Capítulo 38

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Carter

— O que você ganhou destruindo a Yverd?

— Paz, liberdade, tranquilidade. — Ironizo.

— Não é justo o que você fez com a gente, Carter.

— Olhe ao seu redor Crystal, provavelmente Lay e Henri já estão mortos por serem fracos, você só tem o Liam.

— Se eu morrer Blaine e Trina irão comigo.

— Então se prepare para encontrá-los.

— Não se importa com eles? São amigos da sua namorada.

— Ex-namorada, continuam sendo meros estranhos para mim. Não crio laços de amizade com qualquer um. Você já devia saber disso Hill — Arqueio a sobrancelha.

— Eu sei Carter, te considerei mais do que um amigo e o que você fez, matou todos que gostava como recompensa, você definitivamente virou um mostro. — Sua voz sai trémula.

— É isso o que a Yverd faz com as pessoas Crys, é impressionante só ter notado agora. Minha consideração foi tanta que salvei sua vida, você ia morrer nas mãos do Liam graças ao Marcelo. Mas eu a salvei, deveria tê-la deixado morrer.

— Por que não deixou?

— Precisava de você para decifrar o enigma e encontrar o anel, algo que no fim tive que fazer sozinho. Sinto muito se não foi por afeto. — Digo secamente.

— Carter Mitchell, você é baixo.
Desde quando começou a manipular as pessoas? Crescemos juntos na Yverd, você viu meus pais serem mortos para nos proteger. Colocou tudo a perder ao se apaixonar assim como eu, a grande diferença é que seu amor foi recíproco. Você era como um irmão e o grande laço de amizade que tínhamos você destruiu ao atacar minha família. — Lágrimas provavelmente de raiva caem de seus olhos. 

— Aquilo nunca foi uma casa, minha mãe fez de tudo para me tirar de lá, passamos anos fugindo sem ter a chance de rescostruirmos a nossa vida e quando a Yverd viu a oportunidade mas que perfeita a matou para me controlar. Me transformou em uma arma para matar por eles, lutando suas próprias batalhas. Eu não escolhi essa vida e vou deixá-la para sempre. — Tiro o cabelo do meu olho.

— Mesmo que tenha que me matar, sua melhor amiga, companheira de missões, a que sempre tava lá para te ajudar?

— Óbvio, chega de sentimentalismo Crystal, você não veio para me convencer e sim para me matar. — Digo friamente. 

Ela me me joga contra o vidro de um dos quartos que se quebra assim que atravesso. Caio no jardim ainda decorado, sinto a chuva forte cair sobre meu corpo encharcando minha roupa.

Me levanto e sinto um corte um profundo sob o olho direito. Crystal aparece com um feixe de luz amarelo.

— Não me obrigue a matá-lo, se renda, desista deles. Onde estavam quando a dor que você sentiu não cabia no peito? Quando você foi torturado para ser forte? Quando seus dedos ficaram em carne viva aprendendo os símbolos? Quando você quase morreu inúmeras vezes? Onde eles estavam, Carter? — Sua voz ecoa como se fosse um dos trovões que iluminam o céu azul totalmente tomado pôr nuvens cinzentas. 

O Outro MundoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang