Ele me olhava pensativo. Não sei o que era, mas fazia manter meu olhar no dele.

     - Porque acha que seria melhor para mim?

     - Porque eu sei como é lidar comigo. - Minha voz saiu fria novamente. - Veja como Calum e Ashton estão exaustos. Eu dou mais trabalho do que uma criança pequena e indefesa.

     - Porque acha que eu quero ser como eles?

     Sem nem pensar eu respondo:

     - Porque se não quisesse, poderia ter ido para sua casa, voltava a viver sua vida em paz, e quando me visse no café, me ignorava.

     Ele parou para pensar. Não sei o que ele pensava, mas considerava o que eu disse. Espero que agora ele tenha bom senso e veja que tentar minha amizade ou qualquer outra coisa era loucura.

      - Você acha que não está pronto para seguir com a sua vida, mesmo depois de tudo. - Ele começa a falar. - Mas eu vou te mostrar que é totalmente ao contrário.

      - Mas o que...

      - Michael Clifford, - Luke me interrompeu. - Você vai ver que está muito enganado. - Seu otimismo me irritava. - E eu vou fazer questão de te mostrar que não só está pronto para seguir sua vida, como também, que não está louco.

      - Boa sorte. - Foi o que eu disse. Ele iria precisar.

      - Não preciso de sorte, eu sei do que eu estou falando. - Luke se aproximou de mim e eu franzi o cenho. - Você vai ver que Calum e Ashton estavam errados e que você não é uma criança indefesa.

      - Eu não sou uma criança indefesa.

      - Eu sei que não. - Um sorriso se abriu em seu rosto e eu me mantive curioso. - Por isso, a partir de hoje, você não tem só o Calum e o Ash, tem a mim. E a partir de amanhã, vamos começar a te mostrar a vida de novo. Isso significa que você vai sim sair comigo.

      Não pude evitar de revirar os olhos.

      - Você não vai esquecer isso nunca?

      - Não. - Ele respondeu. - E quanto mais você ficar se fazendo de difícil, vai ser pior para você, Clifford.

      Eu ia dizer alguma coisa, mas o folgado me puxou para um abraço e eu não fiz nada. Deixei que ele me abraçasse. Quando Ashton entrou no quarto, um leve sorriso abriu nos lábios.

      - Se você disser alguma coisa, Irwin, eu juro que eu arranco suas bolas. - Minha voz saiu mais grossa e eu até pigarreei, pois minha garganta estava seca.

      - Não ia falar nada. - Meu amigo se defendeu. - Só que o Luke faz milagres. - Sua voz saiu doce. - Você fica horas a fio em puro silêncio e quando eu abro a porta, você não só está falando como também está abraçado com ele.

      - Ele vai sair comigo.  - Luke sorria como se isso fosse uma coisa legal.

      - Eu não disse que aceitava nada. - Minha voz saiu fria. Ele não se abateu.

      - Por enquanto você diz isso, mas veremos amanhã.

****

- Acho que estávamos equivocados. - Tia Joy dizia pensativa. - Diga novamente, exatamente tudo o que pensou quando viu aquele carro vindo em sua direção.

     - Eu já disse. - Não queria parecer impaciente, mas é que era a terceira vez que eu falava disso só nesses dez minutos.

     - Repita. - Ela estava insistente. - Diga como se sentiu, não só o que aconteceu. Preciso saber como se sentiu.

How to Fix a Broken Heart ~ •Muke• Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon