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Por Manuela

—Obrigado pelo convite.- encerrou ele claramente relutante.

Não antes de encarar-me friamente Ricardo virou-se para as meninas antes de passar por nós, uma mensagem clara de quê ele não deixaria esse assunto encerrado. Por hora esse breve silêncio da parte deles seria bom, caso contrário… Digamos que terei que tomar medidas drásticas para garantir o silêncio deles.

Permito-me aliviar a tensão em meus ombros quando os vejo se afastar, um frio pecorre minha espinha sobre seu olhar, sei que Thomas ainda me encarava , coisa que recusava-me a fazer.

—Você os conhece.- disse ele, o modo como disse deixava claro que não era uma pergunta.

Passo minha língua por meus lábios secos antes de o olhar, Thomas com seu olhar perspicaz desafiava-me  à negar, inclino a cabeça e pisco inocentemente.

—Não entendo o que está insinuando.-murmurei feliz que minha voz não tenha falhado.

Seus olhos se estreitaram não acreditando em mim, o que era uma merda. Desde o dia que Lorenzo me traiu, Thomas não acredita em nenhuma palavra do que digo, manipula-lo ao meu belo prazer estava fora de questão. O que restava apenas provocações e blefes para dá-lo o benefício da dúvida.

—Realmente não acredita em mim? Eu nunca vi aquele homem em minha vida, se quiser podemos chamar ele até aqui e você  pode tirar suas dúvidas.- desafiei tirando um fiapo de linha que não existia de seu terno.

A linha tensa de sua mandíbula foi a única resposta que tive, felizmente fui salva pela chegada de nossos novos convidados, qualquer pergunta ou suspeita que Thomas tinha foram obrigadas a serem deixadas de lado.

Pelo menos por agora, Thomas não ousaria estragar a festa de sua filha feita em homenagem a sua mãe, arrumar uma briga comigo justo nesse dia não seria uma boa idéia e ele sabia disso, aproveitei-me de sua hesitação e segurei seu braço amavelmente como uma esposa dedicada ao marido e aproximei-me dele sorrindo amorosamente enquanto sussurrava.

—Sorria e pare de imaginar amantes onde não existe querido, aproveite a festa de nossa filha e não nos envergonhe com seu ciúme bobo.- provoquei beijando sua barba antes de me afastar vendo seu olhar azedo.

Sorri maliciosa, talvez essa festa não fosse tão chata afinal.


Por Miranda

O local da festa foi escolhido para acontecer no jardim, luzes pequeninas nas flores iluminavam o caminho, a sensação era de ter pequenas fadinhas de luzes escondidas atrás de cada folha, a fonte de querubins despejava água suavemente fazendo as velas perfumadas dentro de cestinhas com fundo de isopor rodeadas de flores como margaridas e tulipas estrategicamente montadas ao redor das velas balançarem lentamente pela ondulação da água , no fim do caminho que dava para uma tenda de onde podíamos escutar uma suave melodia vindo de dentro  encontramos dois rapazes ao lado da porta vestidos de ternos preto e cinza com gravatas azuis combinando  com máscaras de um azul escuro que ocultava grande parte de seus rostos, o rapaz mais alto de cabelos longos de um louro mel que caía em ondas suaves  acima de seus ombros sorriu galanteador seus olhos cinzas brilharam em divertimento ao entender uma caixinha de veludo com acabamento de ouro folheado, ela era provavelmente lembrancinhas da festa, à aceitei      agradecida já dando a caixinha para Marlon mais parei quando o rapaz disse suavemente.

—A caixinha contém o número da mesa que irão sentar, dentro delas à um presente para as mães ou no seu caso futura mamãe.- dando um passo para o lado o rapaz indicou o corredor pouco iluminado .- Aproveitem a festa senhor e senhora Werneck, senhor e senhorita Teixeira.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora