijou meu pescoço e foi para o banheiro.

— Eu devia ter feito isso todas as vezes que eu vinha para casa em qualquer horário e você acabava poluindo meus ouvidos com o Ash. — Gritei. — Mas não fiz, então vai usar sua mão em algum lugar ou vai atrás do seu namorado pra te foder contra alguma parede por aí. Me deixa em paz.

Ouço um monte de palavrões saindo da boca de Calum, mas logo não ouço mais. Provavelmente ele se foi.

Luke saiu do banheiro vestido e já pegava alguns de seus cadernos que estavam jogados pelo chão.

— Você sabe que o Calum, só estava irritando mesmo, certo?

— Sei, mas é que eu realmente estou atrasado. — Beijou meus lábios levemente. — Ashton vai me matar quando eu chegar, e depois vai me interrogar. Ele ama uma fofoca.

— Não é atoa que é namorado do Calum.

— Eu ouvi isso, Gordon! — Calum Gritou. Deve estar no fim do corredor.

Sorri levemente. Então me voltei ao rapaz que já abria a porta. Ele andava engraçado e eu me segurei para não falar nada. A culpa era minha.

— Eu te vejo a tarde no Café. — Disse por fim. — Até mais tarde.

Eu assenti e dei tchau.

Assim que a porta foi fechada, levantei meu corpo cansado e com as costelas doloridas da cama. Vesti a primeira roupa que vi e nem vesti uma camisa por baixo do moletom. Estava só indo pegar um café e ia me trancar no quarto para terminar o trabalho mesmo.

Desci a escada e logo vejo Calum conversando com Luke. Do mesmo jeito que foi dias atrás na cozinha.

Dessa vez eu ignorei e passei por eles, que logo se calaram e eu fui para cozinha. Não vou criar mais caso com coisas que eu não tenho provas e não concretizaram ainda.

Tudo que eu sei é que hoje eu não estou nada ranzinza. Só isso.

****

Então gente  como vão? Eu sinto muito por não ter narrado a smut, mas saibam que eu não faço algo porque guardo para algo melhor.

Aliás, da pra notar a tensão que anda tendo entre os dois né? Eu realmente espero que esteja passando o que eu quero passar

Eu achei esse capítulo calmo em vista dos que andavam tendo. Coitadinho do Calum que tava doente e ouvindo os outros foderem, mas enfim, fazer o que.

Eu estou mesmo sofrendo porque eu não quero acabar a história, mas ela está acabando e eu estou dando o meu melhor na escrita, na forma de narrar e na evolução dos personagens. Espero que tenham notado ao menos a evolução do Mike rs

Enfim, eu amo vocês e é muito mesmo

How to Fix a Broken Heart ~ •Muke• Where stories live. Discover now