Capítulo 24

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Christopher

Assim que terminei de me arrumar, fui direto para a cozinha, sentados à mesa estão Diego, Blaine e Shun em uma conversa que os deixaram animados.
No fogão a Alda parecia entretida mexendo as panelas.

— Bom dia. — Me sento ao lado do Shun.

— Bom dia. — Os três dizem juntos.

— Bom dia querido, dormiu bem? Vi que ficou acordado até tarde e acordou um pouco cedo. — Alda coloca um bolo de cenoura com chocolate na mesa.

— Sim, minha cabeça está doendo, mas logo vai passar.

— Que bom. — Ela sorri gentilmente.

— E você dormiu bem, Alda? — Diego pergunta intrigado.

— Como uma pedra. — Ela sorri. — Como acordo sempre às cinco e quarenta, vi o amigo de vocês acordados e os obriguei a ir dormir. — Ela termina de arrumar a mesa

— Sua casa é muito confortante, dá vontade de nem querer ir embora. — Blaine da um olhada sobre os quadros.

— Muito obrigada, fico feliz de ter jovens tão educados aqui. — Ela volta a sorrir.

Certamente está feliz com nossa presença, mas não irá durar por muito tempo. Afinal precisamos sair daqui antes que sintam nossa falta no acampamento.

Perdido em meus próprios pensamentos não consegui mais ouví-los.

— Chris? — Pela reação do Diego pareceu que estava me chamando a algum tempo.

— O que foi? — Pergunto sem muita paciência.

Afinal, minha cabeça está me matando, como pode doer tanto?

— Quando vamos jogar seu jogo novamente, ele é muito bom. — Diego começa a se servi.

— Quando voltar... — Olho para a Alda que parece confusa com o que disse. — Assim que chegarmos em casa.

Ele assente e começa a comer assim como a Alda, Blaine e Shun.

Comecei me servindo com o bolo de cenoura, por ser meu favorito e café puro, para me ajudar a aturar a Trinta que logo vai aparecer.

— As garotas não vem comer? — Alda dá um gole em seu chá.

— Já devem estar vindo. — Shun se serve com suco de melancia.

Escuto barulhos no corredor e minha alegria que já é pouca vai embora de vez. Fixo meus olhos na entrada para ser o primeiro a vê-las, mas a Kimberly aparece com o cabelo ainda molhado em uma trança única para o lado direito, um short curto preto e uma regata de alça azul e botas cano curto também pretas.

A expressão de seu rosto é de pura preocupação. Ela se aproxima mais da mesa e recupera seu fôlego.

— Vocês viram a Trina? — Ela diz preocupada.

— Negamos. — Todos achávamos que ambas, estavam juntas ainda dormindo. — Alda se levanta.

— Não, ela sumiu no meio da madrugada. Acordei com ela chorando, a chamei mas acho que não me ouviu, esperei ela volta para o quarto. Mas ela demorou e voltei a dormir. — Ela suspira.

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