Quando os meus pais morreram eu pensei que estava sozinha. Que minha vida tinha acabado, mas eu ainda tinha Peter e quando descobri dos problemas em relação à morte deles eu fiquei com muito medo de perdê-lo. E agora tem Jess, Gustavo, Caleb e...quem eu mais temo perder...Thomas.

Saio da cadeira em que estou, sento no sofá ao seu lado e então eu a abraço. Ela se surpreende com o meu abraço, mas depois deixa ser abraçada por mim.

Seu choro, devagarzinho, vai cessando.

- Eu prometo que nós não vamos deixar que nada aconteça a sua criança. Por isso Thomas aumentou a segurança. Ele não quer que aconteça nada a você nem ao seu filho por sua culpa.

- Ele também é filho dele! – Sua voz sai um pouco alta entre os soluços – Eu só fiquei com o homem que o trai uma vez e nos protegemos. Meu bebê é de Thomas também, eu garanto! – Ela passa a mão na barriga.

Eu engulo em seco.

O filho é realmente de Thomas? E se for? Serei capaz de aguentar uma criança entre nós? Eu sei que ela não tem culpa, mas o bebê será sempre um elo de ligação entre Thomas e Emily. Eles namoraram por um motivo, certo? Havia sentimento. Nada garante que esse sentimento não volte.

Ignoro os pensamentos da minha cabeça.

Não pense no futuro ainda, Alicia. Você tem coisas mais importantes para se preocupar!

Ela se solta do meu abraço enquanto enxuga as lágrimas com a ponta dos dedos.

- Obrigada por me escutar, Alicia. Muito obrigada – Eu apenas assinto – Eu já vou indo. Obrigada de novo – Ela me dá um sorriso ainda com os olhos cheios de lágrimas e sai do cômodo me deixando sozinha, apenas com Oliver lá que parece uma estátua.

Alguns segundos depois Thomas aparece como um furação dentro da sala e quando me vê suspira aliviado.

- O que foi?

- Ela já foi embora e você continua aqui. Pensei que tinha acontecido alguma coisa – Ele se senta no sofá ao meu lado e me abraça enquanto eu enterro minha cabeça em seu pescoço.

Hmm...cheiro de Thomas.

- O que ela disse?

- Está arrependida. Estava com medo de que algo acontecesse com o filho dela. Que o filho é seu – Seu corpo endurece – Ela parecia bem sincera. E ela estava muito abalada com o que aconteceu no dia do atentado. Eu fiquei com pena, Thomas.

- Ele não é meu filho até que se prove o contrário. Quando a criança nascer faremos DNA e veremos a verdade. Sobre ela ter medo de que algo aconteça á criança eu já reforcei a segurança para ela. E se ele for meu, com certeza o amarei, mas somente ele – Diz sério.

Olho para ele.

- Se o filho for seu... – Começo a dizer, mas ele me interrompe.

- Eu já disse que não é, Alicia. Eu tenho noventa e nove por cento de certeza disso. Só vou fazer o DNA pra provar pra todo mundo. Mas óbvio que não vou deixá-la desprotegida se é isso que a preocupa. Não vamos mais falar nisso, por favor – Ele acaricia meu rosto e em seguida me beija apaixonadamente me fazendo esquecer de tudo, como sempre.

Afasto-me dos seus lábios e me levanto.

- O quê?

- Eu estou com fome. Vou preparar algo pra comer – Digo.

Ele se levanta e me segue para sua cozinha. Abro a geladeira, tiro presunto, queijo, pego uma faca e pão para sanduíche.

Atração InevitávelWhere stories live. Discover now