How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•

•13•

Além de que ele tinha um sorriso cativante, era visível que os clientes todos riram com ele, mesmo nem sabendo do que se tratava.

Essa tarde foi agradável.

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— A última vez que eu fui cozinhar eu consegui queimar a panela que fervia água. — Luke dizia ainda com certo ânimo.

Eu por outro lado, faltava morrer de falta de ar. Quem mandou ser idiota e aceitar apostar corrida com um cara que tem a perna de um quilômetro.

— Me lembre de nunca pedir para você esquentar nada pra mim. — Puxava ar pros pulmões enquanto Luke ria. — Fica aí rindo de mim, eu tive que te carregar nas costas porque você ficou com medo de um gato de rua.

Ele franziu seu nariz perfeitinho enquanto eu ria da sua expressão. Um Luke ofendido e levemente irritado vai ser sempre uma das minhas reações favoritas.

— Ele tinha unhas afiadas e pulou em cima de mim do muro.

— Quem mandou ser um gigante? Da nisso ser parente de poste.

— Continua com o bullying aquele que nem aguenta correr.

— Eu te carreguei por duas quadras e meia nas costas eu já mereço um prêmio.

Ele deu de ombros.

Continuamos andando calmamente em silêncio, e, como sempre, Luke o quebra.

— Você realmente está aceitando ser meu amigo por querer não é? — Sua voz saiu meio embargada. — Não foi porque eu acabei falando aquilo, não é?

Eu parei e fiquei olhando para ele que parou pouco mais a frente.

— O que te faz achar isso?

— É que fazia mais sentido. — Ele deu de ombros. — Você odiava até a ideia de eu tocar a ponta do seu dedo, aí do nada me abraçou. Eu só pensei...

— Eu te abracei porque eu achei que você precisava de apoio, de alguém que estivesse ali pra te ouvir, como você faz. — Andei irritado olhando em seus olhos. Eu sei que devo ter ficado vermelho, mas não ligo. — Depois, não tem maneira nenhuma de te chutar da minha vida. Você entrou e sempre arranja um jeito de ficar cada dia mais. Você é amigo dos meus únicos amigos. Então não, não foi por pena se você acha que é isso.

Ele piscava os olhos digerindo tudo que eu disse.

— Mike...

— Depois de tudo que eu falei, você achou mesmo que eu agiria com você da forma que eu mais abomino que tratem as pessoas? Sério?

— Não é isso... Mas se põe no meu lugar. Eu não falava nada disso e nem falo. — Agora somos dois caras altos, suados, irritados e gritando na rua. — Você pode achar que é pouco, mas pra mim, isso foi muito.

Eu puxei todo o ar que podia para os meu pulmões. Meu problema de raiva é controlado, você pode se acalmar.

— Eu não disse em momento algum que você devia falar mais do que queria falar.

— Mas a sua curiosidade diz outra coisa.

— Então agora, se ponha você no meu lugar. — Disse com fôlego que a cinco segundos não existiam. Estava muito irritado  — Eu não consigo falar coisas tão íntimas com pessoas que não conheço e mesmo assim você vive la nas horas que nem o Calum está. Como acha que eu me sinto? É claro que eu estou curioso, mas eu também sei que se fosse comigo eu não falaria nada se me sentisse pressionado. Então por isso eu não faço nada.