Último Ano-Capítulo 6

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Fui para a escola ansiosa por te dois horários com a professora Eloísa, já no portão os meninos estavam me esperando todos afoitos, eles me abraçaram e sairam me arrastando para sentar no banco no pátio. Engraçado que antes de me "entrosar" com eles, eu era praticamente um "fantasma" alí, agora parecia que bastante alunos sabiam meu nome e quem eu era, e eu gostava disso, gostava de ser notada de me sentir alguém na escola.

- Chaverinho, hoje você vai passar o horário de português todo encarando a professora tá ligado?-

Lucas me disse segurando pelo meus ombros, enquanto falava todo empolgado sobre a nossa missão de eu "conquistar" a professora.

Rafael emendou dizendo que mesmo que ela não estivesse olhando para mim não era para que eu deixasse de olhar para ela e nem fazer cara de desejo.
Todos rimos quando ele fez uma cara engraçada e nada sensual tentando me mostrar como era para fazer.

O sinal bateu e fomos correndo para dentro de sala, nessa altura cada um já tinha seu lugar definido, e eu ficava entre aqueles garotos. A professora como sempre, entrou com aquela postura ereta e séria, mexeu no óculos de grau e desejou um bom dia baixo e calmo, como sempre, colocou sua bolsa na mesa e dirigiu até o meio da sala, aguardando para que todos enfileirar perfeitamente as cadeiras.

Foi aí que eu comecei a encarar ela, a princípio foi engraçado, ela me encarava, e eu tive a sensação que talvez ela pensasse que eu estivesse desafiando ela, porque encarar era uma forma para ela intimidar nós alunos, então lembrei-me de Matheus falando para eu intercalar o olhar, entre os olhos, boca e o busto, e quando olhasse para os seios dela, mordesse o lábio lentamente.

Talvez eu estivesse fazendo um papel ridículo, mas a professora Eloísa mexia tanto comigo, que eu topei fazer essa sandice.

Quando a professora começou a explicar o novo assunto, ela falava sempre olhando para nós alunos, e foi nesse momento que eu aproveitei e comecei a olhar para seus olhos de jabuticaba, no começo ela passou a falar olhando para mim, mas quando eu olhei para seus seios, naquela blusa social rosa bebê, com dois primeiros botões abertos e mordi os lábios, vi seu rosto corar e ela desviar o olhar, eu senti vontade de rir, não estava acreditando que ela tinha ficado sem jeito.

De certa forma, aquilo me estimulou a continuar, não tirava os olhos dela por nenhum momento, apesar dela passar a desviar sempre o olhar ou andar pela sala enquanto falava o assunto e mesmo assim, eu ainda sentia que ela estava me olhando de soslaio.

Ela mandou a gente copiar e responder o atividade do livro, voltou a sentar-se, enquanto ela voltava para mesa, meus olhos continuaram nela e não no livro, enquanto todos os outros alunos estavam procurando a página dita por ela.

Ela sentou-se e me procurou pelo meu olhar, depois que encontrou eles com a ponta do dedo indicador fixou seu óculos no rosto, eu dei um meio sorriso e ainda a encarando mordi os lábios. Eu não queria me iludir, mas tinha a certeza que ela estava ficando incomoda com aquela minha atitude.

Só me dei conta de que já era para eu estava fazendo a atividade quando ela perguntou se eu já tinha terminado de fazer de forma irônica.

Balancei a cabeça negativamente e tentei dar um sorriso sacana, mas ela não me olhou mais, pelo que vir, ela começou a corrigir os nossos textos, ver aquilo me deu um frio enorme na barriga, senti até vontade de vomitar, porque o meu texto era o hot da história que eu estava criando, em nenhum momento imaginei que ela iria ler ou corrigir dentro de sala, já que ela sempre trazia já corrigido de casa.

Nem consegui fazer a atividade, esperando para ver qual era a reação dela quando começasse a ler a minha história, como eu saberia que ela estava lendo a minha?
Saberia porque as minha folhas para fazer tarefa extra eram de um bloco de fichário com folhas pretas, era a única diferente de todos as outras folhas que ela tinha em sua mesa.

Quando vi ela pegando a minha, eu abaixei minha cabeça e comecei a fazer a atividade que ela tinha passado, eu tentava não olhar mais para ela, só que ao mesmo tempo que eu tinha medo, tinha curiosidade para ver a expressão/reação dela.
Quando olhei, ela estava se remexendo na cadeira e passando a mão nos cabelos, voltei a olhar para meu caderno e copiar a atividade, acho que nem passou um minuto e eu olhei novamente para ela, desta vez, nosso olhar se encontrou, mas por pouco tempo, logo ela desviou e voltou a ler meu texto.

Eu só consegui fazer a atividade direito quando ela passou a corrigir outra história, depois desse episódio, eu não consegui mais encarar-la, fiquei extremamente envergonhada.

Os meninos até me alertavam dizendo que eu não estava a encarando, 'como se eu não soubesse disso'.
Estávamos ja no último horário dela, quando ela começou a pedir as atividades para passar o visto, ela não ia por ordem da chamada e sim por fila, como eu sentava no fundão do meu lado direito e para ela do lado esquerdo dela, ela comeceu pelo direito dela.

Ela passava o visto no caderno e entregava o texto que na aula anterior tinhamos entregado a ela.
Quando chegou a minha vez, foi impossível não ficar com o rosto rubro, eu me odiava por não saber disfarçar quando estava envergonhada.
Sem olhar para minha cara, ela esticou a mão para pegar o caderno, olhou para ver se estava tudo copiado e resolvido, passou o visto, provavelmente a correção da atividade ficaria para a outra aula, mas diferente de como ela estava fazendo com os outros alunos, ela não entregou-me a história, apenas o caderno sem me dizer nenhuma palavra.

Sentei na minha cadeira, ao mesmo tempo que estava aliava por ela não ter falado nada, estava frustrada por ela não ter falado nada e com muito medo porque ela não me devolveu o texto, será que ela chamaria meus pais e mostraria para eles?
Eu senti vontade de chorar e muito arrependida de ter começado tudo isso.

O sinal tocou ela ainda estava chamando a última fila de aluno, os meninos praticamente me obrigaram a ir lá desejar um bom final de semana para ela, já não sabiam que ela não tinha me entrego o texto e nem que eu tinha inventado de fazer aquilo. Envergonhada e toda desengonçada eu fui até sua mesa, e sai mais frustrada porque ela respondeu sem ao menos olhar quem estava desejando aquele bom final de semana.

Olá queridxs, não gosto de deixar avisos, mas é necessário!
Antes de alguém querer críticar algo, mesmo que seja crítica construtiva, dêem ao trabalho de saber se a pessoa está interessada ou se importa em saber ou ouvir.
Não precisa ter receio ou medo de falar comigo se você não for um fake CHATO e FRUSTRADO tentando saber quem sou eu.
E mais um aviso para certas escritoras que se acham "alguém" aqui nesse aplicativo:

- Vocês são apenas mais uma como todas as outras, ninguém é obrigada a seguir uma linha ou o mesmo estilo de escrita que é de agrado de vocês, lembrem-se que quando nos cadastramos, o Wattpad não nos obriga a escrever de nenhuma forma, porque até quem criou esse App sabe que cada um tem seu jeito seu próprio estilo, preferências e "limitações".

Se você quer dar uma de doida, pode ter certeza que eu sou bem mais doida.

Acostumem-se, eu vim para ficar. Kkkk

E vocês que me acompanham, saibam que eu adoro seus comentários e não tenham medo de me chamar no privado se quiserem é claro.

Sejam luz!

                                                 Zara-Olie.

Último Ano [Professora e aluna]Where stories live. Discover now