Vinte

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Sinto meus batimentos acelerarem. Pense, Alicia, pense. Não fique nervosa, há vidas em jogo.

Não posso fazer nada correndo o risco de Alex e sua noiva realmente estarem sendo monitorados por ele. Vou ter que ceder e enfrentá-los. Sozinha.

Fico quieta.

- Boa garota – O homem fala novamente.

Outra pessoa, todo vestido de preto, apenas com os olhos descobertos aparece na minha frente. Ele agora me segura fazendo ficar de frente para o homem da voz familiar. Ele também está vestido com roupas pretas e apenas os olhos descobertos.

Esses olhos...

Ele é a mesma pessoa que falou comigo no primeiro atentado. Suas palavras ecoam em minha mente.

"Até mais, Srta. Jones. Foi um prazer conhece-la. Meu aviso já foi dado."

- Vamos antes que seus seguranças percebam – Os homens me levam até os fundos do cemitério e parece que me coração vai sair pela boca.

Respire, Alicia, respire.

Quando mal percebo, já estamos do lado de fora do cemitério, no lado oposto ao da entrada.

O homem que agarrou olha pra mim e sorri.

- Tão linda. Pena que não vai ficar tempo suficiente para eu te ter – Ele acaricia meu rosto.

Eu aperto seus pulsos com força e tiro suas mãos do meu rosto.

- Não toque em mim! – Aponto um dedo para ele.

Sua expressão muda para raiva. Ele me imprensa da parede e aproxima o rosto do meu. Sinto seu hálito quente e repugnante.

- Não fale comigo assim! Esqueceu que seu amiguinho está em nossas mãos? – Me encolho, lembrando de Alex – Boa garota – Seu sorriso malicioso volta.

Ele tira do bolso uma fita isolante e cobre minha boca com um pedaço. Depois amarra meus pulsos. Enquanto eles me empurram para um carro preto e sem placa, como o que eu fiz capotar, penso nos seguranças.

Provavelmente, em alguns minutos, eles vão perceber que estou demorando demais e vão perceber que não estou mais lá. Com certeza Oliver vai ligar para Kross, que vai avisar para Thomas, que ficará puto da vida.

Droga! Thomas...

Agora é tarde, já assumi os riscos de tudo que está acontecendo. Não posso arriscar a vida de Alex. Não posso!

Colocam-me dentro do banco traseiro no meio com um homem de cada lado.

- Pronto. Podemos ir – Anuncia um deles.

O carro sai em disparada por um caminho desconhecido pra mim. Alguns minutos depois o celular do homem que está ao meu lado toca.

- Fala...Oh, merda... – Ele tira o celular do ouvido e se inclina para o que está dirigindo – Pisa no acelerador, Charlie. Eles estão perto – Eles seriam os seguranças. Sorrio internamente. Ele coloca o celular no ouvido novamente – Não deixe que eles se aproximem. O chefe vai ficar puto se não a trouxermos. Estamos quase chegando - E desliga.

O chefe! Irei conhecê-lo? Minha mão automaticamente desce para onde coloquei a arma. Escondi bem demais, pois nenhum deles reparou.

O carro para perto de uma casa com aspecto de abandonada. Claro! Eles são como nômades. Não podem ficar em um mesmo lugar por muito tempo.

O homem me tira de dentro no carro e me conduz até o interior da casa. A casa está caindo aos pedaços, literalmente.

Atração InevitávelWhere stories live. Discover now