04. É um acordo profissional

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A manhã seguinte mal tinha começado para Callie, quando Arizona informou pelo telefone, que Derek queria vê-la na sala de reuniões.

Callie suspirou cansada e de mal humor. Sua cabeça estava explodindo e ela não tinha conseguido dormir direito à noite. 

– Tudo bem, já estou indo. - disse calma 

O clima com Arizona não estava dos melhores. Desde a conversa na manhã anterior, ela parecia fria demais. 

– Callie? - disse com voz baixa 

– Sim, Arizona. 

– Não quero assustá-la, mas tem um boato correndo pelos corredores que os acionistas também estão na sala de reuniões.

Torres suspirou pesadamente. 

– Tudo bem, preste atenção, assim que eu entrar, você espera cinco minutos e arranja uma desculpa para me tirar de lá, combinado? 

– Tudo bem. - Robbins concordou 

– Ótimo. - Callie disse antes de desligar, levantar e sair. 

O que eles queriam? Teriam sido influenciados por Avery? Oh se fosse estaria perdida.

Saiu do escritório e notou que Robbins lhe lançou um sorriso encorajador.  Ela retribuiu, mesmo sem saber direito o por que. Só sabia que no momento a expressão havia sido extintiva. 

Ao abrir a porta da sala de reuniões constatou que Arizona estava certa. Todos os acionistas estavam reunidos em volta da mesa, e Derek estava em pé parecendo querer lhe arrancar os órgãos. 

– Senhores. - Callie disse forçando um sorriso gentil – Não sabia que haveria uma reunião hoje. 

– E não haveria. - Um dos acionistas disse ficando de pé – Até que eu e meus colegas - ele disse sinalizando todos ao seu redor – Ficarmos sabendo que Jackson Avery saiu da empresa. E pior, com o nariz quebrado. 

– Logo Avery, que esta aqui há anos e a mais tempo do que todos nós. - outro protestou 

– E...? – Callie perguntou colocando as mãos no bolso. 

– E que nós já engolimos muito — o homem gritou – Primeiro, seu pai deixa a presidência para você uma mulher completamente irresponsável, que parece ter o prazer de estampar suas aventuras nas capas de revistas toda semana, e agora Jackson sai da empresa. Talvez ele tenha razão, você não tem pulso nem maturidade para tudo isso. 

— Em primeiro lugar - Callie começou calma – nada disso interfere em coisa alguma aqui dentro desta empresa. Digam-me quando foi que eu fiz vocês perderem dinheiro? A empresa está no azul e é isso que conta. 

– Por enquanto. - um gorducho protestou – Mas e quando ela estiver no vermelho? Ou você acha que outras empresas queiram fazer negócios com o alguém que tem fama de imatura e irresponsável? 

Um coro de vozes concordou em um longe "É". Callie suspirou, enquanto Shepherd lhe lançava um olhar de "eu te avisei".  Podia quase ouvir o que ele queria dizer com aquele olhar. "Case-se !". Era isso que ele queria dizer com aquele olhar assustador. 

– O que estão querendo dizer exatamente? -  perguntou já sem paciência 

— O que estamos querendo dizer, é que você tem que tomar juízo, criar responsabilidade. Amadurecer menina. 

– E para isso eu preciso fazer o que? Casar? - perguntou irônica 

– É uma boa ideia. - o gorducho concordou – Eu mesmo amadureci muito com o casamento. Antes eu era assim como você, um Don Juan, depois que casei, tive que ser fiel e passar a ter compromisso para colocar comida para dentro de casa e veja onde eu estou hoje. - ele disse se vangloriando. 

Amor por contrato (Calzona)Where stories live. Discover now