CAPÍTULO 125

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Ele passou a mão pelos cabelos e negou com a cabeça.

Stefan: É só um bebê!
Alessandra: Ele vai ser bem cuidado, Luan é de família bem sucedida, a criança vai viver em harmonia como uma família de comercial de margarina
Stefan: E sem uma mãe!
Alessandra: Se for pra ter a mim como mãe, é melhor não ter. E além do mais, Luan vai assumir os negócios do pai dele, vai chover mulheres em seus pés, ele não vai precisar de mim -ri frouxo-
Stefan: O bebê não tem culpa dos erros de vocês, muito menos das merdas que você fez na vida! Você sabe o que é viver sem uma mãe, sabe como é sentir que mesmo viva a sua mãe não se importa com você, vai deixar mesmo que isso aconteça com seu filho ou filha?
Alessandra: Eu não cresci só sem a minha mãe, eu cresci sem o meu pai também. E olha só -apontei pra mim mesma- estou viva, superei!
Stefan: É um absurdo isso que você está fazendo
Alessandra: Que seja! Eu só não quero trazer desgosto pra esse bebê! Eu tenho certeza que o Luan vai ser um bom pai, vai cuidar dele ou dela, vai dar todo amor necessário e no fim das contas a criança nem vai dar falta de mim! Não é porque o Luan me odeia que ele vai maltratar nosso filho(a)! Eu sei o que eu fiz pra ele e sei exatamente que tudo isso é consequência dos meus atos, e eu não quero sentir o mesmo desprezo que o Luan sente por mim, no meu filho(a)!

Ele ficou em silêncio me olhando.

Alessandra: Você nunca sentiu o que eu tô sentindo agora, Stefan -meus olhos marejaram- você nunca sentiu o desprezo vindo de alguém que você ama, porque ao contrário de mim você é uma pessoa boa, eu não! E eu não quero por a vida desse bebê em risco, porquê todos os que eu amo se vão! Seja por morte, por desgosto, todos se vão! E eu prefiro assim, morrer sozinha, viver sozinha, assim eu não machuco ninguém e ninguém me machuca. Eu já te machuquei, já te decepcionei uma vez e eu sei que o que eu tô fazendo agora está te decepcionando de novo, ultimamente eu ando decepcionando a mim mesma -falei com a voz embargada- eu decepcionei o meu pai, o Luan, o Edgar, a Lorena, a Cida, meus amigos, você! Eu não quero mais isso, eu não aguento mais isso! Eu já decidi que o melhor vai ser seguir assim. Me desculpa por tudo, mas eu realmente não me importo mais com nada!

Eu saí dali com o choro entalado na garganta, e ao chegar no quarto eu deixei ele sair. Chorei feito criança.

Eu aceitei o fato de que eu sou uma decepção, que minha existência é um erro. Eu não quero mais ver as pessoas que eu amo me olhando com desprezo, e eu não sei se aguentaria se o meu próprio filho ou filha me olhasse assim também.

Warrior | L.SWhere stories live. Discover now