Quando A Onda Quebra Na Pedra

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1 SEMANA DEPOIS

        Olhando meu reflexo no espelho do banheiro, eu pude ver o quanto eu estava aflita! Alguns pingos de água escorriam pelo meu rosto, de manhã, aproximadamente às 8 horas da manhã. Papai estava preparando o café da manhã... Todos da casa estavam dormindo e então papai não quis fazer muito barulho. Sentei à mesa e escorei minha glândula na palma da minha mão, enquanto corria os dedos na parte circular da minha pequena e velha caneca amarela.

        – Está com fome? – Perguntou papai, com um tom de voz baixo, para não acordar a casa. Dei de braços para ele e ele ficava mais confuso ao ver meu comportamento... Acordei muito sem disposição naquela manhã, com minhas pernas fracas e querendo muito voltar para a cama. Os dias pareciam mais longos e mais cansativos. Já não tínhamos respostas e novidades sobre o Will. Will não estava só desaparecido fisicamente, como informação! Meus olhos iam se fechando devagar, mas eu sabia que deveria encarar esse dia como qualquer outro.

        Eu olhava meu pai fixamente e ele parecia tranquilo, mas não conseguia aceitar o fato de que eu estava naquele estado. Naquele mesmo momento, entra Collins, saíndo do corredor e vindo em direção à mesa. – Bom dia... – diz Collins com pouca animação também... Na verdade ela estava preocupada com o que estava servido à mesa, pois não via mal humor nela naquele dia! Papai me olhou e largou a sua xícara na mesa rapidamente... – Sabe quê não pode ficar assim para sempre, né? – Fez papai essa pergunta, que por algum motivo despertou o pior em mim. – E sabe que não pode ficar sem emprego para sempre, né? – Fiz a pergunta mais debochada que eu fiz na minha vida... Papai me olhou com cara de preocupação e Collins interrompeu. – Liss, pare com isso! Ele é nosso pai... –

        – Não Collins! Não faça isso? Acha que eu não sei que está odiando toda essa atenção para o Will e para mim? E você, papai? Acha que não sei que ama esconder as coisas quando se aperta? Vocês não são mais quem eu conheço. Já chega! – Eu me abalei nesse momento e sai rapidamente da mesa. Peguei minhas coisas e enfim fui, fui retirar meu estresse no Paraíso da Água! Eu tinha que ir até lá para sentar naquela areia e fechar os olhos, esperando que ninguém me atrapalhasse e não tirassem minha atenção.

        Aquele lugar não mudava nunca! O clima lá estava bom e a água ainda sim parecia mágica... Lugar onde trás paz de verdade. As árvores e plantas eram verdes demais e o mar era calmo como uma brisa. Momento perfeito! Só faltava uma coisa... Meu melhor amigo. Mas naquele momento queria pensar em mim, queria tirar outras coisas da cabeça, tirar todo mal. Fiquei um tempo lá curtindo e resolvi voltar para casa. O clima quando eu saí ficou muito pesado e eu sabia que eles mereciam um pedido de desculpas! Então, juntei minhas coisas e fui para casa, "limpa" por dentro;

        Caminhei até a rua e cheguei ao portão de casa. Entrei lentamente e fui até a porta... Abri, entrei e fechei com um possível sorriso! Me virei lentamente e me deparei com a casa inteira reunida na sala de estar. Eu olhei para todo mundo, mas NINGUÉM queria olhar pra mim... Nem meu pai, a mamãe ou o vovô Frank, ninguém! Eu estava estranhando muito esse comportamento e eu tentava perguntar o que estava acontecendo.

        De repente vejo o Policial Curtis entrar na sala de estar com um pequeno caderninho... Eu ainda não estava entendendo. Ele vinha se aproximando de mim lentamente e me olhou nos olhos. – Liss, temos que te contar uma coisa... Espero que você, bom... Nós encontramos o Will – Disse policial Curtis, exitando cada palavra que dizia. Naquele momento minhas lágrimas começaram a derramar e eu só queria saber se ele estava bem! – Liss, encontramos o Will... O corpo. Infelizmente nós o achamos naquele lugar que você nos passou... Parece que ele caiu de uma pedra alta e então... Eu sinto muito Liss! –

        NÃO PODIA SER! Aquilo não estava acontecendo, não isso! Subiu um calor e uma sensação ruim em mim e eu só queria negar aquilo. Até que aquilo aumentou quando o policial Curtis me entregou fotos, fotos do Will morto no local... A partir do momento que vi aquelas fotos, minhas pernas extremesseram e eu caí de joelhos, chorando muito, muito. Papai veio me abraçar no chão. Eu parecia uma criança chorando. Não consigo explicar o que eu senti! Perdi meu melhor amigo naquele dia, e não dava para acreditar!

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