daddy?

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- Mas pode me chamar de daddy – disse Park com um pequeno brilho nos olhos

- D-daddy? – perguntou a menina - isso me soa um pouco estranho - dizia ela com a cabeça um pouco inclinada, parecia que ela realmente não sabia o que era aquilo, ou se sabia, era incrivelmente boa em fingir

Pode ter certeza que quando você tiver gritando na minha cama isso não vai soar nada estranho – pensou Jimin, se xingando automaticamente, afinal antes de tudo ela era quase uma criança, isso devia valer alguma coisa na pirâmide da decência, não?

- Não! – exclamou ele – Só é um apelido bem íntimo, então só me chame assim quando ninguém estiver perto OK? – disse ele chegando bem perto dela ao balbuciar cada uma daquelas palavras

- Okay - balbuciou mesmo ainda um pouco pensativa - Minha cabeça está doendo daddy – disse um pouco manhosa pela dor presente ali

Ai desse jeito ela vai me enlouquecer – pensava ele

- Dorme um pouco princesa – exclamou enquanto bagunçava os fios da garota, ou melhor, da SUA garota, quando ele escolhia algo ou alguém para ser seu, era quase um decreto, ele não parava até conseguir, e infelizmente ela entrara na lista de desejos de Park Jimin - vou falar com o médico e já volto – disse saindo

Com passos curtos e lentos ele finalmente alcançara a maçaneta da porta, se virando automaticamente para ver como sua nova aquisição estava e para sua bela visão, s/n já havia deitado tentando rapidamente controlar sua respiração e pegar no sono, quanto mais cedo dormisse, mais rápido estaria recuperada para ele

-Ela não está conseguindo lembrar quem é doutor – disse Park assim que encontre o médico analisando uma ficha de prontuário na recepção

- Isso é normal, ela bateu a cabeça, mas não há nada no raio x, daqui umas semanas ela já lembrará, não se preocupe meu rapaz, foi o susto que a deixou assim – dizia o médico com um olhar caloroso

- Ah obrigado – respondeu Park sorrindo - então e a família dela? – perguntou ainda um pouco receoso

- Procuramos, ligamos, mas parece que o único membro da família que ela tinha era o pai – respondeu sem olhar nos olhos do garoto - que já faz uns anos que morreu

- Ah tudo bem – tentou se fazer indiferente - quando eu posso levá-la?

- Se tudo der certo amanhã já será possível – aquele doutor com um rosto de quase 50 anos já ia saindo quando se vira e continua - Não fale da família para ela, pode ser um tremendo choque para a menina

-Não falarei, não se preocupe - por que uma moça tão linda não tem ninguém? Jimin ficou horas se perguntando enquanto esperava a menina acordar e o dia passar para finalmente levá-la

E como eu poderia pensar em cuidar de alguém se eu não cuido nem de mim, e muitas das vezes nem tempo eu tenho, isso seria difícil, mas não impossível, seria um investimento afinal, uma hora eu precisaria da ajuda dela – pensava assiduamente ele

Mesmo passando a noite toda ao lado da garota, dava para ver o quão sedenta de carinho ela era, várias vezes sonhando e dizendo nomes ou fatos aleatórios como se temesse perder aquilo, ela precisava de alguém, e isso fazia com que ele não pudesse fazer nada a respeito dos seus pensamentos com a menina

Eu não era tão maluco assim para fazer isso com alguém daquele jeito, isso só acabaria com ela, para meu desespero

Antes de dormir Jimin se pois a ligar para a sra Jean, sua mais antiga governanta, pedindo para arrumar o quarto de hóspedes que um dia fora da sobrinha de sua mãe, quando aquela jovem, Meredith veio morar na mansão Park a mais de dez anos atrás.

Meredith já e uma adulta e que adulta! pena que fomos criados como irmãos, principalmente depois que ela passou um tempo aqui, pois a sua mãe estava muito doente, e não podia cuidar dela – lembrava ele sozinho daquela sua infância, parecendo que era ontem

Jimin ligava novamente a tela de seu celular para ver as horas, ainda não haviam passado nem das 21:40, era maçante ficar tanto tempo ali parado, até que ele finalmente lembrou que teria que pedir para sra. Jean comprar umas roupas, maquiagens, produtos, qualquer coisa que s/n poderia precisar em sua estadia, afinal, ele não sabia por quanto tempo aquilo iria durar

***

Em pouco tempo o médico já estava fazendo os últimos checapes, elogiando a rapidez da melhora de s/n, torcendo para que ela superasse tudo aquilo rápido com o devido descanso recomendado

- Srta. s/n está liberada! – exclamou ele dando um sorriso de orelha a orelha

- Obrigada Doutor - respondeu ela timidamente enquanto pegava suas coisas

- Vamos? - Pergunto Jimin a garota

- Sim – respondeu ela já um pouco animada

Mas só depois de entrarem no carro, e de Jimin começar a acelerar a garota finalmente lembrou de perguntar o destino

- Para onde vamos? – perguntou ela ao garoto extremamente entusiasmada

- Para sua nova casa!

Alugador De Puta - PJMWhere stories live. Discover now