Capítulo 12

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No dia seguinte, estavam todos reunidos na sala de Charlie. Fátima ainda tinha a expressão assustada pelo que passara na noite anterior com Bonner. Já ele, ao contrário dela, não parecia nada abalado. Tudo bem, ele já passara por isso antes. Mas... Senhor! Ele quase morreu na noite passada, mais uma vez, e estava ali, super tranquilo.
— Como foi ontem? — Charlie perguntou para Fátima e William, que se entreolharam respirando fundo.
— O James sumiu. — Fátima murmurou. — De acordo com um drogadinho de lá, ele apareceu durante o dia e depois simplesmente sumiu com um amigo.
— De acordo com um "drogadinho"? — Charlie estreitou os olhos.
— É... A Bernardes saiu do carro e foi andando até a casa que o James costuma ficar — Bonner começou a explicar —, eu fiquei no carro e...
— Você a deixou ir sozinha? — Charlie perguntou.
— Se você me deixar explicar, vai entender. — William rebateu, bufando.
— Certo. Continue. — o mais velho revirou os olhos.
— Eu fiquei no carro porque eu já tô pixado naquele bairro — ele disse a última parte mais alto, fazendo Charlie revirar os olhos novamente. — E aí ela foi andando até lá e uns caras pararam ela. Aí — ele levantou a mão direita ao ver que Charlie iria começar a falar — eu saí do carro e fui lá. Os caras demoraram a perceber quem eu era... Enfim... Eu dei um susto em um dos caras, o que ficou apertando o braço dela. — ele apontou para a marca que havia no braço de Fátima. — Aí depois de nos contar o que queríamos saber, ele saiu correndo. O amigo dele, que estava fumando maconha, já tinha corrido por tempos. Quando estávamos vindo embora, apareceu um carro preto, bem parecido com os que me seguiram da outra vez, atrás da gente. Estamos achando que foi o garoto da maconha quem avisou que eu estava por lá. — William terminou a explicação, deixando quase todos ali de olhos arregalados.
— E lá se vai mais uma pista importante. — Charlie murmurou entre dentes.
— Podemos continuar procurando o James, Charlie. — Fátima murmurou para tentar animá-lo.
— Se souberam que vocês estiveram lá atrás do James, tem 99% de chances de ele estar morto agora. — o mais velho disse, fazendo William engolir seco. E se James realmente estivesse morto? A única pessoa que poderia dizer algo concreto a eles... Ah, droga. Estavam perdidos. Teriam que começar do zero de novo.

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Ernesto forçou Lucy contra uma das paredes daquela sala mal iluminada.
— Ernesto... — a mulher murmurou com a respiração pesada. — Estamos no meio de uma crise e você...
— Fica quieta. — ele sussurrou, forçando seus lábios sobre os da mulher e fazendo-a retribuir na mesma hora. Lucy nunca resistira a Ernesto mesmo. E... Deus! Quem resistia àquele homem? Ela que não seria a primeira louca.
— A porta. — ela murmurou entre os beijos que o rapaz evitava partir. — Ernesto, a porra da porta está destrancada.
— E daí? — ele perguntou, descendo os beijos para seu pescoço e deixando-a toda arrepiada.
— E daí que alguém pode chegar. — ela respondeu num fio de voz enquanto Ernesto colocava as duas mãos por debaixo de sua blusa. — Quer saber? — ela murmurou quando Ernesto puxou sua blusa, jogando-a longe. — Foda-se. — ela finalizou, puxando o rapaz pela nuca e juntando seus lábios urgentemente.
Lucy mordeu o lábio com força ao sentir uma das mãos grandes de Ernesto pousar em sua coxa e apertar com força, deixando uma marca. Ela sentia seu corpo queimar a cada toque que ele lhe dava, sentia seu corpo tremer a cada leve toque dos lábios de Ernesto em seu pescoço e ombro. Então, sem perder mais tempo, arrancou a camisa do rapaz, jogando-a o mais longe possível. Ele deu um sorriso maldoso para a mulher e juntou seus lábios novamente, levando as mãos para as costas dela, abrindo o fecho do sutiã.
Lucy jogou a cabeça para trás e segurou a nuca de Ernesto. O rapaz, ainda sorrindo maliciosamente, desceu os lábios até um dos seios de Lucy, fazendo-a morder o lábio inferior com força para segurar um gemido abafado. Ernesto tinha uma das mãos em uma das coxas de Lucy, com a outra, ele massageava seu seio. A mulher, já nervosa, fora o empurrando para trás, até seu corpo bater em uma das mesas. Ela sorriu e derrubou todos os papéis que estavam ali em cima no chão. Logo depois, empurrou o rapaz ali, fazendo-o ficar completamente deitado. Após tirar seus sapatos atrapalhadamente, ela subiu na mesa também, deixando seu corpo por cima do dele, fazendo-o morder o lábio inferior por conta do contato direto. Lucy começou a distribuir beijos no pescoço de Ernesto, fazendo-o se arrepiar a cada movimento leve que fazia com os lábios. Ele estava ficando nervoso com aquela coisa toda, ele a queria. E muito. Mais que qualquer coisa. Ele precisava dela naquele exato momento. E não enrolaria mais para tê-la.
Em um movimento rápido, ele levantou a saia da mulher — que não era tão grande assim. Lucy sorriu e voltou a beijá-lo com vontade, levando uma das mãos para a nuca do rapaz e a outra para suas costas, arranhando com força, mostrando a ele o quanto ela também o queria... O quanto ela necessitava de mais.

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