Forty

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H a r r y

Mariah é como poesia, o livro mais lindo que tive a honra de ler, por completo.

Durante muito tempo questionei a mim mesmo como fui capaz de agir com tais atitudes. Como nos nossos primeiros encontros, as vezes em que fui ingênuo demais em tentar esquece-lá com Dra. Antonia e outras mulheres. Ou os dias em que estive confuso sobre os meus sentimentos e apenas a deixava sem respostas.

Era tudo confusão, uma linda confusão. Meus sentimentos todos envolvidos e dedicados a uma única pessoa. A um único rosto, olhos, boca, corpo.
Quando finalmente entendi que não conseguia mais lutar contra meus sentimentos, decidi ceder, parar de tentar lutar contra todas as forças que me perseguiam.

Hoje eu apenas amo Mariah.
A música, os beijos na BMW, meu desejo incansável de deixar flores na sua porta todos os dias provam isso.

Mariah é uma flor, uma bela flor. Que não se cansa, que não desiste. Eu dei todos os motivos do mundo, eu a empurrei, mas ela sempre insistiu em em mim, nunca desistiu de nós. Eu vejo em seus olhos, eu sinto em seus beijos que ela ainda sente algo, que ainda posso lutar. Sua boca não precisa proferir isso, está em seus atos. E por mais que eu queira ouvi-la falar, vou esperar o tempo certo para nós dois e deixar tudo acontecer naturalmente.

A música no karaokê foi um plano e bem feito por sinal, seus olhos e sua atenção toda em mim, durante cada palavra que saía da minha boca naquela música.
Eu estou indo bem, por mais que seja péssimo em recomeços, ou em pedidos de desculpas.

Espero que ela veja o que faz comigo, o quanto pareço a droga de um garoto bobo apaixonado quando encontro seu olhar no meu e quando por algum acidente nossos dedos se encontram, meu pau parece ter vida própria, é tão sujo admitir que estou com saudades de foder aquela mulher, porém é apenas a verdade.

Um mês se passou depois da nossa ida ao Karaokê, meu trabalho tem estado cada vez mais cheio, o número de clientes dobrou por consequência do meu pai não poder mais atender. Estou esgotado, dias e dias sem ter alguma diversão ou conversa entre amigos. Gemma tem ajudado quando pode, pois seu estágio lhe absorve. Mas mesmo assim, sozinho, tenho dado o meu melhor como pai, ou responsável. Que seja. Essa garotinha não tem mais ninguém na vida, é questão de humanidade continuar cuidando dela.

O meu final de semana começou atrapalhado, Eduarda acordou chorando muito por causa da mãe, por ela ser criança é claro que lembra e sente muita falta de Júlia, cada vez mais percebo o quanto preciso de uma figura materna na nossa casa. E como um pai bom que sou, resolvo ligar para Gemma. Ela com certeza irá me ajudar ou pelo menos dizer o que fazer.

"Você pode vir aqui agora?" Falo, sem enrolação.

"Bom dia para você também, do que se trata?" Ela zomba, como se fosse brincadeira.

"Eduarda, chorando, quer a mãe" Tento apoiar o celular com o ombro enquanto afago os cabelos loiros da pequena que chora sem parar.

"Bom, eu não sou a mãe dela" Gemma sorri. O que deu nela?

"Mas é mulher e sabe lidar com isso mais do que eu, por favor, vem aqui" Imploro, quase chorando feito uma mulherzinha. Eu quero muito poder fazer essa criança parar de chorar, mas tudo o que faço parece aumentar sua tristeza.

"Poxa Styles, não dá, estou indo para a casa dos Mendes preparar um almoço com o Ben" Reviro os olhos, porque ela tem estado toda hora com aquele moleque? Todo mundo parece ter uma vida sexual ativa menos eu.

Doctor Styles •hesWhere stories live. Discover now