Loyalty [cth] Terminada

29.

Rose esfrega as manchas da sua roupa, com a ajuda de Lily, que a observa constantemente.

-Lilo, apenas pergunta.

-Eu sabia que ia haver algo entre ti e Calum! Todo esse ódio só podia ser fingido!-ela ri e Rose cora.

-Não o odiava. Apenas não o suporto de vez em quando... De qualquer das formas, viste algum conde do teu interesse no casamento e no baile?

-Não, estava demasiado ocupada a olhar para ti!-Lily sorri.-Tu brilhavas! Consigo ver que o amas, carago!

-... eu não amo Calum.

Lily pára de sorrir e Rose tosse de forma desconfortável, voltando ao trabalho.

-Então... Calum está a ver o plano que criei para invadir DiLaurentis.-Rose entusiasma-se.

-Hm... Parece-me... divertido.

Rose segue o olhar de Lily e vê o rei a conversar animadamente com Luke no jardim. Ela fica... aborrecida. Calum teve pressa em casar mas parecia descontraído quanto ao plano. Ele avista-a e acena-lhe.

-Vou então tratar eu disso. Adeus, Lilo.

Rose regressa ao palácio e senta-se na biblioteca mas não consegue concentrar-se.

-O que a Rainha está a fazer aqui fechada num dia de tanto sol?

O que tu devias estar a fazer.

-A ler umas coisas. O chefe do exército concordou em passar aqui daqui a pouco para discutirmos estratégias com o conselheiro e...-Rose começa mas o homem coloca um dedo nos seus lábios com um sorriso.

-Falamos disso amanhã. Vá, vamos andar a cavalo ou passear.

-Não me apetece.-ela bufa, regressando aos livros.

-Está... tudo bem?

-Não, Calum, não está! Onde está a tua pressa e interesse do casamento na tua parte do acordo?! O meu povo está nas mãos de um rei completamente louco e tu queres ir andar a cavalo?!-Rose explode e Calum perde o sorriso, agora tenso.

-Sim, Rose, como um casal normal.

-Não somos um casal normal!-ela protesta.-Nem somos um casal...

-Como queiras. A tua parte do acordo implica dizer 'aceito' numa igreja. A minha pode significar morte. Só queria conhecer melhor a minha esposa antes de morrer mas está bem, Rose. Eu cumpro sempre a minha parte.-Calum é severo e está magoado.-Vou já tratar disso e...

-... Desculpa.

Calum vira a cara, aborrecido, mas Rose puxa-o para o colo dela, apesar do peso.

-Desculpa, Cal... Eu penso sempre que vais ganhar e nunca me passa pela cabeça que é possível que algo corra mal e... te perca. Tens razão. Eu quero conhecer-te. Estou a ser insensível porque este é um assunto que me perturba bastante.

Calum olha-a, ainda chateado, e ela pede:

-Por favor, perdoas-me? Eu adoraria ir andar a cavalo contigo e mostrar-te como se faz.

O rei acaba por revirar os olhos, o que faz Rose rir. Ele abraça-a, no sofá, e confessa, aborrecido:

-Não consigo estar zangado contigo.

-Pobrezinho... vais perceber que ninguém consegue.

Calum permanece no aperto e Rose acaricia o cabelo dele.

-Não vais perder-me, Rosie.-ele sussurra.-Eu prometo-te isso.

Ela suspira em alívio. Calum tinha entrado na sua vida aos pontapés mas agora não queria que saísse.

-Isto é tão bonito...

-Estás a apaixonar-te por Jorsur.-ele sorri carinhosamente.

Mas essa não era a sua maior preocupação. Rose temia estar a apaixonar-se por Calum.

Assim, arrepia-se quando sente os beijos cuidadosos de Calum no pescoço.

-Era uma questão de tempo. Tenho uma ideia.-ele sorri.

Calum sabia que Rose estava a lutar contra o que sentia. O homem não lhe era indiferente mas ela não queria distrair-se ou ter uma fraqueza.

-Vamos ficar aqui.-ele muda de ideias.-Ver o quanto me resistes.

Rose luta para não gemer quando ele regressa aos beijos no pescoço. A mão dele explora a sua perna descoberta.

-És um osso duro de roer, Rosie.-ele confessa, impressionado. Começava a perder confiança. Ela não o desejava?

E todos aqueles beijos? Aquele cuidado e carinho?

Calum passa a língua pelo pescoço de Rosie e sopra, fazendo-a arrepiar. Repara que a rapariga morde o lábio e Calum sorri:

-Não vale. Tens de permanecer quieta.

Rose bufa. Sabia que Calum estava a gostar da atenção mas quando ele morde o lóbulo da orelha dela, Rose perde a cabeça e acaba por gemer.

Calum sorri e beija a sua testa, voltando a aconchegar-se:

-Ganhei.

-... vais deixar-me assim?!

-Bem, sim... não somos um casal, foi o que disseste, certo? Não há mais nada que possa fazer por ti... Lamento.-ele brinca. Estava a gostar demasiado de a ver frustrada.-A não ser que... esquece, é demais para ti.

-O quê?

-...admitires que me queres aqui e agora.-Calum encolhe os ombros.

-Tens razão. Estou bem assim.