Capítulo 14

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Andrew não sabia há quanto tempo ele estava sentado lá. Seu corpo dormente, seus olhos pesados, um copo de whisky em sua mão e seus pensamentos dispersos.

Fade Into You da Mazzy Star tocava ao fundo, a canção dos anos 90 parecia pesar em seu corpo e em suas memórias, fazendo-o fechar os olhos e pressionar a palma de suas mãos contra o rosto.

O som da voz aveludada se misturava com o clicar dos copos, o som de risadas e vozes de estranhos, ecoando como uma única melodia.

O ar estava pesado, carregado com uma mistura de suor e álcool, algo muito característico do Mulligans. Enquanto aquele odor outrora lhe causara repulsa, hoje, sua familiaridade lhe confortava. Em dias como aquele, o velho bar era seu lar, e não o apartamento frio e vazio que o aguardava.

Hoje, Drew precisava estar lá, entre vozes e risos, entre o clicar dos copos e o bater das mãos no balcão. Hoje ele não queria estar sozinho.

Ele não pensou duas vezes ao sair do hospital e pegar um táxi para lá

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Ele não pensou duas vezes ao sair do hospital e pegar um táxi para lá. O velho pub se tornara seu companheiro nos últimos dois anos, e como de habito, Drew se sentou em seu canto favorito do bar e pediu a primeira dose de whisky. Tomou o drink âmbar em um único gole, mal sentindo o gosto amadeirado da bebida, deixando-o queimar sua garganta.

O familiar arder da bebida lhe provera um alívio momentâneo. Um alívio que ele estava desesperado para obter. Mas da mesma forma que surgiu, o sentimento se dissipou, deixando-o mais uma vez à mercê de seus pensamentos. E a última coisa que Andrew queria era ter que pensar.

Respirando fundo, ele pediu uma segunda dose, no qual ele terminou da mesma forma –em um único gole. A dose pareceu pesar em seu estômago vazio. Mas ela trouxe um nevoeiro de sensações que parecia começar em sua língua e seguir por todo o seu corpo. Uma sensação que ele não queria que passasse. Ele não sobreviveria a aquela noite se o fizesse.

Então Andrew pediu uma terceira dose, uma quarta, uma quinta, até que ele perdera a conta, e a única sensação que ele sentira era um adormecer na ponta de seus dedos e o entorpecer de sua mente, que o despira dos motivos que o trouxeram lá naquela noite.

Então Andrew pediu uma terceira dose, uma quarta, uma quinta, até que ele perdera a conta, e a única sensação que ele sentira era um adormecer na ponta de seus dedos e o entorpecer de sua mente, que o despira dos motivos que o trouxeram lá naquela...

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O Outono de Alice #wattys2020Where stories live. Discover now