Capítulo 35

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Carter

Assim que chegamos ao calabouço, um dos guardas permitiu nossa passagem. Nem o Ettore e o Jack me fizeram perguntas, em parte. Tudo havia se esclarecido.

A cela que o homem de máscara vermelha está é bem mas arrumada que imaginei. A uma pequena janela com grandes barras pretas bem resistente, uma cama grudada na parede e do outro lado uma mesa e cadeira em cima tem alguns papeis e livros. Sob a mesa tem uma caixa de papelão com algumas roupas, eu acho.

Um dos guardas abre o portão e entramos.

— Diga-nos quem é você? — Jack pergunta.

— Nunca. — Ele diz irritado.

— Você tem tudo a perder e nós não. O rei pode ser misericordioso se facilitar as coisas para todos nós. — Ettore tenta convencê-lo.

— Traidor, como pode se juntar a eles, depois de tudo o que aprendeu. Prefere ser um príncipe e viver a vida de privilégios conquistado por seus ancestrais. — Ele ignora Ettore.

— E estando ao lado de vocês terei um privilégio conquistado por mim, é isso? — Sorrio com desdém. — Olhe ao redor Marcelo acabou, Liam e Crystal não podem salvá-lo. Achou que nunca ia perceber que vocês armaram a sua morte para ele entrar em seu lugar. Seu plano poderia ter funcionado muito bem por sinal, se eu não estivesse lá. Se já não soubesse o que esperar da lealdade de vocês ou falta dela. — Rio tirando sua máscara.

Ele estava com uma pulseira branca em seu pulso. As pulseira que te impedem de utilizar seu próprio poder, como o Jack tem isso?

Tem um corte em sua boca e seu nariz está sangrando. Está preso na cama por correntes.

— Quando descobriu tudo?

— Na noite na qual brigamos, seu foco foi me matar mas quase matou a Crystal. Foi sorte ela não ter morrido, o corpo dela estava se entregando ao veneno.

— Como um bom líder você salvou a sua vida, por quê? Não me diga que depois da princesa Kimberly, resolver ter outro romance. — Ele diz com irônia.

— A coitada não sabia o que você tinha feito, achei injusto deixá-la morrer. Precisava bastante dela. Mas se quer saber, nunca tivemos nada. — Digo calmo. — Blaine parece ser bem forte, fez um bom trabalho com seu nariz. — O provoco.

— Se quiser, posso te mostrar como ele fez. — Marcelo serra os dentes.

— Você não teria chance, não sou como Blaine. — O lembro.

— Tem razão, Carter. Você é um garoto prodígio, seguindo os passos do seu pai, mas o que ele vai achar de sua traição? A Yverd jamais terá clemência de você. Ex-garoto prodígio. — Ele cospe sangue.

— Não se preocupe, vou me entender com meu pai e não ligo para o que a Yverd vai achar, Marcelo. Só preciso saber de uma coisa, o que querem com a Kimberly?

— Bancando o garoto apaixonado Carter? Sai dessa, ela não tá nem aí para você, Blaine é o novo dono de seu coração. — Ele pisca.

— Não ligo. — Retiro uma seringa branca do bolso.

— Carter, você não vai matá-lo. Aqui temos leis e ele deve seguí-las. — Jack segura meu braço.

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