--Para uma mulher do mundo moderno você é bem desinformada, vou chamar um Uber. Quanto ao seu carro, posso pedir para Charles o levar.

--Ou você poderia pedir ao Charles nos levar e depois vim buscar o carro.-- disse ela me encarando com um sorriso zombeteiro

Pelo menos ela está sorrindo.

--É talvez sim.-- brinco sorrindo.

--Eu posso dirigir, não tem problema.-- comentou ela aparentado estar mais calma.-- Ei, não me olhe assim!.- acusou ela me dando uma cotovelada dolorosa, quando deixei claro que não estava tão certo de sua afirmação.

--Meu amor.- disse apreciando mais uma vez o som daquela palavra em meus lábios.-- Não que eu esteja duvidando, sei da excelente motorista que é, só não acho seguro dirigir quando aparenta querer dormir em pé.

As narinas de Miranda se dilataram com raiva, era tão fofa sua expressão raivosa que era quase impossível resistir a tentação de provocar a onça.

--Me pergunto de quem é a culpa .- disparou ela mas não se afastou do meu toque, apenas ficou bufando raivosa; esperei até a fumaça sair de seus ouvidos.

Ao sair daquele prédio,uma brisa  soprou o perfume inebriante do meu anjo, um calor repentino aqueceu meu corpo, e é era tão bom tê-la ali próximo a mim enquanto caminhávamos até ao estacionamento.
Não sei se era amor o que sentia por meu anjo, mas certamente eu gostava das sensações que ela me causava, seja o seu toque, seu perfume que despertava o desejo de espalhar seu cheiro em mim me marcando como seu, ou seus beijos que espelhava aquele calor latente, deixando meu corpo em chamas necessitando e implorando em ser saciado.

Somente Miranda poderia "tentar " o saciar, pois desde o dia em que passamos aqueles momentos maravilhosos em Las Vegas, eu sei que eu queria aquela mulher,  e nunca me daria por satisfeito do seu corpo.

                   (......)

Por Emile

Acredito ter apertado tanto a campainha do apartamento de Marlon que deve ter quebrado,mordo meus lábios nervosa e ansiosa, encarando a porta que se mantinha fechada negando minha entrada.

Abro novamente meu WhatsApp e enviei minha décima sexta mensagem para Marlon, que novamente ignorou.

Minha vontade era de tascar meu IPhone 7 na parede e pisar em cima, um ato rebelde e infantil, mas não faria isso. Dinheiro não cresce em árvores, e mesmo que meu pai fosse muito rico, ele não compraria outro ao saber como exatamente tinha quebrado meu celular.

Ao contrário eu ficaria dias a fio sem qualquer contato com o mundo exterior se seguisse o impulso doentio da minha  fúria da adolescência, que não se limitou a meu celular,por isso sem pensar nas consequências chutei a porta.

Não foi uma idéia genial.

O choque e a dor que se espalhou pelo dedão do meu pé esquerdo e por toda minha pantorrilla me fez ajoelhar e segurar o pé afetado pela dor, fiquei assim por cinco segundos dolorosos.

Estava definido, essa vai para o Top 10 das burrices de Emile Wenecker.

Essa superou a tinta em pó que pus nos produtos de cabelos e tingiu o cabelo de papai de rosa, por uma semana.

Eu mereci os dois meses sem mesada. Fui descuidada ao deixar os cremes adulterados que seriam para Dryelli espalhados na garagem, aonde a senhora Gray a governanta as encontrou.

Sai dos meus devaneios quando meu celular tocou, o peguei esperançosa achando que era meu irmão, mais murchei como uma flor no inverno ao vê que não era ele, e sim Juliana a irmã de Brad.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Where stories live. Discover now