21. Sempre Fugindo

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Quando Arizona acordou teve a certeza de que nunca na vida havia acordado tão esgotada.

A sala estava clara demais o que fez seus olhos automaticamente se fecharem, buscando um pouco de conforto.

A dor de cabeça estava insuportável!

A maldita tequila...

"Nunca mais eu bebo!" — pensou com raiva.

Assim que seus olhos se acostumaram com a claridade ela levantou, procurando algo que amenizasse um pouco a dor. Café.

Olhou seu reflexo no vidro do armário da cozinha e se assustou da própria imagem, rindo logo em seguida.

Precisava urgentemente de um banho.

Passou as mãos nos cabelos deixando-os mais baixos.

Pegando o controle da tv e deitando-se no sofá novamente, ela ligou a televisão e baixou o volume até que somente ela pudesse ouvir.

Quanto menos barulho, melhor.

Procurou por alguma coisa interessante e começou a prestar atenção, até que a suas pálpebras pareceram pesar uma tonelada, e ela jogou a cabeça para trás respirando fundo e fechando um pouco os olhos... só mais um pouquinho.

Porém foi somente isso que precisou para que ela dormisse profundamente, ali, com a tv ainda ligada.

Ela estava com a cabeça jogada pra trás, e com a boca aberta, numa postura nada confortável e foi exatamente assim que Calliope a encontrou quando desceu as escadas atrasada para ir para a empresa.

– Arizona? - Callie disse para se certificar que ela dormia.

Ela nem se mexeu e a latina foi obrigada a rir.

Como alguém conseguia dormir naquela posição? Como alguém conseguia ficar tão adorável dormindo de boca aberta e cheirando a tequila?

Ela conseguia!

Callie olhou o relógio já devia ter saído de casa, mas como sairia e a deixaria ali? Tão mal acomodada? Se aproximou e chamou duas, três quatro vezes e nada.

– Arizona, acorde! - ela disse cutucando o braço dela - Arizona, acorde! - ficou repetindo até que ela fechou a boca, engoliu a saliva e abriu os olhos.

Ari piscou duas vezes e conseguiu distinguir a teto da sala de estar...

Ela havia dormido no sofá. Estava tão bêbada que nem lembrava como tinha chegado em casa. Porém estava aliviada por ter acordado ali.

– Acordou? - a voz de Callie invadiu seus ouvidos.

'Baixo, por favor. Baixo'

A cara de sofrimento de Ari estava causando ataques de riso em Callie.

Nunca tinha visto a mulher daquela forma.

Apressada ela tentou olhá-la mas soltou um grito quando tentou mexer o pescoço.

– O que foi? - ela quis saber já com olhos arregalados.

– Meu pescoço. - ela disse com calma – Acho que tive torcicolo. - ela disse massageando o próprio pescoço.

Meu Deus, que azar era aquele?

Maldita tequila!

– Não me admira. Veja a posição que dormiu. - Callie disse a repreendendo.

– Eu só bebi um pouco. - ela se defendeu.

– Oh sim, só um pouco. Quantas garrafas de tequila? Aposto que foram muitas, já que não conseguiu nem subir para seu próprio quarto. - ela disse séria.

Amor por contrato (Calzona)Where stories live. Discover now