Não, eu acho que não.
— É, talvez. — Dei de ombros. —Mas acho que não seja nada muito radical.
— Mas aí não tem graça! A ideia é exatamente ser algo diferente do que você é acostumado, algo que te faça ter vontade.
— E o que seria o seu? — Perguntei.
— Estamos no meio da rua, em um banco em uma praça. — Ele protesta. — Há criancinhas e velhinhos inocentes aqui, Mike, o horário não permite.
Acabei rindo.
— Luke Hemmings, não foi você mesmo que não havia dito que devemos as vezes extrapolar?
Seu rosto ficou completamente vermelho. Beijei a ponta de seu nariz perfeitinho. Ele estava morrendo de vergonha. E infelizmente para ele, eu achei adorável.
— Mas não com criancinhas correndo por aí e tendo a chance de ouvir! Eu não sou um monstro.
Eu acabei rindo mais. Ele me olhou e começou a rir também. Ficamos assim por um tempo. Então, ele me olhou por um bom tempo. Já estava ficando desconcertado.
— Tem alguma coisa no meu rosto? — Perguntei com receio.
Ele negou.
— É que eu achava que sabia como era ver você sorrindo, mas descobri que nunca o havia visto sorrir de verdade. — Ele diz.— Não como agora.
Não sabia como reagir. Eu sorri sem jeito.
— Isso é um elogio Mike, as pessoas geralmente agradecem.
Eu sorri automaticamente ouvindo isso.
— Eu não pedi para me elogiar, você me elogiou porque quis.
Ele sorriu mais e deitou a cabeça no meu ombro. Ficamos assim por um tempo. Olhando o céu cinzento se transformando em algo mais escuro enquanto anoitece, crianças voltando para suas mães e elas as amparando. Velhinhas saindo para não pegarem o sereno.
Pensei por um momento na minha mãe. Ela gostaria de ver essa cena, ver essas crianças pequenas, e então dizer como eu era parecido com elas. Ver as senhoras se retirando e dizer que a minha avó era igual a elas.
Sentia falta de sua presença. De seus abraços, de suas palavras, nem que fizessem eu pensar que falar não era a minha, ela sempre me incentivou a cantar o que sentia. Ela falava que eu colocava em versos e estrofes o que em frases e mais frases não conseguia dizer. Ela era uma ótima pessoa.
Acho que ela gostaria de Luke, ele era gentil e ele provavelmente tomaria o lugar que era meu na mesa de jantar e teria o direito de comer a minha sobremesa que seria esquecida de ser me dada, mas não teria problema, eu aceitaria, reclamaria, mas aceitaria, sei que não me faria falta e sabia que era a maneira dela de tratar as pessoas que ela gostava. Eles se dariam muito bem.
— O que está pensando? — Sua voz rompeu o nosso silêncio agradável, eu já não ligo mais com isso.
— Minha mãe.— Respondo. — Acho que se dariam bem.
Seus olhos azuis piscavam levemente confusos.
— Mas você disse que ela não tinha aceitado quem você era.
— Não aceitou, mas também nunca se opôs a nenhuma escolha minha que fosse — Digo. — Depois, ela veria que as coisas estão indo bem, então ela não ia ter o que falar.
Ele me olhou por um tempo. Acho que a minha mudança de comportamento — De órfão em estado de sofrimento e de auto exclusão para alguém que se tornou um urso protetor quase literalmente para lhe dar apoio — as vezes o assusta ainda. Mas não faço por mal. É mais forte que eu.
KAMU SEDANG MEMBACA
How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•
Fiksi PenggemarMichael lida com a perda de seus pais em um acidente de carro enquanto tenta se reconstruir e seguir em frente. É então que ele conhece Luke, um garoto animado e sempre feliz, que esconde uma grande tristeza e dor por debaixo de toda positividade e...
•26•
Mulai dari awal
