Capítulo 5

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Boa noite!!

Voltei com Christian jogando para ganhar. Vamos ver se ele consegue?

Bjs e até amanhã.


Eu mal consegui dormir pensando nas palavras da irmã Gilda. Meus irmãos eram tudo para mim, mas eu não sabia o que faria se os encontrasse. Posso ter me precipitado em ser Freira, mas naquele momento era à única salvação que eu tinha para minha vida vazia e triste. Eu não sei o que poderei fazer se eles aparecerem, porém sei que não abrirei mão de tê-los em minha vida.

Hoje era sábado e eu fui cedo para o hospital. Eu dava plantão o dia todo de sábado e no domingo. Era uma forma de ajudar às crianças e os pais que tinham problemas com seus filhos. Eu tinha três crianças que eram minhas pacientes firmes. Elas eu realizava tratamento durante à semana, pois eram mais complicadas. Sofreram abusos com os pais biológicos e os pais adotivos estavam tentando dar à eles uma vida normal. Então normalmente eu vinha no hospital dar à consulta eles na semana. Hoje eram paciente que sofreram abusos, vieram de ruas e viram coisas que não deveriam ver ou sofrer. Era difícil ver crianças tão abaladas e sofridas. Dói muito ver crianças que não tiveram uma infância igual à minha. Porque apesar de tudo que me aconteceu nos meus dezesseis anos, eu fui feliz toda à minha infância. Eu tive uma mãe maravilhosa que se esforçou para me dar de tudo, e hoje sinto que devo isso à ela. Devo à minha vida à ela. Devo toda generosidade e amor que ela me deu, e que eu posso passar para crianças que não tiveram à mesma chance que eu. Por isso eu vejo um ponto positivo em ser Freira, não que eu não pudesse fazer as mesmas coisas não sendo Freira, porém nosso contato com pessoas carentes são maiores. Elas vem à nós pedindo socorro para uma vida triste. Elas pedem ajuda para saírem do sofrimento, e eu estou mais que disposta à ajudar.

- Como vai Laila? Indaguei para à menina brincando com uma das bonecas na sala.

- Bem. Ela parece distraída.

- Me fale o que você gosta de fazer? Peço e ela não me olha.

- Você sabia que mamãe vai ter outro bebê? Ela indaga sem me olha.

- Não sabia, mas o que você acha de ter um irmão ou uma irmã?

- Mamãe e Papai falaram que não podem ficar com duas crianças. Suspiro e me sento no chão com ela.

- Você deve ter entendido errado linda.

- Não, eu ouvi eles conversando e papai disse à ela que tinha perdido todo dinheiro e não tínhamos mais nada. Eles não tinham como cuidar de duas crianças. Olho para ela que não me olha. Sinto à tristeza dela. Era difícil não compartilhar de uma dor de uma criança de dez anos. Ela estava sofrendo e eu só podia conversar com os pais dela sobre isso.

- Espere aqui meu amor. Eu vou chamar sua mamãe para esclarecer isso com ela. Me levantei e sair da sala. À mãe dela estava sentada lendo uma revista na sala de espera. Ela não parece que está grávida. Deve está de poucos meses. Vou até ela. Boa tarde Sra Warren! Indago me sentando do lado dela.

- Há, irmã, já acabou? Ela indaga despreocupada.

- Porque à Sra à trouxe para se consultar? Questionei tentando entender o problema.

- Porque ela está apresentando um comportamento diferente. Ela não quer comer mais, não fala mais. Na escola está apresentando o mesmo comportamento. Suas notas tem caído.

- Alguma coisa na sua casa mudou? Ela presenciou algo que não devia? Ela balança à cabeça em negação.

- À Sra está grávida? Ela me olha e enche seus olhos de lágrimas.

A Freira Where stories live. Discover now