--Nossa.- comentei por forá eu parecia pensativo e intelectual,  mais por dentro eu estava soltando fogos de artifícios, escondi um sorriso satisfeito e continuei .-- Mas independente do quê seu pai me fazer passar eu não vou desistir de você, não irei ceder aos desafios do seu Ricardo, e irei fazer ele me aceitar nem que seja na marra, pois nada no mundo me fará desistir de fazê-lo aceitar nossa relação, então não precisaremos viver em pé de guerra mais sim como família.- pus minha mão sobre seu ventre, prometendo em silêncio ficar de paz com avô do bebê.

Miranda fez um biquinho lindo que deu vontade de beijar.

--Assim você me fará se apaixonar Wenecker.- murmurou manhosa

--Essa é a intenção, está funcionando? .- perguntei baixinho mordendo seu queixo

Gemendo a beijei apaixonadamente, tentando acalmar seus receios com o confronto com meu sogro, seus dedos exploraram as mechas de meus cabelos quando ela se afastou soltando uma risada, e brincalhona murmurou.

-Se continuar assim, posso considerar estar.

Era melhor que nada, notei então que o carro havia parado de frente a uma casa pequena de tijolinhos simples, com janelas com acabamento de madeira branca,  uma varanda com aqueles bancos para casais, e um jardim bem bonito de cravos com margaridas e seus típicos gnomos de jardim com chapéuzinho vermelhos pontudos e barbas brancas, a grama estava bem aparada, e um caminho de pedras levava à garagem.

Por fora exalava um típico ar de harmonia, uma casa simples para uma família feliz. Mas por dentro poderia acabar sendo um pesadelo total dependendo de como irei me sair naquela apresentação.

--Se quiser correr é agora, os aviões para fora do país ainda estão disponíveis.- disse Miranda segurando minha mão.

-E perder a oportunidade de comer na tigela do cachorro? Nem morto!.- brinco

Ela riu e me abraçou distribuindo beijos por meu rosto quê se ela não parasse agora, não iríamos conhecer seu pai por outro motivo bem convencional.  Ela se afastou,abriu a porta do carro e me puxou para fora, com a expressão séria disse dramática.

--Bem vindo a casas do horrores!

(...)

Por Miranda

Era plausível a coragem de Marlon e a vontade de enfrentar meu pai, só esperava ele continuar pensando dessa maneira quando tudo terminar.

Minhas mãos estavam frias, suadas em nervosismo, me lembrava a primeira vez que fui à diretoria da escola, os sentimentos conflitantes, os anseios, as paranóias.

Desejava que não houvesse intrigas entre meu marido e meu pai, e se por milagre eles se dessem bem, eu faria algo bom neste dia prometendo em silêncio criei coragem e abrir a porta.

Entrei dentro de casa em silêncio, era incomum em uma tarde de sábado a casa estar tão silenciosa, colei meu indicador na boca indicando para Marlon fazer silêncio, mais nesse exato instante meu marido pisou em um osso de borracha.

O barulho embora não fosse alto para alertar a casa inteira dos visitantes foi o bastante para o Dobermann de pelos pretos com manchas marrom, em questão de segundos aparecer no alto da escada e rosnar baixo, seus olhos castanhos escuros fixos no estranho ao meu lado.

--Droga.- murmurei quando o cachorro avançou pronto para arrancar o membro de Marlon, mas parou quando entrei na frente .- Calma Fury , calma! Senta garoto !.- ordenei com firmeza

A contragosto Fury sentou ainda olhando para Marlon rosnando, mostrando suas presas afiadas em uma ameaça clara.

--Marlon fique longe de mim.- ordenei para ele que confuso deu três passos para trás, até suas costas estarem contra a porta, no mesmo instante que o cão viu quê meu companheiro estava longe, ele parou de rosnar e balançou seu rabo freneticamente, seus olhos me encararam alegres, mais vi suas orelhas pontudas estarem viradas brevemente para o lado, atentas ao movimento.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora