Capítulo 7

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POV Camila Cabello

—Connor, não!
Quando entrei no meu apartamento algo lançou-se para mim pelo canto do meu olho. Torcendo tão rápido que minha espinha quase quebrou, mal peguei o pequeno garoto antes dele bater no meu rosto.
—Whoa! — eu ri, segurando-o
pelas axilas. —Olá!
Ele era muito bonito, considerando que ele só tinha tentado me matar.

—Eu sinto muito. — Dinah disse, apressando-se para levá-lo. —Este é Connor, filho da minha irmã. Ele está um pouco louco.
—Louco! — ele deu uma risadinha, sorrindo para mostrar os dentes e as
lacunas entre eles.
Dinah faz uma pausa dramaticamente.
—Eu me afastei por um segundo para
fazer um lanche.

Fechando a porta eu disse.
—Não se preocupe, está tudo bem. — minha colega de quarto desceu o garoto e ele prontamente abraçou minhas pernas. — Você é um pouco temerário, hein?
Seu riso era alto, limpo e real. E derreteu meu coração. Depois de como tinha sido o meu dia, ver uma criança foi estranho. O mundo está tentando me dizer alguma coisa. Mas era que crianças eram bonitas ou que elas queriam me matar, ou talvez as duas coisas?

Entregando a Connor a metade de um sanduíche, Dinah pegou seu telefone e digitou uma mensagem. Em seguida, sentindo meu humor com alguma empatia poderosa de um filme de super herói, ela piscou para mim.
—Uh... Algo está errado com você.
Eu passei pela porta e me sentei em uma das duas cadeiras. Nossa mesa era pequena, e funcionou melhor como uma plataforma de lançamento para as crianças do que um lugar para refeições.

—Eu não saberia onde começar.
—Problemas com meninas?
Eu ri bruscamente.
—Isso é dizer pouco.
Ela sentou-se à minha frente, um olho em Connor enquanto ele corria em
círculos ao redor da sala.
—Eu pensei que você tinha terminado com as mulheres. Acho que foi o que você me disse na primeira noite em que você se mudou. — ela jogou os braços para cima, sua voz aumentando. —'Dinah! As mulheres não servem para nada, apenas para nos chupar!'

—Não é assim que eu sinto realmente! Além disso, você pode dizer chupar
na frente dele? — eu empurrei meu polegar para Connor.
Dinah fez uma careta.
—Ele está bem. Me conte mais sobre seus problemas de namoros.
—Isso não é namoro. Eu não sei o que é.
—Agora estou mais curiosa.
Suspirando, eu corri minhas mãos sobre meus olhos.
—Lauren, a mulher que eu sou passeadora de cães, está sendo muito persuasiva.
—Mnhm. Continue.

Olhando para Connor, deixei cair minha voz para um silêncio.
—Ela meio quer que eu seja a mãe do filho dela.
Dinah assustou-se tão rápido que deixou cair o telefone no chão. Connor guinchou, pulando no lugar. —Caiu! — ele riu.
—Ela quer que você faça o que?
Queimando com vergonha desde meus dedos do pé até meu couro cabeludo, imaginei o meu encontro no chuveiro.

—Deixe-me voltar. Lauren é tipo uma
princesa.
—Você está fodendo com a realeza?
—E acho que ela está em uma competição com seu meio-irmão para produzir um herdeiro primeiro. Ela me fez uma oferta para ser a única a fazer isso com ela, e eu não estou considerando isso... Eu teria que ser louca para fazer isso. Não sei
por que ela me escolheu.

Brevemente eu me perguntei se ela tinha feito a oferta para outras pessoas. Eu era realmente a primeira? Impossível.
Dinah olhou para o teto.
—Isso é muito estranho.
—Eu sei. —concordei, desenhando um círculo na mesa com o dedo. —Eu não
sou nada especial, por que uma mulher rica viria para mim?
Ela bateu as mãos sobre a mesa.
—Cale-se! Você é um ótimo partido. Estou dizendo que é uma loucura para qualquer um que queira ter um filho tão rapidamente com um estranho. Ela deve estar desesperada para fazer seu pai feliz. Isso ou ela está super afim de você. Vocês poderiam ser almas gêmeas.

Eu estava rindo, mas seu rosto sério me humilhou.
—Isso não poderia ser real.
—Claro que é. — ela se inclinou para mim. — Hm. O que você sente por ela? Alguma faísca ou algum sentimento de que ela é seu verdadeiro amor?
Eu queria jogar algo nela, mas as únicas coisas nas proximidades eram seu telefone caro e Connor.

Impotente, pensei sobre como tinha sido bom quando Lauren segurou minha barriga possessivamente. Quão naturalmente ela a beijou.
Mas almas gêmeas? Querendo um bebê com uma estranha...?
Eu teria que ser louca para fazer algo assim.

Fiquei com isso em mente quando Connor mudou de assunto para nós
despejando uma garrafa inteira de maionese, que não sabia que tínhamos, no chão.
Dinah chorou, correndo para limpar enquanto eu assisti com diversão seu desespero.

Cada vez que o garotinho me piscou um sorriso, abria-se um lugar no meu
coração para ser preenchido com mais amor. Disse a mim mesma novamente que almas gêmeas não eram reais. Aqueles amores verdadeiros eram feitos para serem
acreditados. E que mesmo se essas coisas existissem...
Lauren Jauregui não era um deles.
Não para mim.

Royal Baby Maker Where stories live. Discover now