CAPÍTULO VINTE

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ZACK DUCKEN

Quando eu era menor buscava a aprovação do meu irmão mais velho, como quase toda criança, eu via sua imagem como algo de respeito, apesar de nossas pequenas discussões. Achava que o seus transtornos de personalidades era culpa minha, que eu não o amava o suficiente, nenhuma criança poderia entender direito o que um transtorno pode causar a uma pessoa e as que estão ao redor. As poucas lembranças que tenho de Joshua foi antes de conhecer meu tio, antes de toda a merda que prejudicou e acabou com a minha família. No início eu tinha esperança de que tudo voltaria a ser como era, bom, eu era ingênuo. A bomba que atingiu a minha família foi a mesma que atingiu a de Diana, a única coisa boa tirada disso foram nossos caminhos terem se cruzado.

— Estão todos prontos Zack, no seu comando - James diz ao meu lado.

Os homens ao meu redor estão dispostos a tirarem sua vida por mim se for preciso, e eu pronto pra tirar a minha se necessário. James destrava seu calibre 12 pronto para o ataque. Consigo ver a movimentação do lado de dentro da casa, dezenas de homens se preparando para matar. Essa vida nunca foi o que eu exatamente quis, talvez se meu pai estivesse vivo, se Joshua tivesse sido tratado adequadamente.. eu estaria fora disso tudo.

— Atenção - peço — Eu quero quatro pessoas dentro da casa vivos, sabem quem são - Informo pela segunda vez.

Olho para James e o mesmo assente com a cabeça afirmando que está pronto pela quinta vez seguida, ergo um dos meus dedos e faço um sinal para irem. Há dois homens posicionados em árvores pronto para a ação, todo cuidado é pouco. Sigo em silêncio com mais dez homens pelo mesmo local que tirei Diana da casa, o único barulho são as solas de nossos sapatos batendo no piso. Nesse momento Maicon já deve saber o que está acontecendo e fará o que for preciso para sair vivo, só que não deixarei ele escapar mais uma vez.

Com a ajuda de Erick, consegui bloquear todas as saídas com homens meus ordenados a matar qualquer coisa que se mexesse, ele não iria escapar. Com a senha que Erick havia me passado, abro a porta escondida através de enormes prateleiras de livros. O local está do mesmo jeito que eu havia deixado a minutos atrás, estranho. Levanto a mão lançando um olhar para cada homem pedindo que mantenham a atenção e o foco. Caminho devagar até uma das janelas, afasto um pouco a persiana marrom, o bastante para que um dos homens de Maicon dispare sem esperar um segundo. Me jogo no chão junto com meus homens, os tiros atravessam a janela de vidro, fazendo a mesma se quebrar em cima de mim. Alcanço meu celular no bolso da jaqueta e ligo para o número já programado, no mesmo segundo Kevin atende.

— Agora - Digo.

Kevin não espera mais um segundo e desliga.

Se passam exatamente um minuto até que tudo que meus olhos conseguem enxergar é a escuridão, a energia foi cortada.

— Se preparem - Ordeno.

Encaixo o óculos de visão noturna em meu rosto junto com a máscara de gás, olho para trás para confirmar se todos estão prontos. Levanto com cuidado sem fazer barulho, é possível ouvir o desespero dos homens no lado de fora. Abro a porta dos fundos avaliando cada pedaço do jardim, nenhum homem aparente. Começo a caminhar em direção a casa e consigo ver neste momento cerca de trinta homens distribuídos nas entradas da casa. Examino cada janela, quando uma mulher passa rapidamente por uma delas e logo atrás vejo Maicon, ele para e levanta sua pistola, meus olhos vão diretamente para a janela próxima a sua, a mulher está lá, parada. Consigo ver seu peito subindo e descendo, como se estivesse se preparando para a morte, é quando seu rosto se vira para observar algo fora da janela que eu a reconheço. Minha mãe.

Estou mirando no meio da cabeça de Maicon pronto para finalizar tudo o que eu mais quis esses anos quando um dos meus homens chama minha atenção.

DIANA: enquanto você estiver comigoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora