Capítulo 21

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Depois de ter ficado no hospital por dois dias e meio, eu estava voltando para casa. Minha mãe e Thiago, estavam comigo quando recebi alta. Mamãe ajudou–me a sair da cama, e enquanto eu caminhava em direção ao banheiro, ela vestiu o Matteo, para irmos embora.

Tomei um banho, e coloquei a roupa que ganhei do Jean no meu aniversário. Quando saí do banheiro, Thiago estava guardando as coisas nas bolsas. Por ser domingo, era a folga do Enrico, e ele foi nos buscar no hospital. Gianna e ele, chegaram por volta das 11h00min da manhã. Quando minha irmã entrou no quarto avisando que poderíamos ir, já estávamos prontos.

No momento em que saímos de lá, Matteo usava um lindo macaquito verde, com ursinhos marrom. A disputa para levá–lo nos braços, foi grande. Todos queriam segurá–lo, porém, a ganhadora da vez, foi Gianna.
Sentei no banco de trás. Mamãe e Gianna, sentaram do meu lado.
Matteo dormia tranquilamente, no colo da tia.

—Ele não é o bebê mais lindo do mundo? —Indaguei, admirando–o enquanto ele dormia.

—Todas as mães falam a mesma coisa. Sempre queremos que nossos filhos, sejam os mais bonitos de todos. E tu tem razão, meu neto é a criança mais linda que existe no mundo inteiro. —Minha mãe retrucou, alisando o cabelinho dele.

—Eu queria poder te dar um neto também. Ou quem sabe... Uma netinha. —Respondeu Gianna, entre suspiros.

—Tu vai me dar um neto sim. A criança não precisa ter o nosso sangue, para ser amada. Eu acredito, que os laços de amor, valem muito mais que os laços sanguíneos. —Mamãe disse, para confortá–la. Thiago e Enrico, também comentaram, concordando com as palavras dela.

Ao chegar em casa, encontrei a sala enfeitada. Muitas bexigas espalhadas, e alguns cartazes.

Matteo, bem–vindo à família Bertolazzo!
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Matteo, papai, mamãe, vovó e titios, te amam.
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Matteo, presente de Deus.
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—Gostou? —Gianna questionou.

—Eu amei. Ficou muito bonito. —Respondi, encantada com a surpresa.

—Jean me ajudou a organizar tudo. Também fizemos um bolo para comemorar. —Ela explicou. —Pena que ele não vem comer conosco.

—Por que não? —Indaguei.

Gianna olhou para Thiago. Depois voltou a olhar para mim. Logo, entendi o que significava.

—Sendo assim, depois eu agradecerei a ele. Agora, vamos comemorar.

*****
Fiquei sentada em uma poltrona ao lado da cama, observando o Matteo dormir. Thiago deu leves batidinhas na porta e pediu para entrar.

—Não faz barulho! —Exprimi, pedindo para ele falar baixinho.

Ele deixou os chinelos em cima do tapete, entrou e aproximou–se do berço.

—Cadê o garotinho do papai? Você é bonito, como a sua mãe. —Sussurrou, próximo ao bebê.

—Por que não está dormindo? Já é tarde. —Falei, bocejando.

—Fui à cozinha buscar um copo com água, para tomar um remédio.

—Tu não se sente bem? —Questionei, preocupada.

—É só uma dor de cabeça. Daqui a pouco passa. —Ele alisou as laterais da cabeça. —Posso sentar na cama?

Afirmei com a cabeça.

—Olha Eliza, precisamos tomar uma decisão a respeito de nossas vidas. Eu preciso saber se você me quer na sua vida apenas como pai do Matteo, ou se ainda temos alguma chance. Não sei quanto tempo de vida ainda terei, mas de uma coisa tenho certeza: Quero ficar até meu último suspiro, com vocês dois.

—Thiago, não fala desse jeito. Tu ainda vai viver muito, pra ver nosso gurizinho crescer. Já falei que te perdoo. Vamos nos dar uma nova chance. Não pense que é só pelo nosso filho, que desejo tentar. O que acontece, é que eu me apaixonei por ti.

Ele chegou mais perto da poltrona, e me beijou. Foi um beijo calmo, lento, sem culpa e sem pressa.

*****
Matteo acordou chorando. Pedi a Thiago que o tirasse do berço, pois estava na hora de amamentá–lo. Ele o entregou–me com delicadeza. Matteo aninhou–se em meu colo, procurando por leite.

Thiago observava com admiração, o filho ser alimentado. Até o momento em que, o quarto girou, sua visão ficou turva e ele desmaiou. Comecei a pedir ajuda, chamando minha mãe, para socorrê–lo.

*****
Tadinho do Thiago. Será que algo ruim aconteceu?

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