Capítulo 13

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Meses depois...

Como era de se esperar, nos últimos meses, minha barriga havia crescido bastante. O antigo quarto da Gianna, transformou–se no quarto do bebê. Minha mãe curtiu muito a ideia de ser avó e tem demonstrado desde o início, que será uma vovó coruja. Partiu dela, a ideia de reformar e decorar o cômodo para o novo membro da família.

Depois de tanto trabalho, decidi fazer uma viagem. Eu sempre quis conhecer o Rio de Janeiro, afinal, foi de lá que minha mãe veio. É uma cidade linda, se não houvesse tanta violência, seria perfeita.
Fiquei hospedada em um hotel por uma semana, e depois visitei alguns parentes da minha mãe. Gostaria de ter ficado mais tempo, mas precisava voltar. Em poucos dias, será a minha formatura e além disso, com a chegada do inverno, teremos muito movimento na cidade, o que significa, que as vendas serão boas.

Eu estava em casa, de pijama, comendo pipoca e vendo tv, quando Gianna, Enrico e Jean, apareceram com um bolo de aniversário.

—O que significa isso? —Indaguei, sem entender.

—Como que a pessoa esquece o próprio aniversário? —Questionou Gianna, encarando os demais, ali presentes.

—Eu não esqueci. Só não imaginava que alguém iria lembrar.

—Agora tu magoou a gente, guria. Alguma vez já esquecemos? —Enrico exprimiu, fingindo estar magoado.

Jean aproximou–se do sofá, e me entregou uma caixa de papelão, lindamente decorada.

—Pensei em trazer algo pro gurizinho, mas mudei de ideia, porque a aniversariante é a mãe dele. —Expressou Jean, me entregando o embrulho.

—Obrigada.—Agradeci, beijando–lhe o rosto.

Quando abri a caixa, deparei–me com uma linda camisola, no estilo: Mamãe recente.

Para quando tu sair da maternidade. —Ele explicou.

Agradeci novamente. Mesmo o presente sendo para mim, ele não deixou de pensar no bebê.

—Vamos deixar de conversa, e partir o bolo.—Retrucou Enrico, recebendo um belo tapa nas costas, em seguida.

—Temos que esperar a mamãe. —Falei, ao lembrar que ela não estava em casa.

—Quando eu saí da pizzaria, ela ficou guardando os ingredientes novos que chegaram. —Exprimiu Jean.

Jean tem trabalhado conosco, desde o dia em que a pedido da minha mãe, contratei alguém para se encarregar das entregas, na pizzaria. Ele tem sido um ótimo funcionário, e também um bom amigo.

Estávamos indo para a cozinha, quando mamãe chegou. Ela me abraçou e falou com a minha barriga, como se estivesse falando com alguém.

—A vovó trouxe uma saborosa pizza de frango e outra de quatro queijos. Aposto que esse bebezinho lindo vai amar.

—Obrigada, mãe. Prometo não exagerar.

—Tu tem razão, Eliza. É pra comer sem exagero mesmo. Não queremos prejudicar o meu sobrinho lindo.—Disse Gianna, beijando o meu barrigão.

—Todos falam como se fosse um guri, mas ainda nem sabemos. E se for uma guriazinha? —Falei.

—Vai ser amada da mesma forma. Agora, vamos comer! —Minha irmã respondeu, e saiu caminhando com o bolo nas mãos.

Nós a seguimos. Arrumamos a mesa e sentamos para comer. Primeiro partimos o bolo, em seguida, cortamos a pizza, e para acompanhar, tomamos um delicioso suco de morango. Se não estivesse grávida, eu tomaria um bom vinho, mas prefiro evitar qualquer bebida alcoólica.

É óbvio que eu não havia esquecido meu aniversário. Apenas não estava pensando em comemorar. A barriga já está pesando o suficiente para me cansar rapidamente.

—Eu tenho uma novidade pra contar. —Exprimiu Gianna, após olhar para Enrico.

—Tomara que não seja coisa ruim. —Mamãe respondeu, juntando as mãos e aproximando–as da boca.

—Não, ao contrário. É uma boa notícia. Finalmente, Gianna decidiu que iremos adotar uma criança. —Enrico afirmou, beijando em seguida, o rosto da mulher.

—Isso é ótimo. —Mamãe e eu, concordamos.

—E tu Jean? Não diz nada? —Indagou Enrico.

Jean, que até o momento da conversa, estava distraído, falou.

—Fico muito feliz, pelo casal.

Tudo ia muito bem. Conversa agradável, comida gostosa, família presente, até o momento em que a campainha tocou, abri a porta e vi Thiago, parado na minha frente.

—Thiago, o que tu faz aqui? —Interroguei, segurando a porta.

—Eliza, você está grávida? —Ele perguntou, com o olhar focado em minha barriga.

—Não, imagina... Eu fiquei com tanta fome, que engoli uma melancia inteira. —Respondi, ríspida.

Nessa hora, todos apareceram na sala.

—Filha, o que acont...eceu? —Minha mãe quase perdeu a voz, quando o viu.

—Boa noite, senhora. Eu falei para a Eliza, que precisamos conversar.

—Acho que será bom conversar com ele. Este rapaz, lhe deve uma explicação. —Sugeriu minha mãe.

Olhei para Gianna, e a vi fazendo um gesto afirmativo, com a cabeça. Suspirei longamente, e saí para conversar com ele, em frente à minha casa.

****
Será que a Eliza deve se entender com o Thiago, ou não?
Comentem o que vocês acham!
Beijão.

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