capítulo 50

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Analu 💧

Por que não conseguíamos passar um dia sem brigar?

Sério, sempre tava tudo bem e por um motivo besta, eu ou ele arrumava confusão.

Tudo bem, que eu era louca, mas arrumar briga porque eu fui pegar a chave com o porteiro e fiquei conversando com ele?

Gente, ele tem no máxima 60 anos.

Não consegue nem andar direito, imagina se a rola sobe?

Ah lobão, porque tens tanto ciúmes?

Revirei os olhos indo até ele que tava na sala.

Analu: Para com isso, cara.- Sentei no colo dele.

Lobão: Tu não diz que conhece as putas? Eu conheço os caras que tem mal intenção quando olha pra tu

Analu: Ele pode ser meu avô? - Perguntei arregalando os olhos.

Lobão: Não o velho, o segurança. Ele ficou te olhando igual um pedaço de carne do caralho.

Analu: Será que é porque eu tô toda marcada? Lobão, você já pensou se ele chama a polícia por eu estar toda marcada? Ao invés dele querer me comer?

Lobão: Tu vai ser presa por gostar de apanhar no sexo?

Analu: Não, mas você vai preso só de ver polícia.- Falei me levantando.- vai embora.

Lobão: Vai você!

Analu: É sério, pode ser paranóia minha, mas se aquele segurança chamar a polícia, eu me fodo e você muito mais.

Lobão: Ele vai chamar nada, relaxa.

Analu: Não quero nem saber, colocou paranóia na minha mente e agora vai ter que sustentar.

Lobão: Ana, sem caô.

Analu: Amor, de verdade. Mesmo que não aconteça nada, não vamos arriscar.

Lobão: Para de paranóia maluca, tu tá ficando louca! Não tem nada nem ninguém aqui...- Falou indo pra janela, que tava pra ver a frente do prédio.- Só cinco carros da polícia e o capitão do Bope.- Soprou, sorrindo nervoso.

Analu: Quando Analu tem razão, Analu tem razão.- Falei puta.- O caralho do segurança deve ter te reconhecido como traficante e não como agressor.

Lobão: E agora? Se eu descer eu tomo, se eu ficar eu tomo no cu do mesmo jeito.- Falou nervoso.

Analu: Agora vai ficar aí, ninguém mandou duvidar das minhas paranoias.- Ele parou pra me olhar.- Tô brincando, vem rápido.

Ele me acompanhou e eu abri a portinha na chave, ele entrou e eu fechei.

Coloquei a máquina no lugar dela e voltei pro sofá.

Era um quartinho onde eu guardava vassouras e essas coisas de limpeza.

Era bem pequeno e quase invisível, por ser da mesma cor que a parede.

Então, ou você tem uma visão muito boa, ou uma bola de cristal.

Bateram na porta e eu murmurei que já estava indo.

Caminhei lentamente, com dor até a porta e abri, tendo ela invadida por vários policias.

Eles passaram tão rápido, me empurrando que cono eu já tava morrendo de dor, foi coisa simples pra eu cair no chão.

Cai de bunda no chão e gemi de dor, meu corpo só doeu mais.

Vários polícias estavam invadindo minha casa e eu estava no chão.

- Perdão, recebemos uma denúncia que o maior traficante estava aqui.- Falou um deles me ajudando a levantar.

Analu: Desculpa, vou processar vocês por entrar na minha casa sem ordem judicial e ainda me machucaram.

- Esse é o nosso trabalho. Agora pode me dizer se você foi vítima de violência doméstica?

Analu: Não.

- Não pode ou não foi?

Analu: Não foi.

- Poderia me dizer o que foi?

Analu: Relações sexuais selvagens.- Sorri falso, vendo ele olha meu corpo.

- Parece que a gatinha gosta de ser tratada como uma vadia na cama.- Debochou.

Analu: Sua mãe também deve gostar, já perguntou pra ela? - Falei alto, sentindo um tapa em seguida no meu rosto.

Salivei e cuspi nele, me levantando. Ele ia puxar meu cabelo mas eu cravei as unhas no braço dele.

Só meu homem encosta nessa porra.

Fui pra cozinha e abri a geladeira, pegando água.

- Sabe que bebida pra menor é crime, não é? - Outro policial na cozinha falou.

Analu: Eu tenho 19 anos. Vocês tão procurando um traficante, acho que minha bebida é o que menos deve importar.

- Quer dizer que você quer que a gente pegue foragido?

Analu: Espero que vocês não tenham invadido minha casa atoa, bagunçado minhas roupas atoa. Eu tenho compromisso daqui a dez minutos, espero que vocês tenham o senso de sair.

- Já terminamos, não encontrarmos nada! Nem um sinal dele nem de pertences.

Eles começaram a sair, enquanto eu fiquei da cozinha olhando.

O policial filho da puta que me bateu passou me olhando e eu levantei dedo pra ele, indo até a porta e batendo a mesma na cara deles.

Me sentei e escutei o Lobão batendo na porta, mas permaneci sentada.

Um, dois, três... um minuto depois, abriram a porta.

- Você ajudar ao tráfico é crime, espero que saiba. Você é tão nova e bonita, se você for presa, traficante nenhum vai te ajudar, pode ter certeza.- Um dos policiais falou.

Balancei a cabeça e fechei a porta devagar, passando a chave.

Queria acreditar que não, mas o que ele falou era verdade.

Se eu fosse presa, a última pessoa que iria me visitar era o Lobão.

Caminhei até a salinha, tirando a máquina de lavar da frente e abrindo a porta.

Ele saiu respirando fundo e eu dei as costas, colocando a chave no balcão e indo em direção ao meu quarto...

Caminhos cruzados.Where stories live. Discover now