Charles Roy Donnavan narrando:
Olho para o relógio.
Ele já devia ter chego em casa.
Olho para o relógio mais uma vez. Como se eu ficasse olhando para o relógio desse jeito ela passaria mais rápido.
Minha atenção foi para a porta quando ela fez um barulho da fechadura. Pulo do sofá e corro até ela, e logo que James abre ela, eu pulo em seus braços.
James: ei calma ai, quer me derrubar?_ pergunta num meio riso.
Charles: mano, você não tem noção de quão preocupado contigo... Como que você esta? Esta sentindo alguma dor? Sinto muito por ter te dado um soco. Me desculpa._ começo a falar disparada.
James: estou bem, estou feliz por estar em casa já. To sentindo uma dorzinha, mais nada que vá me matar. E esta tudo bem, não precisa se desculpar._ fala me acalmando. Ou tentando._ Melhor entrarmos._ ele fala, e eu mal o deixo terminar de falar direito, e já o puxo para dentro fechando a porta atrás dele._ ei, calma ai.
Charles: o que o medico disse?_ perguntando fazendo ele se sentar no sofá, e eu ao seu lado.
James: disse o que já sabíamos, foi apenas um soco, nada de mais. Nenhuma lesão interna. E a dor que eu estou sentindo é da pancada mesmo._ Diz num tom calmo.
Tudo aconteceu muito rápido, não era para James estar desse jeito. A discussão era entre eu e o cirurgião, Jonas, que não sabe cuidar da própria vida. Olho para JJ que esta em minha frente com um corte em sua testa. Eu provoquei esse corte.
Travo o maxilar.
Charles: vou beber uma água._digo e me levanto e vou para a cozinha, ignorando os chamados de James para eu voltar.
Entro na cozinha e logo em seguida meu corpo ó prensado contra a bancada. James me olha nos olhos, e eu desvio o seu olhar, não consigo nem olhar para ele. James pega o meu queixo me fazendo olhar para ele.
James: pare de se culpar, sei que não foi intencional._ diz e eu so balanço a cabeça. Não importa o que ele falar, eu vou continuar me culpando.
James suspira e encosta as nossas testas. E foi aí que eu tomei coragem para olhá-lo. Seus lindo olhos azuis claros me observavam com intensidade. Sempre achei seus olhos lindos, claro que batia uma certa inveja.
Estávamos nessa troca de olhares intensos, mal percebo quando a porta do apartamento é aberta e Kai entra no nosso apartamento assistindo a nossa cena.
Kai: se beijem logo!_ fala nos assustando. Devido o susto nos afastamos.
Não sei como agir com uma pessoa por perto quando estou com James, sei lá, ainda está tudo confuso para mim.
James: como você entrou aqui?_ pergunta tentando ignorar o fato de estar me prensando contra a bancada e com a testa colada na minha até alguns segundos atrás.
Kai: esqueceu que eu sempre venho aqui? Eu achei que merecia uma chave desse apartamento, então peguei emprestada a do Charles e fiz a cópia._ fala dando de ombros pegando no armário uma tigela, leite e cereal.
Reviro os olhos.
Charles: você é muito folgado.
Kai: fala isso por que eu atrapalhei a pegação que ia rolar aqui na cozinha._ fala comendo.
James solta uma risada, e eu dou um tapinha em sua barriga para ele parar. Só que ele ri ainda mais.
Kai: ai ai, eu vivi para ver isso acontecer._ fala com o típico tom de voz de " o grande sábio que sabe de tudo" ele sempre usa esse tipo de tom quando acontece algo que ele queria._ quando vai ser o casamento?
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One love, two mouths. One love, one house
General FictionO nome já diz tudo. "Charles: que merda James! Eu não sou gay! James: um cara hétero não beija outro cara, um cara hétero não transa com outro cara. E adivinha só? Você já fez isso. Sinto em lhe dizer, Charles, só que você é gay sim!"