Não era hora, não agora.

Mas o olhar que queimava minha pele prometia muito para depois, a mordida em meus lábios inchados era o selar daquela promessa.

Minhas pernas estavam bambas, e meu centro úmido, infelizmente nos afastamos, sentir saudades de seu abraço imediatamente, para ocupar meus braços peguei a sacola no chão, e tratei de caçar algo para vestir.

Marlon fechou a porta do quarto e murmurou sobre precisar ir ao banheiro, sua mão mau alcançou a maçaneta da porta quando o chamei.

--O que é isso Marlon? .-peguei a calça jeans cintura alta e balancei como se estivesse em mãos as provas de um assassinato que ele cometeu.

Sua cabeça se inclinou em confusão, suas sobrancelhas se franziram, tão lindo que quase me esqueci da raiva.

--Uma calça amor.

--Eu sei que é uma calça mais que numeração é essa? Quarenta e quatro? QUARENTA QUATRO ? EU NÃO VISTO QUARENTA E QUATRO! EU VISTO TRINTA E NOVE !.-- acabei jogando a calça nele tão furiosa que ele foi pego completamente desprevenido.

Em um instante estávamos quase nos pegando, e no outro a calça jeans acertou sua cara é caía inofensivamente no chão.

Jogo a sacola na cama e cruzo os braços, não iria mais para aquela porcaria de almoço.

Foda-se união, foda-se tentar investir naquela relação.

Tô nem aí, eu quero que ele se foda !

Caminho em direção a porta não me importando em atravessar aquela sala de apenas roupão de banho, mas Marlon agarrou meu braço.

--Aonde pensa que vai minha vida ?.-- perguntou ele calmamente

Soltei -me de seu aperto e apontei o dedo para ele .

--Embora, porque não posso permitir que seus pais conheçam a baleia que eu sou ! Com meus JEANS quarenta e quatro!

Quase soquei o rosto de Marlon quando ele sorriu achando graça do meu surto irracional.

--Amor mais você veste quarenta e quatro.

--Então você me acha gorda ?

O quase socar se tornou uma possibilidade possível dependendo da resposta dele a minha pergunta.

--Não.--disse ele charmoso e com uma piscadela que desfez minha fúria acrescentou.-- Só não acho possível trinta e nove caber uma bunda como a sua! Já reparou o tamanho da sua bunda gostosa? É enorme!.-- puxando-me contra ele e apertando minhas nádegas ele sussurrou sedutor, fazendo eu me arrepiar toda.-- E toda minha.- concluiu mordendo minha orelha.

Ok, ele conseguiu, desfez minha raiva facilmente.

Passo minhas mãos atrás de suas costas e arranho toda manhosa, não entendo o quão volúvel eu estava, mais amando ele me direcionar a caminho daquela cama, distribuindo beijos e mordidas em meu pescoço mas abruptamente parou quando uma batida na porta foi-se escutada e a voz abafada de uma mulher perguntou.

--Filho vocês estão bem?

--Estamos !.-- respondeu Marlon.--Já iremos descer mãe.

-Tudo bem então.

Logo em seguida o silêncio, sorri para ele que depositou um beijo em minha testa.

--É melhor se vestir antes que eu mude de idéia e lhe prenda aqui até o ano novo chinês.-- murmurou ele me soltando e caminhando em direção a porta.- Te esperarei la fora, até mais meu amor.

(...)

Por Marlon

Ao descer a escadaria quatro pares de cabeças se voltaram para as escadas, provavelmente esperando minha mulher do meu lado apenas para se decepcionar.

--Aonde está sua esposa ?.-- perguntou meu pai impaciente

Ele odiava atrasos, em seu terno de tecido grosso e confortável, barbas grisalhas espessas meu pai matinha sua expressão carrancuda e dono do mundo, não reprovando o atraso de "minha mulher ", sei que ele sabe agora ter uma mulher comigo já que minha mãe deve ter escutado "nossa briga " é comprovado que havia uma mulher lá, o sorriso constrangido dela deletava isso.

Emile ao invés de estar na cadeira enfrente ao balcão de mármore preto com um fogão de seis bocas embutido, ela estava sentada no sofá encarando fixamente uma revista, minha madrasta como se achava dona de tudo já tinha em suas mãos uma taça de vinho rosé que guardava em minha adega para um jantar romântico com minha esposa, ou, outra ocasião especial.

Mas travei a resposta ácida, não era agora que eu deveria perder minha calma, ao invés disso pus um sorriso no rosto e tratei de bancar o bom anfitrião até que Miranda estivesse pronta.

(...)

As roupas serviram muito bem, a calça jeans que tinha brigado com Marlon caiu com perfeição, para falar a verdade eu sempre evitava olhar para a numeração das roupas todas as vezes que ia comprar roupas novas , assim não caia na real que estava ficando gorda.

Era melhor do que entrar em uma farmácia e se pesar, apenas para sair chamando a balança de mentirosa, mas ali estava eu de frente ao espelho olhando minha grande bunda.

É eu tinha que admitir, eu tenho mesmo, vestida em uma blusa azul esverdeada com estampas de guarda chuvas, e um decote simples e casual que ressaltava meus seios, e ao mesmo tempo me dava aquele ar juvenil que minha expressão séria, fazia questão de negar, eu peguei meus saltos e os calcei lancei uma última verificada no espelho respirei fundo e sai pronta para enfrentar a família Wenecker.

Os vi antes deles me verem, os som do salto se encontrando contra os degraus da escada chamaram atenção deles, desci as escadas com um sorriso de quem pedia desculpa por todo aquele atraso, meus olhos foram de Marlon para seu pai, e depois para sua irmã mais nova que tinha as bochechas rosadas.

Depois para uma senhora de cabelos loiros escuros com algumas mechas grisalhas, e olhos castanhos escuros que estavam com um brilho estranho ao me vê, não um repreensível mais algo que não pude nomear.

Não era ao todo ruim, mas deixei para lar, então meus olhos pousaram na última pessoa, uma morena linda de cabelos sedosos e fartos, a pele bronzeada parecia um tanto pálida, seus olhos em um azul tempestuoso estavam fixos em mim.

--Ah! Então você é a esposa de Marlon.-- disse a morena surpresa, sua voz melosa foi como um tiro em minhas lembranças.

De tantos anos atrás, parei abruptamente no fim da escada segurando o corrimão, as palavras saíram de minha boca antes que eu pudesse conter.

--Mãe? !

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora