Avassalador-O homem de DAWN City

°Capítulo-39°

CLARA

O dia tinha começado mais agitado do que o normal. Todos os convidados haviam se hospedado no casarão, um lugar afastado de Dawn - foram cerca de três de carro. Apesar de ser véspera de ano novo, Mônica queria um lugar mais tranquilo para realizar a cerimônia, então achou esse casarão que alugava por mil dólares duas noites.

Com um jardim belíssimo, Clara pode respirar o ar pura, longe de todo o frio e nevascas. Gostava do calor abafado com aroma de campo, das pequenas rajadas de ar frio quando a cortina se movimentava, do murmúrio das conversas e, quando se acalmava um pouco, da voz da tia de Mônica ensaiando para cantar no casamento. O casarão não era um lugar moderninho, as paredes eram cobertas de fotos do castelo da colina. Gostava de toda a euforia que esse dia exalava.

A festa seria nos fundos da casa, tinha um salão pequeno, mas que iria acomodar a todos. O tema era Boho chique, as madrinhas iram usar vestidos longos azuis - Algumas usavam tomara que caia; outras usavam o vestido com decote em v. Clara, Daniel e Caroline foram os primeiros a chegar. Os andares foram divididos assim:

No primeiro andar, ficaria reservado para os parentes com mais idade. No segundo andar, reservado para os homens. Na parte dos fundos do primeiro andar, ficariam as mulheres.

Clara acompanhava com o olhar os ajudantes da padaria trazerem caixotes de salgados, doces e alguns petiscos - Mônica quase teve um treco quando o futuro esposo decidiu que os doces e salgados da festa iriam ser encomendados em uma padaria local, que foi a mesma que fazia encomenda para os casamentos da família do noivo a vários anos. Mônica imaginava algo mais sofisticado, como uma confeitaria renomada, mas desistiu quando viu o valor e quase sairia mais caro que seu vestido.

Clara comia um enroladinho de salsicha, tinha pego escondido, saia da sua dieta - que fingia ter -, mas valia o sacrifício. Ainda não havia tomado o café da manhã, então aquele era o seu desjejum. Daniel ainda dormia na cama grande de casal, vestido em um pijama fresco. Clara tinha o seu olhar distante, vinha pensando muito nesses dias... achava que quanto mais pensava, mais louca estava ficando.

Decidiu descer para o térreo, ajudar no que fosse preciso ou pegar um café da manhã digno. Assim que desceu as escadas, observou os entregadores com as flores, que seguiam a ordem da responsável pela ornamentação, indo e vindo do casarão. Foi até a cozinha e encontrou as tias de Mônica, umas três amigas da faculdade e a mãe dela, tomando café enquanto cochichavam e riam de algo.

- Bom dia. - Clara saudou sendo correspondida. Se aproximou da cafeteira para pegar o café recém passado.

- Ainda estou pensando na noite passada.- Uma cochichou para Clara. - Eu nunca vi homens tão gostosos como aqueles stripper-. Sei lá, parecia que eu estava no filme Magic Mike, foi incrível.

- Foi mesmo. - A outra falou. - Você também achou, Clara? - A morena perguntou a Clara.

Na noite passada, umas sete e meia da noite, as garotas começaram a se arrumar para despedida ''surpresa'' de Mônica. Clara não estava muito animada, mas tinha que fazer o esforço. No final, até que não foi tão ruim. Clara bebeu, mas não muito, dançou e se divertiu como um tempo não fazia. Ah, também teve uns três caras, os stripper, fantasiados de marinheiro - fantasia sexual de Mônica - que dançaram até o chão, se esfregando nas garotas e fazendo a mulherada ficar ainda mais bêbada. Algumas jogavam dinheiro, outras se contentavam em gritar e passar a mão nos abdomens definidos. Nunca viu Mônica tão solta como ontem, esse era o poder da bebida.

- Sim, achei. - Clara concordou, tomando um gole do seu café com leite. Não queria pensar nisso, mas ela os comparava com Stephen. Os caras poderiam até ser gostosos, mas nenhum se comparava com a beleza de Stephen. Em um devaneio da sua burrice, imaginou Stephen dançando a música Pony de Ginuwine para ela, como ele ficaria uma tentação com aquela roupa.