Capítulo 8

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POV Camila Cabello

Lauren estava me evitando.
Não havia dúvida disso. Eu pegava vislumbres dela antes ou depois de
passear com os cães, mas isso era tudo. Ela estava agindo como se ela não tivesse me pedido para ser sua passeadora de cães e fazedora de bebês. Eu estava estranhamente irritada com isso. Tão irritada que eu estava começando a querer falar com ela.

Quando eu estava pronta para confrontá-la, ela estava longe de ser
encontrada. Sua presença estava ausente em casa naquela manhã e ela
permanecera um fantasma quando voltei com os dois cães exaustos.
Lavando as mãos na pia da cozinha, me animei ao som de passos. A visão da mãe de Lauren e não a própria mulher me desanimou. Ela estava segurando um saco de papel dourado em uma mão, como se fosse uma bolsa Gucci cara.

—Você está de volta. — ela disse. —Bom. Como eles estão?
—Estão bem. Estou preocupada com o calor, no entanto. Tenho que tirá-los
ainda mais cedo até que o tempo esfrie um pouco. — eu limpo minhas mãos no meus jeans. Ela piscou como se eu a tivesse ofendido. Deveria ter usado uma toalha como uma pessoa adequada.

—Ei. — eu comecei, antes que eu pudesse parar. — Lauren está muito ocupada ultimamente?
Ela ajustou seu xale fino enquanto me examinava.
—A minha filha tem uma grande quantidade de responsabilidades para cuidar. É um milagre que ela consiga
fazer metade do que deveria, especialmente quando ela se mantém adicionando novos obstáculos. Você sabia que foi ideia dela que tivéssemos os cães?

Piscando, olhei para os cães fofos.
—Não, não sabia. — ela disse que ela os tinha nomeado, então talvez não devesse ser tão surpreendente.
—Ela deveria levá-los em seus passeios de manhã, mas acho que ela nunca foi o tipo de manter suas promessas. — Vacilei com a onda de frieza que atacou meu coração, eu comecei a ir para a porta. —Espere. Camila, faça-me um favor? — ela
ofereceu-me o saco de papel, lá dentro estava uma caixa de madeira embrulhada em uma fita de prata. —É um presente para o diplomata que Lauren está entretendo. Eles estão almoçando no salão do elefante.

Segurando as alças finas e ásperas, eu engoli em seco.
—Você quer que eu leve isso para ela, er, para eles?
—O salão é no caminho de casa. Detesto pedir a você, mas eu tenho minhas coisas para fazer.
Não podia dizer não. Ou isso foi o que disse a mim mesma, porque no fundo
eu sabia que eu estava usando isso como desculpa para encurrralar Lauren.
—Eu vou fazer isso, claro.
—Você é uma salvadora de vidas. — seus lábios finos escorregaram em um sorriso que era quase apreciativo. Era o rosto de alguém que estava feliz porque estavam a caminho. Mas isso foi bom, porque eu sabia o que ela sentia. Eu estava a caminho, também.

*

A sala do elefante era de ouro e prata, como se alguém tivesse derretido um
enfeite de Natal gigante em todas as paredes. Cada pessoa que não estava
sentada em uma mesa estava correndo por aí em um terno ou saia cinza pálido, com bandejas equilibradas nas palmas das mãos.
Evitei os garçons, fazendo meu caminho entre as mesas e tentando não me embasbacar com o teto. As presas de ouro, que esperava que fossem falsas, criavam uma escultura deslumbrante da cabeça de um elefante.
Este lugar era caro.
Este lugar não era para mim.

—Camila! — era Lauren quem chamava o meu nome, acenando para mim de uma mesa longa e escura contra a parede no fundo. Os homens sentados com ela pareciam tão caros como os Lamborghinis lá fora. Eu me perguntei por que eles não tinham uma sala privada, até que compreendi que o objetivo era ser visto.
Aproximando-me com o saco de papel ao meu lado, eu desejei que eu tivesse
mudado para uma roupa mais agradável. Jeans e uma regata muito surrada e muito, muito azul com estampa nas costas se destacaram entre todo este glamour.

Royal Baby Maker Where stories live. Discover now