Último Ano-Capítulo 15

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• No meu trabalho as coisas estavam a (mil) maravilhas, mas já  com a Eloísa
estava indo devagar demais, —eu esperei dez anos... alguns dias eu tirava de fichinha não é mesmo? — mas a minha ansiedade e vontade de está sempre com ela, me tirava um pouco a paciência, depois daquele dia gostoso na minha casa, a gente passou a ficar mais íntimas, uma com liberdade de ir à casa da outra sem cerimônias ou se preocupar com horário, nos tornamos amigas.

    Quando Douglas me ligou dando a ficha do Abraão foi aí que eu e Miguel bolamos mais um plano para pôr em prática.

                              ^-^
                      
Era sábado ensolarado, Eloísa já tinha perdoado Abraão e isso tinha me frustrado bastante  —como assim ela perdoou um suposto chifre?— cheguei na casa deles e os dois estavam na maior troca de carícias e juras de amor — só em ver aquilo, meu estômago embrulhou—.

-Estou atrapalhando o casalzinho mais lindo do bairro?-

Os dois sorriram para mim, convidando-me para juntar a eles.

— Que bom você ter aceitado almoçar conosco Sam.—

   Abraão disse beijando-me no rosto e me abraçando, era notório a gratidão que ele tinha por mim, por ajudar o casal naquela fase estranha que "tinham passado". Já o cumprimento de Eloísa foi diferente... é diferente e sempre foi diferente, ela sempre fica um pouco sem jeito após a gente ter algum contato físico, mesmo que seja um simples beijo no rosto com o seu marido ao lado.

— Eu vou deixar às duas “tricotar” aí enquanto tomo um banho.—

Ele deu um selinho nela me fazendo revirar os olhos e sentir vontade de furar os olhos dele com o garfo que a Eloísa estava em mãos.

— Só nós três?—

Ela sorriu e disse que o meu irmão tinha raptado a filha dela para um final de semana em um hotel (fazenda).

— O fato de eu ser quente, não significa que sou uma vela... quer ajuda no almoço?— (risos)

   Ela aceitou minha ajuda, e foi nesse único momento que eu tinha que aproveitar para vez ou outra roçar o braço no dela e sempre procurar algum outro contato enquanto conversávamos trivialidades.

   Deixamos o almoço no fogo e fomos para sala, perguntei a ela se tinha uma cerveja — estava tão quente, merecíamos nos refrescar — enquanto ela dizia que estava evitando beber perto ou na frente de Abraão por conta daquele acontecimento, ele apareceu na sala de banho tomado e provavelmente ouvindo nossa conversa, já que insistiu para que a esposa não se limitasse à algo que gostava de fazer no final de semana por causa dele, ainda se ofereceu para comprar uma caixinha para a gente, Eloísa titubeou antes de aceitar, afinal tinha receio dele ter uma recaída.

— É só não deixarmos sobrar nenhuma.—

Eloísa gargalhou ao ouvir meu comentário depois que Abraão saiu para comprar as cervejas.

— Eu vou olhar a comida.—

Concordei com cabeça para Eloísa, fiquei observando ela se afastar o suficiente para perde-la de vista, me levantei rápido e de forma ágil tirei sua carteira de dentro da bolsa que estava em cima da mesa no cantinho da sala, abri a carteira, peguei meu celular e tirei foto do cartão de crédito dela, frente e verso. Por pouco ela não me pegou no flagra, a sorte foi que eu já tinha guardado sua carteira, fiquei disfarçando olhando um quadro que ali tinha na parede.

—E seus pais Sam? Nunca falamos da sua vida...—

Aquela pergunta eu não esperava — o quê dizer? — claro que conforme íamos ficando mais íntimas, mas da vida uma da outras íamos querendo saber, então resolvi contar a verdade de uma forma bem comovente e dramática —não seria Alice se não colocasse drama em tudo— Abraão chegou com nossas cervejas, Eloísa ainda estava desconfortável sobre beber na frente do marido, ele foi para frente da tv e nós ficamos na cozinha.

Último Ano [Professora e aluna]Where stories live. Discover now