Levantei-me do chão e  atendi, tanto porque seria rude ignorar, como seria a oportunidade perfeita de descobrir aonde meu irmão se enfiou com sua esposa.

Eu queria conhece-lá, ou, morreria de curiosidade. Não aguentaria até sábado .

Seria demais para mim.

-- Alô?.

--Oi fofa, chegou de viagem e nem passou aqui para dizer um Oi.--acusou Juliana

Não evitei revirar os olhos, não que eu não gostasse de Juliana mas seu jeito cínico e sem noção me deixava sem jeito. Principalmente seus concelhos; aquele do pó rosa foi uma droga; ainda estava amuada por isso.

--Andei ocupada.--murmurei olhando para a porta do apartamento e suspirando, desistindo completamente de por aquela porta abaixo, ajeitei meus cabelos loiros lisos que estavam desalinhados,e minha saia  e caminhei até o elevador.

--Está em frente ao apartamento do seu irmão né? .-- perguntou ela com um sorriso

Não vi o sorriso da outra, mais sabia, somente pelo modo em quê falou.

--Não... talvez.-- murmuro estreitando os olhos

--O que acha de tomar um chá, e enquanto batemos um papo eu possa pensar em ter dizer sobre a esposa de seu irmão.

Mordi meus lábios, eu não cairia naquela isca, ela está provocando, na verdade nem deve saber de nada! Por isso neguei seu convite mentalmente.

Mas quinze minutos depois lá estava eu em pé, em frente a porta de Juliana  que sorria maliciosa.

Só esperava não me arrepender de estar ali.

                     (....)

Por Marlon

"O coelho foi abatido ", - a mensagem de Juliana embora sem sentido para outros me fez sorrir ao saber que a irmã de Brad conseguiu atrair Emile para longe do meu apartamento antes que chegasse.

Ainda não era hora dela conhecer Miranda, não agora que estávamos nos acertando, ainda bem que o porteiro Wellinton tinha me alertado que minha irmã mais nova estava lá, assim me deu tempo o suficiente para apelar para Juliana, e implorar prometendo um favor que sei que me arrependeria depois, tudo para fazer com que ela atraísse minha irmã para longe do meu apartamento.

Principalmente agora que pedi para Charles rondar o quarteirão do prédio pela sétima vez, mas valeu a pena, olhei para minha esposa que dormia solenemente em meu ombro, após resolvermos o problema do transporte optando por chamar Charles e deixar o carro no estacionamento da clínica para depois ir buscar, no caminho até o apartamento de Miranda verifiquei meu WhatsApp e ainda tinha as mensagens inquisidora de Emile querendo saber onde eu estava.

Desde a clínica ela me importunava com as mensagens. Realmente se eu não amasse minha irmã, a colocaria em uma caixa e a enviaria para o Japão.

Enfim eu até mesmo planejava ir para casa e confrontar a criatura, mentindo descaradamente dizendo que minha esposa saiu com umas amigas, quando na verdade ela estaria em sua própria casa, mas quando a cabeça de Miranda pousou em meu ombro e ela respirava de forma rítmica.

Soube que meu anjo tinha se rendido ao cansaço, então meus planos mudaram.

E foi com redobrado cuidado,que sai do carro, e o mais cuidadoso que pude tirei Miranda do carro. Com ela em meu braço caminhei até o elevador do estacionamento, Charles o homem de trinta e quatro anos, negro com uma barba bem feita de olhos castanhos vestindo em um terno preto, apressou seus passos e chamou o elevador.

Assim que estávamos dentro, meu amigo digitou a senha para a cobertura e se manteve o mais próximo da parede.

--Obrigado.- murmurei baixinho, tomando todo o cuidado para não acordar a mulher em meus braços.

--Não à de que patrão.-- disse ele me dando um sorriso amplo mostrando todos os seus dentes perfeitamente alinhados.

Assim que as portas do elevador se abriram, deixei Charles passar a minha frente para abrir a porta e assim que estávamos dentro eu disse .

--Pelo restante do dia não precisarei mais dos seus serviços, pode ir buscar sua filha na escola e descansar.

Meu motorista assentiu, e antes de fechar a porta sua voz mesmo baixa pude escuta-la auto e claro.

--Obrigado Marlon.

Descartei seu agradecimento com um gesto leve de cabeça, mesmo dizendo que não fiz nada demais, Charles insistia em continuar agradecendo por eu arcar com as despesas da melhor escola em Los Angeles para crianças com deficiência auditiva de sua pequena filha de sete anos Sofia.

E também ter pago um instrutor que o ensinava libras para que este pudesse se comunicar com ela desde que descobriu que sua pequena Sofia com seus oito meses de vida tinha esse problema.

O suspiro inquieto de meu anjo me fez apressar os passos até meu quarto, já acomodada em minha cama, tirei seus saltos, e como não queria abusar demais dela, e acaba-lá enfurecendo, coloquei seus saltos e bolsa -, sua arma em horas vagas -, em cima da cômoda encostei a porta do quarto e me dirigindo em direção a cozinha, matutei o que fazer para a janta.

.......

Continua

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Where stories live. Discover now