Prólogo

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(aparência da Lua é a garota da foto acima)

Onze e meia, meu pai me levantou. Ele acha que eu estou deprimida, não estou deprimida, estou entediada. Ele fez o almoço. Galinha assada, arroz e feijão. Meu pai é lutador, então ele não fica muito em casa, minha mãe também não. Ela é Jornalista. Mas não somos ricos, meu pai tem uma academia, não é CHEIA de clientes, mas dá para se sustentar. Minha mãe procura por matérias interessantes, a maioria das vezes ela me trás uma cópia do texto original que ela escreveu, sem o cuzão do chefe dela censurar tudo. Digamos que as matérias que ela faz falam muitas verdades, verdades que não querem que as pessoas saibam. Uma mensagem chegou no meu celular. Era de Pablo, um dos meus melhores amigos que tinha mandado mensagem no grupo.

Pablo: Oi. Bora invadir a casa mal assombrada hj, 00:00?

Pedro:BORA PORRA

Juliano: Como q n pensei nisso antes?! Bora!

Giovana:BORAAAA

Pablo: Lua?

Lua: Bora po

Depois disso, passei a tarde no computador, tomei café e voltei a jogar no pc. Li uma meia hora e tomei um banho. Já eram 23:30 quando saí do banho. Vesti um conjunto bem meu estilo.

Estava saindo de casa na ponta dos pés quando meu pai de repente apareceu e quase me matou se susto

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Estava saindo de casa na ponta dos pés quando meu pai de repente apareceu e quase me matou se susto.

-Não adianta proibir, não é? -Ele falou com sua voz grave e alta

-PORRA! Que susto. -Respondi com a mão no peito

-Castigo e proibir não adiantam, não vou bater em você. Tem idade para ir onde quiser. Só não me volta grávida, aí você fode com tudo. Não tenho dinheiro pra sustentar um bebê. -Ele respondeu vindo na minha direção e me entregando o meu pedido de aniversário, um canivete (que ele não quis me dar antes).

-Obrigada! -Sussurrei e o abracei, com meus belos 1,65 de altura. Corri em direção da casa de Giovana, que estava me esperando na porta. Somos bem diferentes, mas nos entendemos bem. Brigamos muito, mas somos amigas. Ela fez um coque em seus cabelos loiros, estava com uma blusa colada azul oceano cheia de brilho, um short branco curto (até demais) com detalhes brilhantes prata e um Tênis branco. Se ela se sente confortável com essa roupa, isso é o que vale, mas não é bem meu estilo. Corremos para a casa abandonada.

Entramos meia noite em ponto. Os garotos estavam ali na frente. Assim que subimos no segundo andar, um cheiro podre tomou conta de nossos narizes. Mas que porra de cheiro!

Vinha do andar de cima (sótão), subimos lá com as lanternas acesas. E o que vimos foi o suficiente para até eu, a mais corajosa de nós, gritasse. Não estava com medo, estava apavorada. Dezenas de corpos mutilados, mortos, destruídos. Alguns estavam em decomposição em estado avançado.

-Olhem lá! Corram! -Eu estava distraída demais com os corpos, fui a última a me virar. Uma figura alta, com um rosto mutilado. Pálpebras queimadas, um sorriso estampado no rosto, um sorriso feito de cicatrizes. Ótimo, o que são corpos mortos mutilados em decomposição sem um assassino ao seu lado? Comecei a correr, me escondi e ele foi atrás dos outros. Eu entrei em um quarto, está empoeirado e com alguns corpos. Acho que aqui ele não vai me procurar. Ninguém em sã consciência se esconderia aqui. Eu não estou louca, mas foi o primeiro lugar que eu entrei. De repente Gi, arrastada pelos cabelos e gritando entrou pela porta.

-Socorro! Não me mata, por favor! -Ela gritou chorando. Eu engatinhei debaixo da cama. Ele a jogou no chão e eu me escondi atrás dele, antes de eu puxar meu canivete ele se virou para mim e me esfaqueou, eu consegui desviar um pouco, então fez um arranhão leve em meu braço. Eu corri e puxei Giovana. Corremos pelo o corredor, até um tiro ecoar. Meus ombros ficaram tensos, esperando pela dor, mas o que aconteceu foi Giovana cair. O tiro perfurou sua cabeça. Ela estava morta, não posso ficar aqui me lamentando, tenho que correr. Desci as escadas e entrei debaixo de um armário da cozinha. Ele estava por perto, eu tapei minha boca, escondendo minha respiração ofegante. Lágrimas sairam de meus olhos. Merda, se eu não tivesse fugido de casa, isso não teria acontecido.

-Go to sleep... -ele disse se aproximando e dando tiros no armário. Eu não gritei, talvez ele não tenha me visto ainda. Só suspeite que eu estou aqui, fora que não vai adiantar em nada eu gritar, por mais medo que eu esteja. Ele vai me matar com ou sem gritos, se eu gritar, vou estar dando a diversão que ele quer. Meu orgulho não vai permitir isso.

De repente as portas dos armários se abriram, deixando um corpo cair. Ele caiu olhando para mim, Pablo.

-Não foi muito inteligente se esconder dentro do armário. E nem embaixo, pirralha. -Disse o assassino me puxando.

-Pirralha é a sua mãe, seu pedaço de merda!-Respondi chutando o lado do seu joelho e correndo para longe. Pablo começou a gritar. O assassino o estava mutilando. Tentei sair pela janela, mas estava trancada. Eu estava prestes a quebrar o vidro quando Pedro apareceu, na escada fazendo sinal de silêncio e me chamando. Fui em sua direção e corremos para direções opostas no segundo andar. Subi para o sótão, onde o achamos. Procurei um lugar para me esconder. Mas de repente ele estava subindo as escadas, me deitei de bruços e tranquei a respiração, a única coisa que eu sei é que eu aguento até dois minutos e meio trancando a respiração sem ficar ofegante. Depois vou ter que respirar devagar. É um plano idiota, mas estou encurralada.

-Agora falta a garota... Onde será que essa rata imunda se meteu? Aqui seria um lugar estranho para se esconder, mas melhor conferir. -Ele disse chutando alguns cadáveres.

Merda, quanto tempo vou durar aqui? De repente, ele chutou a cabeça do cadáver ao meu lado, isso fez eu ficar morrendo de medo.

-Já que essa vadia tá me dando tanto trabalho, acho que vou arrumar um destino mais diverdido e doloroso para ela. -Sua voz se tornou rouca e ao mesmo tempo grave, sedenta, sádica. Ele estava prestes a me chutar quando rolei para o lado e ficando de pé. Puxando meu canivete e o abrindo. Merda, merda, merda, merda, MERDA!

-Me deixe em paz. -Eu disse tentando segurar as lágrimas, meu queixo treme. Eu não estou chorando implorando para viver. Não. Estou com raiva, tomo remédios, muitos e um deles é para raiva. -Seu merdinha, eu vou acabar com você. -Continuei, deixando as lágrimas caírem. Ele riu novamente e puxou uma faca das costas de um dos cadáveres.

-Parece que a Vadia resolveu aparecer, vamos brincar então.

-É, claro que vamos, Cospobre de coringa. -O reconheci, Jeff The Killer. Pablo havia me contado a Creepypasta a menos de um mês. Seu sorriso sumiu, dando espaço para a raiva em seus olhos, deixando seu sorriso, suas cicatrizes ainda mais sombrias.

Dance With Devil -Jeff The killerOnde histórias criam vida. Descubra agora