Capítulo 15

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Pov. Alice

Depois de escutar Lara repreender William por ser infantil, o que me deu muito risada e estamos prontos para percorrer a fazenda.

Ao sair, o maior e mais bonito que eu já vi nos espera. Ele é preto e o seu pelo brilha. Eu sorrio como uma menina, é divino.

- "Esse é o Conde." - William diz.

- "Ele é muito bonito." - eu digo. - "Posso fazer carinho nele?" - vejo que ele fica tenso.

- "Ele é um pouco arisco e eu não sei como ele vai se comportar com você. Não quero que nada aconteça com você." - eu assinto.

Escuto que Edward chama William e eu fico parada justamente na entrada da casa observando Conde. Ele se aproximou lentamente em minha direção, olho para onde William foi, mas não o vejo, nem mesmo Edward.

Quando o cavado está a um metro de distância, ele para e me observa. O que o meu pai disse sobre o que fazer nessa situação? Ok, preciso manter a calma e deixo que ele se aproxima de mim.

O cavalo avança mais um pouco e muito lentamente levanto a minha mão. Respiro fundo e coloco a minha mão na frente do seu nariz. Ele cheira e não faz nada, aproxima a sua cabeça da minha mão. Solto todo o ar que eu estava prendendo e começo a acariciá-lo.

- "Bom garoto. Você é realmente muito bonito."

Nesse momento aparece William e Edward e os dois me olham surpresos.

- "Vocês ficaram amigos?" - Edward pergunta.

- "Quem sabe, só sei que ele gostou de mim." - eu digo.

- "Bom, está na hora de ir. Edward você vai na frente junto com Leão e Tequila. Eu vou atrás com Grilo e Cascavel." - ele diz. Sorri por causa dos apelidos dos seus funcionários.

- "Onde eu irei?" - eu pergunto.

- "Você vem comigo. Sinto muito, mas será por um tempo, até conseguirmos arrumar outro cavalo." - ele diz e eu assenti com a cabeça.

William me ajuda a subir no cavalo. Quando estou pronta, ele subiu ficando atrás de mim. Sua aproximação e ainda mais o seu hálito quente em minha cabeça e pescoço, me provoca uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo prazerosa. Ele me segura pela cintura com uma de suas mãos e a outra ele usou para conduzir o cavalo.

- "Bom senhora Lawford, está na hora de você conhecer a fazenda A Costeira."

Pov. William

Começamos a viagem, Alice a cada certo tempo acaricia o Conde o qual lhe responde fazendo sons estranhos mas divertidos.

Durante todo o caminho escutei Alice suspirar, passamos pela pedreira e depois pelo bosque. Ela observa tudo, as cores das flores e os tipos de árvores que há, as pedras, as gramas, os riachos, pra falar a verdade, ela observa tudo. Continuamos o nosso caminho mas percebo que Alice se remexe incômoda.

- "O que está acontecendo?" - eu pergunto.

- "Não posso dizer. Eu tenho vergonha." - ela diz num sussurro.

- "Me diga."

- "Eu preciso ir ao banheiro."

- "Não temos um por aqui e ainda há umas meia hora para percorrer. Você não foi no banheiro quando antes de saímos de casa?"

- "Sim, eu fui. Mas eu acho que tomei muito suco no café da manhã."

- "Você acha que pode aguentar mais meia hora?"

- "Não sei, mas é a única coisa que eu posso fazer."

Continuamos o caminho, e a cada 3 ou 5 minutos ela se remexe mas não diz nada. Quando chegamos no lugar estipulado, que é uma casa grande mas não tão grande quanto a minha, descemos do cavalo, eu desci primeiro e depois Alice desceu com a minha ajuda. Alice agarra a minha mão junto com a dela, sei que ela está bastante apertada.

Livro 1: Olhares de Amor (COMPLETO)Where stories live. Discover now