27 Minutes (l.s)

Time for Truth

LOUIS POV

15 de julho as 21:42.

Eu passei as duas últimas horas chorando, rindo e sorrindo para mim mesmo. Olhando as fotos em meu álbum e lembrando das histórias que cada uma delas guarda. Tive muitos momentos ótimos nos últimos anos com os meninos mas claro que também tive vários antes de conhecê-los.

Eu amo lembrar cada vez que meus pais trouxeram uma nova irmãzinha para mim. A maioria dos garotos provavelmente se chateariam por ter quatro irmãs mas eu nunca me importei. A cada irmã eu ficava mais feliz e protetor. Me lembro de ser muito novo quando Lottie foi trazida para casa mas ainda assim fiquei do lado da minha mãe o tempo todo. Eu queria ajudar com tudo! Eu nem tirava meus olhos dela por dias. Era a mesma coisa com todas elas e eu logo subi para o "cargo" de irmão mais velho.

Elas também me aborreceram muito enquanto cresciam mas foi tudo divertido. Eu nem consigo contar quantas vezes acordei com meu cabelo grudado ou com maquiagem em meu rosto. Ou até mesmo elas indo longe demais, pintando minhas unhas com base. Eu era a boneca de vestir favorita delas e nunca fiquei com raiva por causa disso.

Minhas irmãs são meu mundo e eu as aprecio tanto. Eu não consigo imaginá-las me vendo nesse estado que me encontro agora, que é a razão pela qual não tenho ido em casa há meses. Eu sinto minhas sobrancelhas franzirem enquanto pego meu telefone rápidamente e disco o número de minha mãe, não me importando com que hora era. Eu preciso que elas saibam que eu as amo, mesmo que essa fosse a última vez.

"Olá?" uma voz desgatada disse depois de alguns toques.

"Mãe? Eu te acordei?" Eu ouço barulhos antes da sua voz parecer animada.

"Louis? Oh, oi amor! Não, você não me acordou. Eu só estava lendo, querido. Como você está?" Ela diz. Eu sorrio por ouvir sua voz. Minha mãe é a minha rocha e a única melhor amiga duradoura que me restou. Eu sempre a disse tudo, até sobre meus sentimentos pelo Harry. Ela não ficou surpresa quando eu a contei, ela só revirou os olhos e disse "Era só questão de tempo até você perceber!". Ela sempre sabia a coisa certa para dizer e agora, eu precisava dela.

"Eu estou...Okay?" Eu a respondo.

"O que tem de errado, doce?" Ela sempre sabe quando tem algo de errado. Eu acho que é aquele instinto idiota de mães que as crianças nunca escapam.

"Eu só estou cansado." Eu digo, colocando um significado diferente na palavra cansado.

"Eu estou ouvindo..."

"Eu realmente não sei o que dizer, mãe..." Eu suspiro. "Eu só tenho estado meio estressado ultimamente e sentei aqui para olhar as fotos do álbum e senti falta de você e das garotas."

"Oh, querido. Nós sentimos sua falta também...Nós não vemos você há meses e as garotas estão começando a perguntar o por quê." Logo me sinto mal por saber que estou as machucando. 

"Eu sei...Desculpa, eu tenho estado distraído..."

"Eleanor?" Ela cospe seu nome como se fosse uma doença. Eu rio levemente, "Não, só algumas coisas na cabeça..."

"Lou, você sabe que pode me dizer tudo, certo?" Ela pergunta, tentando me fazer falar. Eu fico em silêncio por uns minutos me perguntando o que posso dizer. Respiro fundo e falo baixo e tristemente.

"Eu sinto falta dele.." Ela suspira no outro lado da linha e murmura tristemente em resposta.  "Mãe, eu posso te perguntar uma coisa?"

"Claro, querido." Ela diz.

"O q-quão..." Eu hesito por um momento antes dela me encorajar fracamente. "O quão longe você iria pela pessoa que ama?"

"Até o fim da terra." Ela responde quase sem pensar. "Quando você ama alguém, Louis, você faz tudo por essa pessoa. Vira tudo por ela."