• the end •

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Anda Jimin, levanta. O seu chefe vai te demitir, ein! - Taehyung balançava meu corpo deitado na cama.

- Eu não quero. Trabalhar. Nunca. Mais.

- Mas hoje pode acontecer uma coisa muuuuito boa, Jimin! Anda! Voltamos de Saipan tem menos de três dias, nem vem com preguiça, você só relaxou lá.

- Você sabe que não é preguiça, Tae.

- Eu sei, mas... Você não pode parar sua vida assim. Anda, vamos. O Seokjin fez café da manhã e o Yoon vai te levar para o trabalho hoje.

Por ser forçado por Taehyung, eu me levantei, tomei um banho e fui até a cozinha para comer o café que Jin fez para mim. Tudo com dificuldade, mas Tae estava certo, eu não podia parar minha vida assim.

Desde que voltei de Saipan eu passei a ter menos capacidade de me concentrar nas coisas e Jungkook era o principal motivo porque não me descia a garganta termos nos separado daquele jeito.

Depois de um tempo no banheiro, eu escutei Taehyung e Seokjin conversando sobre como iam fazer para me levar não sei aonde e não entendi por sinal, mas ignorei por conta da minha cabeça estar cheia.

Eu me arrumei de maneira simples, nada muito extravagante e voltei para a cozinha, onde os dois me olhavam desconfiados e nervosos, e quando perguntei o que tinha acontecido, Taehyung me respondeu que o gerente bonitão do hotel de Saipan estava em Seul para revisar uns contratos e que ia visitar o prédio da Gucci. Ele, obviamente, se empolgou. Sua resposta me convenceu, então eu me despedi deles dois e fui me encontrar com Yoongi.

A viagem até o meu trabalho foi estranha, Yoongi estava igual a Seokjin e Taehyung e toda aquela situação estava me deixando desconfortável e muito desconfiado.

- Você nunca me acompanha, qual o seu problema? - Eu perguntei para Yoon que saiu do carro para me levar para dentro do estabelecimento.

- Preciso que me siga. - Foi a única coisa que ele disse.

Eu, curioso depois de todas as coisas esquisitas que estavam acontecendo, o fiz. Segui Yoongi pelo corredor do prédio de arquitetura onde eu trabalhava e o estabelecimento estava estranhamente vazio. Ele passou pelas salas e escritórios particulares e foi até o final, em direção de uma específica.

- Yoon, aí não tem nada. É uma sala vazia que vai ser ocupada daqui, sei lá, cinco meses. - Eu tentei avisar, mas fui ignorado.

Quando chegamos lá, ele abriu a porta para mim e eu entrei primeiro. A iluminação estava fraca e por conta da sala ser extensa, eu não conseguia ver o que tinha no final. No entanto, o que me deixou surpreso foram as paredes enfeitadas com polaroids impressos e colados com capricho.

Eram fotos nossas em Saipan. Fotos divertidas que eram uma parte das minhas lembranças da melhor viagem da minha vida.

Uma em especial me chamou atenção. Eu estava de mãos dadas com Jungkook e o efeito da luz do sol nos desfocou da foto que foi tirada com nós dois de costas para a câmera. E eu sorri ao lembrar da sensação de ter Jungkook comigo.

Por um instante, pensei em perguntar de Yoongi o que era tudo aquilo, mas ele estranhamente desapareceu. Depois de continuar caminhando, eu cheguei ao final da sala e havia uma tela branca onde começou a rodar um vídeo em VHS, provavelmente feito por Yoon, onde tinhas cenas apenas minha e de Jungkook. De fundo, a música que Jungkook cantou para mim quando viajamos no Jeep tocava. Eu observei cada detalhe do vídeo enquanto sorria quase chorando mais uma vez.

Fiquei assim até que o vídeo terminasse e passou para uma faixa de música, a faixa que Jungkook dançou comigo naquela noite. E mais uma vez, como se soubesse que eu fosse chorar, ele apareceu pela porta no canto da sala e me abraçou por trás, me assustando um pouco.

- Me concende mais uma dança? - Eu ouvi sua voz e reconheci, me virando para olhar para ele, sem de fato acreditar. O abracei tão forte que poderia partir seu corpo ao meio, mas droga, eu estava tão aliviado e feliz.

Me permiti dançar com ele mais uma vez a mesma música que já havíamos dançado e juntos rodopiamos levemente, como se fosse a última vez.

- Não sei o que eu devo fazer sem você. - Jungkook sussurrou. - A ideia de não ter você me deixa apavorado.

- Mas você me tem, Jun. - Dessa vez eu que parei de dançar para encher ele de beijos pelo rosto.

- Mas não do jeito que eu quero. Embora eu não me importe com rótulos.

Eu não tinha entendido até Jungkook sair de perto de mim e se ajoelhar na minha frente.

- Talvez seja uma providência do universo. Tinha que ser assim. Você sabe, eu sei. Você sou eu, e eu sou você. O universo se move para nós, não houve nem uma pequena falta, Jimin. Porque você me ama e eu te amo. Você é meu penicillium, me salvando. Aqui ajoelhado, por favor, me ame agora. Apenas me deixa te amar. Já me chamaram de louco, sonhador demais, burro e tudo que você possa imaginar, mas ninguém conseguiu acertar o que eu de fato sou: o cara apaixonado por Park Jimin. Então, seja meu, assim como eu já sou seu. Você aceita namorar comigo? - Jungkook ao proferir a última frase, estendeu uma caixa aveludada com duas alianças douradas.

E como se minha vida dependesse disso, eu balancei minha cabeça para cima e para baixo. - Sim, Jun. É lógico que sim. - Respondi animado, quase que choroso. E Jungkook se levantou para colocar a aliança em meu dedo e depois fiz o mesmo com o seu.

E para matar a minha maior saudade, ele me beijou e dessa eu tinha certeza que não seria um último beijo.

Porque... Agora eu era namorado do cara que me apaixonei em Saipan.

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VOYAGER • jjk + pjmWhere stories live. Discover now