6. angel calling

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LYDIA RETIRAVA o último tubo de sangue que seria necessário para a análise. Para minha sorte, ou quase isso, a Inquisidora Herondale havia aceitado meu pedido para o teste de DNA. Segundo ela, se qualquer dúvida existisse, seria melhor eliminá-la de uma vez. 

Não me impressiona o fato de ela não acreditar nessa história toda. Afinal, nem eu acredito. 

- Prontinho! - Lydia falava animada, colocando um pequeno curativo onde colocara a agulha. - O resultado sai daqui há algumas horas. 

- Não vão mandar para Alicante primeiro? - eu perguntava, franzindo o cenho e me levantando para pegar minha jaqueta. 

- É seu direito saber do resultado também. - ela dizia óbvia. - Você foi quem requiriu. 

Eu deveria estar animada por aquilo. Eu saberia, finalmente, sobre a minha verdadeira família. Mas eu não estava. Eu sentia medo do que a Clave poderia fazer comigo ou com meus irmãos por conta do resultado daquele exame. Tinha medo de como Valentim saberia daquilo, porque, se tinha algo certeiro, era que ele saberia. 

Enquanto eu estava colocando minha jaqueta de volta e Lydia estava colocando meu sangue pra análise, Jace chegava mais próximo com uma feição apreensiva.

- Precisamos conversar... - ele falava baixo.

- O que houve? - perguntei, começando a segui-lo para onde quer que ele estivesse indo.

- Aldertree me ameaçou. - ele disse, virando o corredor para seu quarto. - Disse que se eu não fosse embora, ele mostraria meu julgamento pra todo mundo. Inclusive a parte que eu nego lealdade a Clave.

Ele já foi direto para seu guarda-roupa quando entramos no cômodo que ele chamava de quarto. Se os Caçadores punidos não limpassem nossos quartos, com certeza o quarto de Jace já estaria interditado.

- E o que você tá pensando em fazer? - perguntei, assistindo ele pegar algumas peças de roupas. - Você não tem lugar pra ir, Jace.

Ele jogou umas roupas na cama e olhou pra mim, pensando em uma resposta.

- Eu vou ver com Magnus. - ele disse por fim, indo em direção ao banheiro. Fui atrás dele.

- Você não pode tá falando sério! - eu disse, acompanhando seus passos. - Aldertree quer que você vá embora de um jeito ou de outro. Não é possível que você vai ceder tão fácil.

- Eu não estou cedendo, Melissa. - ele dizia, pegando sua escova de dentes. - Eu estou fazendo o que me mandaram.

Ele passou por mim e pegou uma mochila de debaixo da cama e começou a colocar as coisas lá dentro. E eu não sabia o que fazer. Aldertree tinha ido mais baixo que eu pensei e, de certa forma, ele sabia que aquilo me afetaria. Claro que me afetaria!

Quando Jace terminou de colocar as coisas na mochila, passou uma das alças pelo ombro e colocou sua estela no bolos. Veio até mim e me deu um beijo na bochecha.

- Se perguntarem sobre mim, diga que eu saí e não disse onde fui. - ele colocava uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. - Eu te amo, tá bom?

- Eu também te amo. - eu dizia e o dava um abraço.

Ele se desvencilhou do abraço e me deixou ali, no antigo quarto dele. Me permiti sentar na cama e pegar um ar.

Eu não estava acreditando que isso estava acontecendo.

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