CAPÍTULO VINTE E SETE

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Minha vida mudou drasticamente no último ano, foram meses fora do comum, do "meu comum", coisas que jamais achei que poderia acontecer acabaram acontecendo. Em momentos achei que não pudesse ver meu irmão, que ele estaria vivo, nem que eu tinha um tio perdido na França ou que poderia sair do casulo em que eu me encontrava, que poderia me apaixonar novamente tão rápido e perdê-lo da mesma forma. Minhas escolhas me fizeram uma nova pessoa, e agora mais uma escolha me faria irá me mudar e mudar totalmente meu destino.

— Então querida, você que decide.

As íris azuis me encararam ansiando por uma resposta positiva, agora são mais familiares, Felipe analisa os papéis em cima da mesa de mármore com atenção, tentando não deixar escapar uma mísera vírgula.

— Está certo sobre isso ? - Pergunto pela quarta vez.

— Nunca estive tão certo. - Sorri.

— É muita coisa..

— Eu devo isso, devo a vocês dois. - Diz — Não pude fazer o que deveria ter feito por seus pais e nada mais justo que entregar-lhes as ações legais dos Germans, são de vocês por direito. - Dylan está realmente convicto com essa ideia.

— E você ? - digo.

— O que tem eu ? - fraze a testa.

— É seu direito também.- Um sorriso se alarga em seu rosto, como se já esperasse por isso.

— Eu tive anos para montar meus negócios fora desta dinastia, eu coloquei o nome German no auge novamente e creio que é o suficiente para viver por mais alguns anos, o que estou dando a vocês não vale metade do dinheiro que tenho - diz.

— Vamos poder fazer o que quiser com isso? - Felipe levanta os papéis dos contratos das empresas dos Germans instaladas por todo o país. Vão de lanchonetes a prédios de advocacia.

— Podem vender, dar continuidade, dar para alguém, fazer o que quiserem.- dá de ombros. Olho para Felipe abismada, ele só pode estar louco. Direciono meu olhar até o contrato a minha frente, são tantos zeros que mal consigo contar direito, como alguém pode gerenciar tanto dinheiro? Ou melhor, como pode ter tanto dinheiro aqui e em tanto lugar faltando?

— Isso é tão estranho - Digo.

Quando crianças, eu e meu irmão não tínhamos tanto luxo assim, e tirando a enorme quantia que descobri que tinha em nome de meu pai, não conseguiria ter tanto dinheiro nem que sonhasse.

— Tem certeza disto ? - Meu irmão pergunta mais uma vez para nosso tio.

— Se me perguntarem mais uma vez juro que jogo os dois por essa janela - Seu tom é de brincalhão quando aponta com os olhos para a enorme janela no lado inferior do escritório, e não posso deixar que uma risada escapar de meus lábios.

Mas uma pequena parte de mim acredita que o homem a minha frente faria o que disse, que realmente é bom, quero acreditar nisso, mas dado ao meu histórico terrível de confiança, fica difícil.

— É o mínimo que posso fazer, apenas aceitem - Diz. Olho para meu irmão, vejo a inconformidade em seus olhos, mas ao mesmo tempo gratidão, dinheiro não resolve tudo, mas facilita para que possamos nos proteger e levar uma nova vida.

— Obrigada - Digo sincera.

— Tudo que eu puder fazer por vocês, eu farei - Há ternura em seu olhar, em sua fala.

— Acredito nisso - Olho para Felipe com um sorriso nos lábios. — Foi difícil acreditar que Diana estava viva nos meses que passei com Joshua, não achei que poderia ter minha irmãzinha de volta e muito menos que ganharia um tio, então agradeço por ter-lós, vocês dois - Suas palavras são sinceras.

DIANA: enquanto você estiver comigoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora