Enigma (Romance Gay)

Capítulo 5

Mas vocês também não viram como essa mulher dorme... gente, não é uma coisa legal de se ver não. Parece que um caminhão passou tantas vezes por cima dela que ela ficou daquele jeito e o pior é que ela dorme com a boca aberta e ela fica parecendo aqueles cachorros quando estão prestes a morder alguém e parece que colocaram a gengiva para fora? Então, é isso o que ela parece quando dorme. Eu já disse isso para ela várias vezes e ela sempre nega, mas um dia eu vou entrar no quarto dela de mansinho e tirar uma foto dormindo, para amostrar no outro dia para a mesma e aí sim eu vou querer que ela negue alguma coisa em minha cara e com várias provas.

- Thor está tomando banho, mas eu já estou prontíssimo. – Digo a ela e a mesma já me olha com aqueles olhões dela. – O que você quer, Amélia?

- Como assim? Eu não ia pedir nada..., mas já que você perguntou. – Ela pisca seus cílios enormes em minha direção e eu suspiro, já sabendo o que ela vai pedir, porque ela é muito folgada e eu faço isso quase todas as manhãs.

- Nem precisa falar nada. Senta no chão! – Ela bate palminhas com suas mãos e eu reviro os olhos. Não existe ninguém mais infantil do que essa garota não, e se existir eu desconheço. Faço todos os paços para desembaraçar seu cabelo bem devagar, porque como o cabelo dela é muito, qualquer movimento errado de minha parte, irá resultar em um grito da mesma e nós já fomos chamados atenção uma vez por causa de seus gritos histéricos, e eu não queria mais nenhuma, pois eu não estou pagando e tenho de me comportar ao máximo para não dar nenhum prejuízo e muito menos alguma dor de cabeça para as pessoas daqui.

Não que uma pessoa que pague também não tenha de ter essa base de pensamentos, porém vocês me entenderam e isso que é o melhor.

Após terminar com o cabelo dela foi que notei que Thor já tinha saído e já estava vestido e sentado em sua cama nos esperando. Gente, eu nem demorei muito... ele está um pouquinho mais rápido ou eu estou mais lento, quase parando?

- Vamos? – Ele pergunta e nós nos levantamos rápido e já fomos para fora do quarto.

Do corredor em que estávamos até onde o ônibus iria esperar os alunos, era uns 10 minutos andando, pois ele estava estacionado na rua e não dentro da propriedade da escola, como eu acho que deveria ser. Os alunos ainda estavam saindo de dentro de seus respectivos quartos para ir em direção ao ônibus, então isso quer dizer que não estávamos muito atrasados como nós pensávamos.

- Eu acho que eu estava muito desesperada e no final não era nada como eu achei, além do que, no final, eu não estava atrasada realmente. – Amélia diz logo após nós chegarmos no ônibus e lá eles servirem café com biscoito ou bolo, para que nós pudéssemos comer. Entramos dentro do ônibus e nos sentamos nas cadeiras do final e ali ficamos comendo e esperando que todos chegassem para que nossa "excursão" começasse.

- Esse bolo está uma delícia, não acha, Amélia? – Uma menina chega perto de Amélia, que estava sentada no espaço do banco que ficava do lado do corredor. Ela não me inspirava confiança e alguma coisa nela me chamava a tenção, mas não era atenção em uma coisa boa... algo nela me inspirava desconfiança.

As duas começaram a conversar algo que eu não entendi bulhufas do que era, então deixei que elas conversassem e comecei a conversar com Thor sobre vários assuntos aleatórios e que não tinham nenhum tipo de ligação entre si. O ônibus começou a se movimentar uns dez minutos depois e isso me deixou bem mais calmo, pois achei que estava demorando muito... todos os professores estavam já dentro do ônibus, porém, separados. Ficaram dois na frente, um no meio e um atrás. Sorri ao notar que isso pareceu uma cena de sexo entre atores pornôs em uma sala com mais outros cem.

- Esse pensamento foi um pouco nojento. – Digo fazendo uma feição de nojo e pondo minha mão em minha boca, pois me toquei que havia falado em um tom alto e as pessoas que estavam no ônibus pararam o que estavam fazendo e se viraram, me olhando, em seguida. Dei um risinho amarelo e fui escorregando no banco até que ninguém conseguisse mais me ver por ali e pudessem voltar ao que estavam fazendo antes e sem interrupção de minha parte.