34. Strange

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Do outro lado, a morena estremecia só de pensar em falar com seu "namorado".

Não sabia se ainda usaria aquele termo com o camisa dez e o silêncio que ele estabeleceu entre os dois, a torturava.

Marina — Petrova — estava em sua casa tentando à todo custo acalmá-la. Estava tão nervosa que os vômitos eram consecutivos e uma gripe se aproximava.

Se sentia extremamente cansada com seus olhos avermelhados, seu corpo gélido e sua boca ressecada.

"Pelo amor de Deus, Bruna! Isso consegue ser pior que você bêbada. Pode se acalmar, por favor?" pediu a ruiva tentando a todo custo limpar o suor excessivo de sua testa. "Ficou até doente. Misericórdia..."

"Eu tô me sentindo pior do que nunca. Jamais fiquei indisposta desta forma." confessou a atriz com alguma dificuldade para respirar ou se comunicar.

"Bom... Você já tomou remédio?" questionou ao cobri-la com o edredom esbranquiçado.

"Eu tomei um remédio pra dor de cabeça porque depois da festa passei mal mas fora isso, nada... Meu remédio pra enjôo acabou." explicou e a ruiva assentiu compreensiva.

"E você tem sentido enjôo com que frequência?" perguntou curiosa ao ouvir o 'remédio pra enjôo acabou' pois se acabou, ela tem usado mais vezes.

"É a primeira vez que vomito frequentemente. Das outras vezes usei por conta dos vômitos pós-ressaca." explicou e ela assentiu, se levantando.

"Eu vou ligar para os seus pais de que tá doente e só volta quando melhor. Ah, e vou buscar um remédio pra você tomar e se não melhorar, a levo para o hospital e sem 'mas' que estou cheia de ver você zanzando do quarto pro banheiro ou da sala pro banheiro pelos seus enjôos." declarou caminhando até a cozinha do apartamento temporário.

Dito e feito, já tinha avisado aos pais da atriz e a medicado. Tal atriz que já estava em seu provável décimo sono.

Parecia mais aliviada, agora respirando melhor como se uma pedra tivesse saído de cima de seu pulmão e o suor havia evaporado deixando apenas a temperatura gélida ainda domar seu corpo.

É, Neymar eu já a mediqueiexplicou para o jogador do outro lado da linha que se preocupou de imediato ao ser avisado sobre o mal-estar da mulher.

E ela tá melhor? — questionou.

— Ela ainda tá com o corpo gelado mas já noto alguma diferença. Porra, ela vomitou feito condenada, chorou, tossiu até adormecer e tinha a voz muito rouca — falou deixando o camisa dez mais aflito.

— Assim você não ajuda, né Marina? Me dá uma vontade de ir aí para vê-la como sempre mas com esse seu papo fico com uma necessidade fora do normal — comentou e a mesma riu.

— Fica calmo, menino Ney. Pode se concentrar aí e fazer vários gols que ela não recupera mas vai gostar ao menos... Só liguei porque apesar desse clima todo, tem que saber das coisas em primeira mão. Claro que depois da família dela, né? — explicou ouvindo um 'uhum' de Neymar.

— Quando ela acordar fala que eu quero conversar com ela. Ela ficar doente assim do nada é meio estranho... — falou em um tom receoso.

— É estranho sim mas é melhor não falarem por agora. Ela passou mal justamente por você. Ela viu a tal foto e pensou como você ia sentir, se vocês iam terminar e chorou. Mas depois de um tempo ela chorou do nada e foi vomitar e aí né... Não parou mais. Tendi nada! — informou.

— Nossa... Tudo bem, então. Quando ela estiver apta à conversar comigo sem vomitar ou passar mal, você a avisa que preciso fazer isso — implorou o homem.

— Claro. Só foi um mal estar temporário... Quando ela voltar para casa, eu a aviso que quer conversar. Tchau, cara! Com toda essa tensão, o que mais quero é dormir que depois que ela for pra casa, eu viajo também — falou rápido demais fazendo com que o camisa dez apenas processasse o 'tchau' e 'viajo também'.

— Viajar? E vai pra onde, ruivinha? — perguntou curioso.

— Ai, não é da sua conta! Tchau, Neymar! — nem deu tempo do jogador relutar ou despedir pois apenas encerrou a ligação, jogando o celular contra o sofá.

After UsWhere stories live. Discover now